sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

«THE COUNTRY OF THE HOUYHNHNMS»

Para falar dos Yahoos, se necessita
que as palavras funcionem de pedra:
se pronunciadas, que se pronunciem
com a bôca para pronunciar pedras;
se escritas, se escrevam em duro
na página dura de um muro de pedra;
e mais que pronunciadas ou escritas,
que se atirem, como se atiram pedras.
Para falar dos Yahoos, se necessita
que as palavras se rearmem de gume,
como numa sátira; ou como na ironia,
se armem ambiguamente de dois gumes;
e que a frase se arme do perfurante
que têm no Pajeú as facas-de-ponta:
faca sem dois gumes e contudo ambígua,
por não ver onde nela não é ponta.
2.
Ou para quando falarem dos Yahoos:
furtar-se ao ouvir no mínimo;
ou ouvir no silêncio todo em pontas
do cacto espinhento, bem agrestino;
aviar e ativar, debaixo do silêncio,
o cacto que dorme em qualquer não;
avivar no silêncio os cem espinhos
com que pode despertar o cacto não.
Ou para quando falarem dos Yahoos:
não querer ouvir falar, pelo menos;
ou ouvir, mas engatilhando o sorriso,
para dispará-lo a qualquer momento;
ouvir os planos-afinal para os Yahoos
com um sorriso na boca, engatilhado:
na boca que não pode balas, mas pode
um sorriso de zombaria, tiro claro.
- João Cabral de Melo Neto

domingo, 30 de dezembro de 2018

Materialismo

Tanto o marxismo quanto o capitalismo estão enraizados numa filosofia materialista. Para os dois lados, os maiores problemas da sociedade são consertados ao se atender as necessidades materiais das pessoas, focando na economia. Os capitalistas entendem a economia como central, e acreditam que se você focar na economia e consertar os problemas econômicos, a sociedade vai se consertar magicamente. Os marxistas acreditam na mesma coisa, especialmente aqueles que poem a luta de classes acima de tudo.
As duas ideologias se recusam a enxergar o significado mais profundo da vida e os grandes mistérios da existência humana. Os valores mais nobres, espirituais e heroicos a que nascemos para aspirar. Dessa forma, ao se preocupar apenas com as necessidades materiais, como se só isso existisse, desprezam as verdadeiras necessidades dos homens.
Enquanto é objetivo declarado do marxismo destruir as instituições que estão em seu caminho (família, a igreja, a moral cristã), o capitalismo, sem declarar esse objetivo, parece cumpri-lo com mais eficiência, pelo mesmo motivo.
"O capitalismo moderno é tão subversivo quanto o marxismo. A visão materialista da vida na qual os dois sistemas se baseiam é idêntica. Enquanto nós falarmos apenas sobre classes econômicas, lucro, salários e produção, e enquanto nós acreditarmos que o real progresso humano é determinado por um sistema específico de distribuição de bens e riquezas, não estaremos nem perto daquilo que é essencial." - Julius Evola

sábado, 30 de junho de 2018

Soneto aniversário

Eu agora sempre esqueço a idade
E faço as contas para saber
Quantas voltas a Terra deu
(desde que vim para a claridade)

Em torno do Sol que Deus criou.
Aprendi cores e sons reconhecer
Depois me contaram, Senhor meu,
Tu morreu na cruz e me salvou.

Eu que nunca fiz por merecer
Essa tua infinita bondade
Ovelha desgarrada que sou

E ainda assim com piedade
Consegues até perdoar-me por ser
O filho pródigo que não voltou

domingo, 31 de dezembro de 2017

* Adaptado de Alain de Benoist e Charles Champetier *

O imaginário da modernidade é dominado pelos desejos de igualdade e liberdade. Esses dois valores foram traídos no atual contexto. Isolados das comunidades que os protegiam, dando significado e forma à sua existência, os indivíduos agora estão sujeitos a um mecanismo de dominação tão grande que o que restou da sua liberdade é mera formalidade. Sofremos o poder global do mercado, da tecnologia, da mídia, sem sequer sermos capazes de influenciar no seu rumo. Tudo caminha inexoravelmente para o pior, e apenas assistimos. A promessa de igualdade fracassou de duas maneiras: o comunismo a traiu, instalando os regimes totalitários mais assassinos da história; o capitalismo a banalizou ao legitimar as mais odientas desigualdades sociais e econômicas em nome mesmo da igualdade. A modernidade proclama uma infinidade de direitos, sem se preocupar em providenciar os meios para exercê-los. O mundo moderno exacerba todas as necessidades naturais e cria continuamente necessidades novas, enquanto reserva o acesso a elas a uma pequena minoria, alimentando a frustração, a raiva ou a resignação zumbificante da massa excluída. Quanto à ideologia do progresso, que responde às expectativas humanas acalentando a promessa de um mundo em constante melhoria, essa está numa crise profunda. O futuro parece ser imprevisível, não mais oferecendo esperança, e deixando a todos amedrontados. Um cenário de desemprego endêmico, alinhado com a tendência de extermínio completo de várias profissões, e a desculpa de que ocupações novas serão criadas (até agora criou-se apenas o youtuber). Vemos cada geração se deparar com um mundo diferente daquele que seus pais conheceram. Combinando isso com uma acelerada degradação moral e cultural da sociedade, essa novidade constante que se vale de desacreditar os pais, a tradição, os mais velhos, o senso comum, a experiência, acaba por produzir amargura e não felicidade.
A destruição da natureza para o benefício do crescimento econômico, do desenvolvimento material e da globalização resultou num empobrecimento espiritual sem precedentes, e a ansiedade generalizada relacionada ao fato de viver num presente de incertezas, num mundo despropriado tanto de passado quanto de futuro. Assim, o mundo moderno deu à luz a civilização mais vazia que o homem conheceu: a linguagem publicitária da propaganda, do marketing, tornou-se paradigma de todo discurso social; a primazia do dinheiro impôs a onipresença do consumo, da mercadoria; o homem transformou a si mesmo num objeto de comércio, dentro de uma lógica perversa de hedonismo; a tecnologia engoliu e transformou o mundo natural em uma rede de materialismo, um mundo repleto de delinquência, violência e grosseria, no qual o homem está em guerra consigo mesmo e com todos, um mundo surreal de drogas, realidade virtual e esportes supervalorizados pela mídia, plastificados, engarrafados e vendidos, porque tudo tem que ser vendido, e o que não pode ser vendido tem que ser descartado. Cultura e religião são úteis ao capitalismo, desde que sejam produtos. Com a automação e a robotização do trabalho, até a vida no campo (num fenômeno que antes era culpado apenas pela seca, e quando se resolvesse a seca, seria resolvido) foi abandonada em troca de subúrbios e favelas insalubres em megalópoles monstruosas. O indivíduo solitário se funde a uma multidão anônima e hostil, enquanto as relações sociais, políticas, culturais e religiosas se tornam gradativamente incertas e indistintas. Aqui está sua igualdade. Você é livre para morrer.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Meu vizinho


Na última noite eu verdadeiramente sonhei que Jesus estava morando aqui ao lado.
No sonho conversei com Ele como quem conversa com um velho amigo,
e sinto vergonha, mas não evitei o questionamento: 
como podia Ele ter escolhido morar ali (em vez de comigo),
na casa de quem eu odiava tanto em pensamento?
E Ele obviamente me respondeu que eu devo amar o meu vizinho.
Acordei muito triste, pois como posso obedecer-Te, meu Senhor?
Se me enviasse a cem guerras, eu iria mesmo sozinho,
estaria mais preparado.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Outro soneto para meu pai

O senhor nunca conta seus sonhos
E nosso Botafogo sempre vai mal
Torcemos para um time bisonho
E nascemos no país do carnaval.

Em muitas coisas pareço contigo
Mas tua calma parece ser maior.
Espelho-me em ti, velho amigo
Ao tentar fazer sempre o melhor.

Contaram-me que quando eras novo
O senhor era muito mais nervoso
Até apelidaram-te, teus irmãos

Então me ensine, pai: como eu faço
Para conseguir uns nervos de aço
E nunca ser chamado de "Alteração"?


09/07/2016

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Uma faca só lâmina



(João Cabral de Melo Neto)


Assim como uma bala
enterrada no corpo,
fazendo mais espesso
um dos lados do morto;

assim como uma bala
do chumbo mais pesado,
no músculo de um homem
pesando-o mais de um lado;

qual bala que tivesse
um vivo mecanismo,
bala que possuísse
um coração ativo

igual ao de um relógio
submerso em algum corpo,
ao de um relógio vivo
e também revoltoso,

relógio que tivesse
o gume de uma faca
e toda a impiedade
de lâmina azulada;

assim como uma faca
que sem bolso ou bainha
se transformasse em parte
de vossa anatomia;

qual uma faca íntima
ou faca de uso interno,
habitando num corpo
como o próprio esqueleto

de um homem que o tivesse,
e sempre, doloroso
de homem que se ferisse
contra seus próprios ossos.

A.
Seja bala, relógio,
ou a lâmina colérica,
é contudo uma ausência
o que esse homem leva.

Mas o que não está
nele está como bala:
tem o ferro do chumbo,
mesma fibra compacta.

Isso que não está
nele é como um relógio
pulsando em sua gaiola,
sem fadiga, sem ócios.

Isso que não está
nele está como a ciosa
presença de uma faca,
de qualquer faca nova.

Por isso é que o melhor
dos símbolos usados
é a lâmina cruel
(melhor se de Pasmado):

porque nenhum indica
essa ausência tão ávida
como a imagem da faca
que só tivesse lâmina,

nenhum melhor indica
aquela ausência sôfrega
que a imagem de uma faca
reduzido à sua boca;

que a imagem de uma faca
entregue inteiramente
à fome pelas coisas
que nas facas se sente.

B.
Das mais surpreendentes
é a vida de tal faca:
faca, ou qualquer metáfora,
pode ser cultivada.

E mais surpreendente
ainda é sua cultura:
medra não do que come
porém do que jejua.

Podes abandoná-la,
essa faca intestina:
jamais a encontrarás
com a boca vazia.

Do nada ela destila
a azia e o vinagre
e mais estratagemas
privativos dos sabres.

E como faca que é,
fervorosa e energética,
sem ajuda dispara
sua máquina perversa:

a lâmina despida
que cresce ao se gastar,
que quanto menos dorme
quanto menos sono há,

cujo muito cortar
lhe aumenta mais o corte
e se vive a se parir
em outras, como fonte.

(Que a vida dessa faca
se mede pelo avesso:
seja relógio ou bala,
ou seja faca mesmo.)

C.
Cuidado com o objeto,
com o objeto cuidado,
mesmo sendo uma bala
desse chumbo ferrado,

porque seus dentes já
a bala os traz rombudos
e com facilidade
se embotam mais no músculo.

Mais cuidado porém
quando for um relógio
com o seu coração
aceso e espasmódico.

É preciso cuidado
por que não se acompasse
o pulso do relógio
com o pulso do sangue,

e seu cobre tão nítido
não confunda a passada
com o sangue que bate
já sem morder mais nada.

Então se for faca,
maior seja o cuidado:
a bainha do corpo
pode absorver o aço.

Também seu corte às vezes
tende a tornar-se rouco
e há casos em que ferros
degeneram em couro.

O importante é que a faca
o seu ardor não perca
e tampouco a corrompa
o cabo de madeira.

D.
Pois essa faca às vezes
por si mesma se apaga.
É a isso que se chama
maré-baixa da faca.

Talvez que não se apague
e somente adormeça.
Se a imagem é relógio,
a sua abelha cessa.

Mas quer durma ou se apague:
ao calar tal motor,
a alma inteira se torna
de um alcalino teor

bem semelhante à neutra
substância, quase feltro,
que é a das almas que não
têm facas-esqueleto.

E a espada dessa lâmina,
sua chama antes acesa,
e o relógio nervoso
e a tal bala indigesta,

tudo segue o processo
de lâmina que cega:
faz-se faca, relógio
ou bala de madeira,

bala de couro ou pano,
ou relógio de breu,
faz-se faca sem vértebras,
faca de argila ou mel.

(Porém quando a maré
já nem se espera mais,
eis que a faca ressurge
com todos seus cristais.)

E.
Forçoso é conservar
a faca bem oculta
pois na umidade pouco
seu relâmpago dura

(na umidade que criam
salivas de conversas,
tanto mais pegajosas
quanto mais confidências).

Forçoso é esse cuidado
mesmo se não é faca
a brasa que te habita
e sim relógio ou bala.

Não suportam também
todas as atmosferas:
sua carne selvagem
quer câmaras severas.

Mas se deves sacá-los
para melhor sofrê-los,
que seja em algum páramo
ou agreste de ar aberto.

Mas nunca seja ao ar
que pássaros habitem.
Deve ser a um ar duro,
sem sombra e sem vertigem.

E nunca seja à noite,
que esta tem as mãos férteis.
Aos ácidos do sol
seja, ao sol do Nordeste,

à febre desse sol
que faz de arame as ervas,
que faz de esponja o vento
e faz de sede a terra.

F.
Quer seja aquela bala
ou outra qualquer imagem,
seja mesmo um relógio
a ferida que guarde,

ou ainda uma faca
que só tivesse lâmina,
de todas as imagens
a mais voraz e gráfica,

ninguém do próprio corpo
poderá retirá-la,
não importa se é bala
nem se é relógio ou faca,

nem importa qual seja
a raça dessa lâmina:
faca mansa de mesa,
feroz pernambucana.

E se não a retira
quem sofre sua rapina,
menos pode arrancá-la
nenhuma mão vizinha.

Não pode contra ela
a inteira medicina
de facas numerais
e aritméticas pinças.

Nem ainda a polícia
com seus cirurgiões
e até nem mesmo o tempo
como os seus algodões.

E nem a mão de quem
sem o saber plantou
bala, relógio ou faca,
imagens de furor.

G.
Essa bala que um homem
leva às vezes na carne
faz menos rarefeito
todo aquele que a guarde.

O que um relógio implica
por indócil e inseto,
encerrado no corpo
faz este mais desperto.

E se é faca a metáfora
do que leva no músculo,
facas dentro de um homem
dão-lhe maior impulso.

O fio de uma faca
mordendo o corpo humano,
de outro corpo ou punhal
tal corpo vai armando,

pois lhe mantendo vivas
todas as molas da alma
dá-lhes ímpeto de lâmina
e cio de arma branca,

além de ter o corpo
que a guarda crispado,
insolúvel no sono
e em tudo quanto é vago,

como naquela história
por alguém referida
de um homem que se fez
memória tão ativa

que pôde conservar
treze anos na palma
o peso de uma mão,
feminina, apertada.

H.
Quando aquele que os sofre
trabalha com palavras,
são úteis o relógio,
a bala e, mais, a faca.

Os homens que em geral
lidam nessa oficina
têm no almoxarifado
só palavras extintas:

umas que se asfixiam
por debaixo do pó
outras despercebidas
em meio a grandes nós;

palavras que perderam
no uso todo o metal
e a areia que detém
a atenção que lê mal.

Pois somente essa faca
dará a tal operário
olhos mais frescos para
o seu vocabulário

e somente essa faca
e o exemplo de seu dente
lhe ensinará a obter
de um material doente

o que em todas as facas
é a melhor qualidade:
a agudeza feroz ,
certa eletricidade,

mais a violência limpa
que elas têm, tão exatas,
o gosto do deserto,
o estilo das facas.

I.
Essa lâmina adversa,
como o relógio ou a bala,
se torna mais alerta
todo aquele que a guarda,

sabe acordar também
os objetos em torno
e até os próprios líquidos
podem adquirir ossos.

E tudo o que era vago,
toda frouxa matéria,
para quem sofre a faca
ganha nervos, arestas.

Em volta tudo ganha
a vida mais intensa,
com nitidez de agulha
e presença de vespa.

Em cada coisa o lado
que corta se revela,
e elas que pareciam
redondas como a cera

despem-se agora do
caloso da rotina,
pondo-se a funcionar
com todas suas quinas.

Pois entre tantas coisas
que também já não dormem,
o homem a quem a faca
corta e empresta seu corte,

sofrendo aquela lâmina
e seu jato tão frio,
passa, lúcido e insone,
vai fio contra fios.

*

De volta dessa faca,
amiga ou inimiga,
que mais condensa o homem
quanto mais o mastiga;

de volta dessa faca
de porte tão secreto
que deve ser levada
como o oculto esqueleto;

da imagem em que mais
me detive, a da lâmina,
porque é de todas elas
certamente a mais ávida;

pois de volta da faca
se sobe à outra imagem,
àquela de um relógio
picando sob a carne,

e dela àquela outra,
a primeira, a da bala,
que tem o dente grosso
porém forte a dentada

e daí à lembrança
que vestiu tais imagens
e é muito mais intensa
do que pôde a linguagem,

e afinal à presença
da realidade, prima,
que gerou a lembrança
e ainda a gera, ainda,

por fim à realidade,
prima, e tão violenta
que ao tentar apreendê-la
toda imagem rebenta.

domingo, 27 de março de 2016

Tradução pascoal

Simão, o cirineu
Aquele que carregou a cruz
Eu estava em meu caminho para a lavoura quando avistei-Lhe carregando Sua cruz; e Ele era seguido por uma multidão.
Seu fardo parou-Lhe muitas vezes, pois Seu corpo estava exausto.
Então um soldado romano aproximou-se de mim, dizendo "venha, você é forte e robusto; carregue a cruz deste homem."
Quando ouvi essas palavras meu coração palpitou dentro de mim e fiquei grato.
E eu carreguei Sua cruz.
Ela era pesada, pois era feita de álamo encharcado pelas chuvas de inverno.
E Jesus olhou para mim. E o suor da Sua testa descia até Sua barba.
Novamente Ele me olhou e disse "Tu também beberás deste cálice? De fato tu sorverás esta borda comigo até o fim dos tempos."
Dizendo assim, Ele pôs Sua mão sobre meu ombro livre. E caminhamos juntos em direção à Colina da Caveira.
Mas agora eu não sentia mais o peso da cruz. Eu sentia apenas Sua mão. E era como a asa de um pássaro sobre o meu ombro.
Então alcançamos o topo da colina, e lá eles deveriam crucificar-Lhe.
E então eu senti o peso da árvore.
Ele não pronunciou nenhuma palavra quando eles colocaram os pregos em suas mãos e pés, nem emitiu Ele qualquer som.
E os Seus membros não tremeram sob o martelo.
Era como se Suas mãos e pés tivessem morrido e viveriam novamente quando banhadas em sangue. Também era como se Ele buscasse os pregos como um príncipe busca seu cetro; e como se Ele ansiasse ser alçado às alturas.
E meu coração não pensou em ter pena dEle, pois eu estava preenchido demais para imaginar.
Agora, o homem cuja cruz eu carreguei havia se tornado minha cruz.
Se dissessem a mim novamente "carregue a cruz deste homem", eu iria carregá-la até que meu caminho terminasse no túmulo.
Mas eu iria implorá-Lo para que pusesse Sua mão sobre meu ombro.
Isso aconteceu muitos anos atrás; e ainda quando eu sigo pela fileira da plantação, e naquele momento sonolento antes de dormir, eu penso naquele Amado Homem.
E eu sinto a Sua mão alada, bem aqui, no meu ombro esquerdo.
Khalil Gibran

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Poema "Sansão Expandido", que publiquei no facebook, para arquivo:



Sansão expandido

Ainda jovem eu despedacei um leão
Tão fácil como se fosse um cabrito
Vai dizer que não tenho coração
Você, fracote, morreria, eu virei mito.

Juntei trezentas raposas em chamas
E meus inimigos conheceram a fome
De estômago vazio em suas camas
Nunca mais esquecerão meu nome.

Com uma queixada de jumento,
Fiz deles jumentos também.
Amontoei-os em um momento,
Mandei milhares para o além.

Em Gaza vi o portão da cidade,
Arranquei-o com tranca e tudo.
Tão fraquinho, que infelicidade
Não me servia nem para escudo.

Na última quadra fiquei careca
E até bem fraco que nem você.
Riram, mas eu que preguei a peça,
Nunca viram tanto filisteu morrer.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Texto de pedro henrique medeiros no facebook, arquivado para consultas posteriores.

Quanto aos recentes protestos, acredito que as divergências se iniciaram quando, em uma das manifestações do ano passado, e que não lembro o dia, Kim teve a brilhante idéia de marchar a pé até Brasília. Alguns disseram que foi uma idéia pessoal do Kim anunciada em microfone do carro de som no calor do momento, e que depois virou ‘estratégia’ do MBL. No começo, a coisa parecia ter o tom de que esses mongolóides chegariam à Brasília e lá continuariam os protestos e a pressão.
Creio que a grande maioria das pessoas não se importou muito naquele momento, porque a previsão do prazo que os 'Forrests Gump' iriam demorar a chegar ao Distrito Federal era, mais ou menos, o tempo que houve de intervalo entre os protestos anteriores. “Se os caras querem andar não sei quantos quilômetros, o problema é deles” - pensei. Então começou a campanha para que doações fossem feitas ao MBL, para bancar os peregrinos, e um tom meio que de fazer chantagem emocional e psicológica começou a tomar conta dos apoiadores da tal Marcha. O MBL e seus militantes passaram a cobrar que pessoas se juntassem aos caminhantes da marcha e os acolhessem pelo caminho; pediram que o povo do caminho oferecesse itens essenciais, como comida, água, hospedagem, internet, etc. Aquela ameaça de ‘vocês ficam o dia inteiro com a bunda no sofá e atrás de um computador e só sabem criticar’ imperava. Pessoas foram cobradas e convocadas a se juntarem à marcha num tom de ‘ameaça’, como se tivessem a obrigação de largar suas obrigações e afazeres para bancar essa aventura, que foi fruto da idéia de um garoto inconseqüente; o clima era de: as pessoas ‘deveriam’ apoiar a marcha incondicionalmente, financiá-la, juntar-se a ela, defendê-la publicamente. Muita gente achou isso um absurdo (eu incluso).
A coisa deixou de ser uma escolha pessoal e particular de certo setor da manifestação e, de um jeito bem estranho e suspeito, começou a tomar a forma de uma decisão unânime da massa; tudo isso noticiado todos os dias pela mídia, por páginas do facebook e não desmentido pelo MBL. A fama parece que subiu à cabeça dos envolvidos e a verdade não mais importava. Queriam entrar para a História e, quem sabe, escrever um livrinho depois, contando a aventura (isso já conseguiram, com a editora Record). Um motorista ainda 'faz o favor' de atropelar o Kim e o japa virou ‘um mártir em sua busca por um Brasil melhor’. As atenções se voltaram para a tal marcha, com ajuda de muitas mídias, enquanto a organização de outras manifestações e os outros grupos foram negligenciados. Os outros Estados e Cidades foram boicotados pela mídia e abandonados. Olavo de Carvalho e Jair Messias Bolsonaro, embora reverenciados e aclamados em todos os protestos, não foram procurados pela imprensa. O racha no movimento e o desprezo pela estratégia da marcha aumentavam a cada dia.
MBL entrou com ação na justiça para que os intervencionistas mantivessem distância deles no protesto anterior. Era comum ler, no feed do facebook, pessoas dizendo que nos carros de som do MBL eram proibidos palavrões, falar do Foro de São Paulo, xingar os tucanos no microfone e fazer orações como o Pai Nosso e a Ave Maria.
Olavo, mesmo apoiando toda e qualquer medida de protesto que fosse contra o governo, passou a ver nisso tudo um desvio do foco inicial das manifestações (e foi acusado de tudo quanto é coisa por causa disso, até de inveja). Não só Olavo, mas várias outras pessoas. Não lembro bem o que aconteceu quando os peregrinos estavam chegando à Esplanada. Se não me falha a memória, houve uma manifestação bem pequena, embora o MBL esperasse mais gente. Foi pequena porque as pessoas que não gostaram da estratégia da marcha e dos acontecimentos dos últimos protestos boicotaram, e as pessoas dos outros Estados não iriam se deslocar até Brasília, por motivos óbvios.
O repúdio da grade massa de indignados nas ruas era, praticamente, contra todos os políticos (com poucas exceções, como Bolsonaro, Caiado e mais alguns). A idéia era jogar os corruptos na lata do lixo, mesmo que metaforicamente. Um protesto com dois milhões de pessoas é uma Revolução, com R maiúsculo. A maior da História do país. Mas os auto-intitulados e proclamados líderes preferiram pensar com os próprios miolos, com selo chico cazzo de qualidade. O povo via, pela internet, as barracas no gramado e sentia vergonha de 'estratégia' tão humilhante e vexatória, com a galera do piquenique levando porrada até do MST e os acampados sendo furados com palitinho de dente por uma senhora de uns 60 anos de idade. Por fim, foram expulsos da grama e tiveram que voltar pra casa. Era véspera de outra manifestação.
Não lembro quando apareceram na cena a Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e o Miguel Reale Jr., com o tal pedido de Impeachment. Um protesto de dois milhões de pessoas, que tinha força de FAZER EXIGÊNCIAS (como, por exemplo, convocar uma coletiva de imprensa ao vivo, em horário nobre, em todas as mídias), preferiu sentar na graminha e ficar mendigando coisas que viriam das mãos das tais instituições e dos políticos que o Brasil todo sabia que eram corruptos e estavam aparelhados. Quando cunha acolheu o pedido, a cena daqueles retardados pulando igual a umas gazelas no escritório do MBL fez muitos brasileiros enfiarem a cabeça na terra de vergonha. O grande racha ocorreu quando a Revolução se rendeu ao ‘respeito pela Constituição’, ao 'Estado democrático de Direito' e às tais das 'Instituições'. Percebemos que algumas pessoas ficaram do lado do processo legalista e outras passaram a repudiar tal iniciativa. Estes primeiros foram acusados de ter influência e ligação com setores da ‘oposição política’, do PSDB. Justificável acusação. Os segundos foram chamados de ‘anti-democráticos’ por Reinaldo Azevedo.
Olavo deu vários conselhos e se colocou à disposição para conversar diretamente com quem se apresentasse, e continuou fazendo posts e hangouts diários em todas as redes sociais. Olavo passou a ser ignorado pelo MBL e criticado por seus membros e militantes apoiadores. A coisa ficou meio tucanada.
Vimos:
- O post do Fábio Ostermann (até então, um dos responsáveis pelo MBL) chamando o Olavo, entre outras coisas, de ‘aspirante a analista político’ (sic);
- A entrevista do Kim ao programa Pânico da Jovem Pam, em que o oriental resumiu Olavo a uma pessoa que diz que fumar faz bem pra saúde, que diz que tem fetos na Pepsi, que diz que o mundo gira em torno da terra, que diz que combustíveis fósseis não existem, etc - todas as difamações típicas de esquerdistas;
- A entrevista do Kim ao canal ‘Minha Brasília’, no YouTube, em que ele falou bobagens sobre Jair Bolsonaro;
- O debate do Kim com o pessoal da ‘esquerda democrática’ da UNE, em que o japa usou o Jair em exemplos completamente desnecessários.
O racha se estendia a coordenadores locais e estaduais que 'tretavam' o dia inteiro contra aqueles que eram contra a ‘bicudagem’. Estratégia que, a despeito de todos os conselhos e argumentos do Olavo, muita gente aderiu.
A postura do MBL de ‘censura’ nos protestos anteriores, a ‘Marcha Pra Brasília’, o ‘Acampamento pelo Impeachment’ e a aliança com a Esquerda na estratégia da ‘Bicudagem’ acabou, SIM, por minar a força dos protestos, pois transferiu a iniciativa popular para as mãos dos políticos que o povo tanto achincalhou. Isso melou os protestos, praticamente matou a coisa.
O pessoal do MBL está mais interessado em se inserir no ‘estamento burocrático’ do que combatê-lo e derrubá-lo. Kim falava para o povo boicotar a Folha de São Paulo (que sempre fez uma cobertura criminosa dos protestos) num dia e depois aceita virar um de seus colunistas. Pelo desenrolar das coisas e alguns fatos que vieram à tona ultimamente -- sobre as ligações do MBL com grupos libertários e institutos internacionais--, o povo (de maioria conservadora) já está esperto com candidatos do MBL que, se não são libertários coordenadores locais do EPL, estão subordinados às orientações da central do MBL e deverão seguir as idéias degeneradas destes malucos.
Já não bastava o MBL foder com tudo, agora tem mais essa: libertários com agenda importada de globalistas do Cato Institute e dos Irmãos Koch inseridos na política. O povo brasileiro tem mais é que mandar esses retardados para a puta que os pariu.
Olavo explicou várias vezes que ia dar merda, que não adiantaria mendigar coisas de instituições aparelhadas -- o golpe do STF contra o impeachment e a forte ameaça de queda do Cunha estão aí para provar isso.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Arquivando um poema

Arquivando um poema difícil de encontrar:

A LÁZARO
Está bem, está bem,
abriram-te a caverna,
sacudiram-te o sono,
mandaram-te sair,
e o cão à voz do dono
abandona ao ouvir
a solidão que tem.
Mas a tua era eterna!
Ninguém te perguntou
se querias voltar,
sofrer, recomeçar,
ser... Gritaram-te: "Vem! ".
Eu não iria... "Não vou! ".


Bruno Tolentino

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Uma resposta a Cine Íris

Novas novelas
Misturam-se com velhas:
Maduro da Venezuela
A Colômbia incendeia

No trono do Equador
O Foro governa Correa.
E Castros para sempre
Na ilha, desde cinquenta.

Pregar a essa Nínive odienta
Tal Jonas, digo 'não vou'
Prefiro enfiar-me no ventre
de uma grande baleia.

Perdoe-me a aspereza
Se nego a missão que me impôs
É porque nos anos noventa
Tive a ingrata certeza
De ter nascido depois

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Poema de G. K. Chesterton, tradução minha

Da autoria de um bebê que não nasceu

Se as árvores fossem altas e a grama curta,
Como em algum conto maluco,
Se aqui e acolá um mar fosse azul
Além do branco que ofusca,

Se uma bola de fogo pendesse no ar
Para me aquecer durante o dia,
Se cabelo verde crescesse nas altas montanhas
Eu sei o que eu faria.

No escuro eu permaneço; sonhando que há
Grandes olhos, frios ou gentis,
E ruas tortas e portas silenciosas,
E homens detrás delas a morar.

Que as nuvens negras venham: melhor uma hora
Sair para chorar e lutar,
Que toda a eternidade a governar
Os impérios da noite a fora.

Eu acho que, se me deixassem
Adentrar o mundo e lá fazer morada,
Eu seria bom durante todos os dias
Que eu passasse na terra encantada.

Não ouviriam de mim um gemido
De egoísmo ou desdém
Se apenas eu encontrasse a porta
Se apenas eu fosse nascido.

domingo, 27 de julho de 2014

Arquivando o facebook para consulta posterior

Oportunidade para aprender com quem sabe
Publico aqui o texto/aula de Priscila Garcia
Vou TENTAR explicar o melhor possível a situação: essa coisa de que "Israel" ou "os judeus" estão metidos - como uma ETNIA ou como uma RELIGIÃO - numa agenda novordista é DESINFORMAÇÃO montada pela KGB. Há, sem dúvida, banqueiros judeus enfiados na NWO, na "turma bilderberg" etc. As FUNDAÇÕES desses banqueiros milionários se dedicam a ISTO, a se empenhar para abocanhar a governança global. Mas ESTES camaradas de etnia judaica NÃO SÃO, nem REPRESENTAM, a etnia judaica ou a religião do Judaísmo: ao contrário, são OU materialistas ateus OU o que se chama de "sabateus" ou "sabateanos", uma seita satânica que surgiu do Judaísmo (como o Cristianismo surgiu) PREGANDO que o "verdadeiro Messias" era um satanista chamado Sabbatai Zevi, e que todo judeu que negasse isto deveria ser morto.
O JUDAÍSMO nunca pregou "domínio global" absolutamente NENHUM - e nem MOVEU, como instituição religiosa, nenhum tipo de perseguição, extermínio, genocídio ou massacre a pessoas de OUTRAS religiões: ao contrário, foi SEMPRE vítima da perseguição DOS OUTROS. Nós cristãos e católicos, fomos INÚMERAS VEZES culpados por injustíssimas perseguições, expurgos e extermínio de judeus: a Idade Média está cheia delas, feitas por reis católicos "em nome do Cristianismo"... Infelizmente, esta é a verdade - e não podemos nem devemos negá-la. Mas os judeus jamais fizeram a mesma coisa conosco.
A EXISTÊNCIA do Estado de Israel é perfeitamente LEGÍTIMA, moral e politicamente. Os judeus sempre tiveram uma relação significativa com o seu território ancestral - que pertencia, na época das migrações de judeus euroeus para lá, aos otomanos: ao chamado Império Otomano. Que era ODIADO pelos árabes que lá viviam, diga-se de passagem., e que nunca fez coisa alguma nem pelos árabes e nem por NENHUMA das dezenas de etnias que viviam por lá, a quem tratavam como "sub-raça", como "lixo humano", e que viviam abandonados à própria sorte.
Quando as primeiras massas de judeus CHEGARAM, esses imigrantes COMPRAVAM as terras nas quais se instalavam de seus PROPRIETÁRIOS, que eram latifundiários que viviam em Beirute ou Istambul ou onde fosse, dentro do império otomano: e que não tinham INTERESSE naqueles latifúndios que possuiam na Palestina: tanto assim é que os VENDIAM aos imigrantes judeus que lá chegavam e que se interessavam por comprá-los.
Aí veio a I Guerra Mundial: e o império otomano PERDEU esta guerra, foi VENCIDO nela e se dissolveu. O território da Palestina, na divisão feita entre os VENCEDORES da mencionada Grande Guerra, coube aos ingleses - e o território palestino se tornou um PROTETORADO BRITÂNICO.
Os britânicos foram EXTREMAMENTE injustos para com os judeus, por razões de ordem POLÍTICA: porque quando o nazismo começou a arreganhar os dentes na Europa, o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain, era um idiota que "achava" que as "intenções de Hitler eram muito boazinhas, e que a Alemanha deveria ser ajudada por todo mundo a se reerguer das perdas sofridas na I Guerra". De modo que, nesta FASE do surgimento incipiente do nazismo, o protetorado britânico - acompanhando o Terceiro Reich que se formava - não via com bons olhos a imigração judaica para o SEU protetorado. Chegou ao ponto em que, como os judeus da Europa VIRAM, tiveram uma IDÉIA do que lhes aconteceria se ficassem na Europa, e começaram desesperadamente a fugir de lá para ir para a Palestina, os britânicos LIMITARAM a imigração judaica para o mencionado protetorado britânico da Palestina. MILHÕES de judeus que foram depois mortos pelos nazistas TERIAM escapado SE NÃO FOSSE por esta terrível medida política BRITÂNICA.
Bom, enfim - não posso entrar em muitos detalhes porque senão eu acabo escrevendo páginas e mais páginas, o fato é que, até então, judeus e árabes viviam muito bem juntos na Palestina: pois foram justamente os judeus que levaram para lá técnicas agrícolas, hospitais, condições de guardar água para a irrigação, medidas de saneamento etc: enfim, a VIDA dos árabes e de outras etnias na Palestina, que até então era precária, insalubre, com taxas de mortalidade infantil e de miséria ALTÍSSIMAS, melhorou MUITO devido à chegada dos judeus. Não existia "animosidade" entre eles.
Nesta ocasião, pouco antes da II Guerra, aconteceu a eleição - trata-se de um cargo ELETIVO - para "Grande Mufti de Jerusalém". Como você com certza sabe, para um muçulmano ortodoxo não existe diferença nem separação entre religião e Estado: e o LÍDER POLÍTICO é a AUTORIDADE RELIGIOSA. É a ESTA autoridade que o Islã DETERMINA que a população muçulmana obedeça. Muito bem: nesta eleição que eu menciono, TRÊS candidatos ficaram na frente de um camarada chamado Haj Amin al-Husseini. Ou seja, ele foi o QUARTO e ÚLTIMO colocado. Mas ele era um NAZISTA, e Hitler enviou agentes da SS para a Palestina e esses agentes ASSASSINARAM os TRÊS camaradas que estavam à frente do nazista - e quem acabou "eleito" Grande Mufti de Jerusalém foi ELE. Posto lá pela SS NAZISTA, como se vê. E com um certo "beneplácito" dos britânicos, é claro.
A PRIMEIRA COISA que Haj Amin FEZ foi iniciar uma PAVOROSA perseguição aos judeus da Palestina, ORDENANDO massacres seguidos, cada qual PIOR do que o outro. É DELE a famosa frase"só descansaremos quando o último judeu for enforcado nas tripas do último cristão". Haj Amin al-Husseini, que vem a ser tio de Yasser Arafat - cujo nome real era Yasser Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa AL-HUSSEINI - é, até hoje, o PATRONO das organizações do terrorismo fundamentalista islâmico. É o MENTOR delas: um nazista que foi viver em Berlim, para ficar PERTO de Hitler, e que foi nomeado pelo Terceiro Reich "consultor oficial para assuntos árabes".
Na II GUERRA, os judeus da Palestina lutaram JUNTO aos aliados: e, a esta altura, o primeiro-ministro britânico era Winston Churchill, e Chamberlain passou à História como, na melhor das hpóteses, um débil-mental e um frouxo - e, na PIOR DELAS, como um TRAIDOR... Os árabes palestinos, por sua vez, lutaram ao lado do Eixo, sob a bandeira da swastika: e PERDERAM, é claro, a guerra - enquanto que os judeus palestinos a VENCERAM. O cenário do pós-guerra era OUTRO, portanto.
Na Europa, o nazismo VENCIDO não fora, evidentemente, "exterminado": o fato de um modelo ideológico-doutrinário ter PERDIDO uma guerra NÃO SIGNIFICA que ele tenha "desaparecido" - e portanto a Europa estava CHEIA de nazistas furiosamente ressentidos e odiando judeus mais do que NUNCA. Os países europeus, como era de se esperar depois de uma guerra hecatômbica que matou quase sessenta milhões de pessoas, tinham PAVOR de que ressurgissem, de alguma forma, FOCOS nazistas por lá: e que a hecatombe, de repente, começasse DE NOVO! A ÚLTIMA COISA que os países da Europa no pós-guerra QUERIAM é que alguma coisa fosse vista como PROVOCAÇÃO ou PRETEXTO para que a desgraceira voltasse. Os governos europeus queriam PAZ, compreensivelmente.
Mas lá estavam mais de um milhão e meio de judeus sobreviventes, dos mais de oito milhões que viviam lá antes da guerra. Esses judeus também NÃO QUERIAM voltar para países nos quais haviam vivido por GERAÇÕES, dos quais se consideravam CIDADÃOS - e que de repente não os haviam livrado do genocídio brutal. A política nazista, quando começou, ORDENAVA que NENHUMA família judaica ficasse INTACTA: que pelo menos UM membro de cada família fosse assassinado - DE CARA. Por conseguinte, esses judeus sobreviventes, também compreensivelmente, não desejavam voltar aos lugares DEVASTADOS e nos quais já não existiam mais suas famílias esperando por eles - nem ESPERANÇAS de uma vida tranquila e feliz no futuro. Os europeus, então, construíram campos para abrigar esses sobreviventes em SEGURANÇA, e a partir dos quais eles tentariam encontrar outros sobreviventes que tivessem conhecido antes. É COMOVENTE ver a desesperada procura das pessoas por parentes e amigos, pais, mães, filhos - TODOS tentando se comunicar para saber se mais alguém de suas famílias havia sobrevivido. Esses campos se chamavam "Campos para Displaced Persons", ou "DP" - e muitos deles sofriam contínuos ataques velados por parte das populações locais: já que, como eu disse, a II Guerra VENCEU os nazistas do Terceiro Reich - mas NÃO EXTINGUIU o nazismo...
Os Estados Unidos da America RECEBERAM, e acolheram como cidadãos SEUS, UM MILHÃO desses sobreviventes: um ato de inesquecível grandeza de parte da grande nação americana!
Restava ainda quase outro milhão, que LITERALMENTE não tinha para onde ir. Comissões e mais comissões internacionais foram montadas, para tentar resolver o problema, que já começava a se tornar PERIGOSO, para os governos europeus: porque, uma vez que os sobreviventes judeus tinham que ficar ISOLADOS, nos campos de DP, do restante da população, para que não surgissem novos focos nazis e mesmo para a própria segurança pessoal desses sobreviventes, eles não podiam trabalhar e tinham que ser sustentados por esses governos, o que TAMBÉM gerava ódio e revolta por parte das populações, e o perigo de surgirem novos focos nazis.
A SOLUÇÃO encontrada, e que era também a desejada ardentemente por esses judeus sobreviventes que não haviam ido para os EUA, era que eles fossem para a Palestina: que evidentemente PERTENCIA AINDA aos VENCEDORES não apenas da PRIMEIRA, mas também desta outra guerra!
Como você vê, a Palestina NUNCA foi "um Estado", e NUNCA poderia ter "pertencido" , como Estado que nunca foi, aos árabes que lá viviam. Como se pode imaginar, a berraria dos governantes árabes foi grande: porque, pelo motivo do "porque SIM", todos os Estados árabes QUERIAM o território para SI, para AUMENTAR e EXPANDIR o Dar al-Islam, o "MUNDO ISLÂMICO". A UN DEU, pra acalmar os ânimos, um NACO da Palestina para formar um Estado árabe - e assim surgiu a Jordania.A GRITA dos países livres contra a INJUSTIÇA que estava sendo cometida para com os sobreviventes judeus, isolados em campos de DP na Europa sem poder sair foi ENORME. E, como eu já expliquei, os próprios governos europeus não queriam também arcar com os riscos de mantê-los lá!
Foi ASSIM que nasceu finalmente ISRAEL, o pedacinho de terra que os judeus transformaram em sua PÁTRIA e seu LAR!
Mas os árabes - não TODOS, evidentemente: MUITOS deles não têm inimizade ALGUMA para com os judeus, com quem seus antepassados conviveram em paz antes do famigerado nazismo. Creio sinceramente que esta é a MAIORIA! Mas, infelizmente, os sequazes do "mufti de Hitler", o INFAME Haj Amin, MANTIVERAM o propósito de seu mentor satânico: e ATÉ HOJE recusaram reiteradamente toda e qualquer tentativa de negociação ou apaziguamento na região. Não é ISSO que eles QUEREM, nem jamais foi POR ISTO que lutaram - mas SIM porque o OBJETIVO é exterminar Israel, até que no território da Palestina "O ÚLTIMO JUDEU MORRA ENFORCADO NAS TRIPAS DO ÚLTIMO CRISTÃO"!
Esta é a história, extremamente resumida. Faltam muitas coisas importantes, mas eu me esforcei para passar a você as linhas gerais do conflito, o melhor que pude. . Sua amiga, Priscila.
Texto/Aula de Priscila Garcia
22/07/14

sábado, 31 de maio de 2014

Subversão ideológica

Subversão ideológica é o processo que é legítimo, público e aberto. Você pode ver com seus próprios olhos. Tudo o que você tem que fazer... tudo o que a mídia americana tem que fazer é desenfiar as bananas dos ouvidos e abrir os olhos e poderão vê-la. Não tem mistério, não tem nada a ver com espionagem. Sei que espionagem, coleta de informação parece mais româtico, vende mais desodorantes em propagandas, provavelmente é por isso que vossos produtores de Hollywood são tão loucos por thrillers do tipo James Bond. Mas na realidade, a ênfase principal da KGB não é de maneira alguma na área de inteligência. De acordo com minha opinião e a opinião de muitos desertores do meu calibre, apenas 15% de tempo, dinheiro e pessoal são gastos em espionagem como tal. Os outros 85% são um processo lento que chamamos de subversão ideológica ou medidas ativas, aktivnye meropriyatiya, na linguagem da KGB, ou guerra psicológica. O que significa basicamente é mudar a percepção da realidade de todo americano a tal ponto que apesar da abundância de informação, ninguém é capaz de chegar a conclusões razoáveis no interesse de defender a si mesmos, suas famílias, sua comunidade e seu país. É um grande processo de lavagem cerebral, que anda bem devagar e é dividido em quatro estágios básicos. Sendo o primeiro a "desmoralização". Leva 15 a 20 anos para "desmoralizar" uma nação. Por que este número de anos? Porque este é o número mínimo de anos necessário para educar uma geração de estudantes no país do seu inimigo, exposta a ideologia do inimigo. Em outras palavras, ideologia marxista-leninista está sendo injetada nas cabeças moles de pelo menos três gerações de estudantes americanos sem ser contestada ou contrabalanceada pelos valores básicos do americanismo... patriotismo americano. O resultado... o resultado você pode ver. A maioria das pessoas que se formaram nos anos 60, desistentes ou intelectuais de miolo mole estão agora ocupando as posições de poder no governo, funcionalismo, negócios, grande mídia, sistema educacional. Vocês estão presos com eles, vocês não podem se livrar deles. Eles estão contaminados, estão programados para pensar e reagir a certos estímulos, a um certo padrão. Você não consegue mudar suas ideias, mesmo se você os expuser a informação autêntica, mesmo que você prove que branco é branco e preto é preto, você não consegue mudar a percepção básica e lógica de comportamento deles. Em outras palavras, essa gente... o processo de "desmoralização" é completo e irreversível. Para livrar a sociedade dessa gente, você precisa de outros 20 ou 15 anos para educar uma nova geração de gente de mente patriótica e bom senso que agiriram em favor de e pelos interesses da sociedade dos EUA.
- Yuri Bezmenov, desertor da KGB

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Filantropia nos EUA

1. Os americanos são as pessoas que mais contribuem para as causas de caridade do mundo.
2. Os EUA são o único país onde as contribuições individuais das pessoas para causas de caridade supera a ajuda total do governo.
3. Entre os 12 povos que mais dão contribuições voluntárias - EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália, África do Sul, Irlanda, Holanda, Cingapura, Nova Zelândia, Turquia, Alemanha e França -, as contribuições americanas são mais que o dobro do vice-campeão (UK). Se algum sabidinho deseja diminuir a importância desses números, alegando que "dão mais, porque eles são mais ricos", é melhor que ele esqueça: as contribuições não são classificadas em números absolutos, mas em percentagem do PIB. Americanos simplesmente tiram mais do seu próprio bolso para ajudar aos pobres e aos doentes, mesmo em países inimigos. As muito solidárias Rússia e China nem sequer entram na lista.
4. Americanos adotam mais crianças órfãs - inclusive de países inimigos - do que todos os outros povos do mundo somados.
5. Os americanos são os únicos que, em todas as guerras que lutam, reconstroem a economia do país derrotado, mesmo ao custo de torná-lo um concorrente comercial e um poderoso inimigo no campo diplomático. Compare o que os EUA fizeram na França, Itália, Alemanha e Japão, com o que a China fez no Tibete, ou a Rússia fez no Afeganistão (...).
6. Os americanos não oferecem apenas o seu dinheiro aos pobres e necessitados. Eles dão do seu tempo na forma de trabalho voluntário. O trabalho voluntário é uma das instituições mais antigas e mais sólidas dos americanos. Metade da população americana dedica o seu tempo a trabalhar de graça para hospitais, creches, orfanatos, prisões, etc. Quais outros povos no mundo tem feito da compaixão ativa um elemento essencial do seu estilo de existência?
7. Além disso, o valor atribuído pela sociedade americana às obras de generosidade e compaixão é tal que nenhum figurão em finanças ou indústria pode esquivar-se do dever de fazer imensas contribuições anuais para universidades, hospitais, etc, porque se ele se recusar a fazê-lo, ele será imediatamente desclassificado da condição de cidadão honrado ao de inimigo público.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Tchau, Seedorf!


E o craque holandês Clarence Clyde Seedorf, 4 vezes vencedor da Champions League e único jogador a vencer esse torneio por 3 clubes diferentes, encerrou sua carreira de futebolista profissional no Botafogo de Futebol e Regatas, clube de Nilton Santos. Em 2013, aos 37 anos, bateu seu recorde de jogos e gols em uma temporada, 56 e 15. Marcou um total de 24 gols pelo Botafogo, mais que pelo Real Madrid, 20, e Inter de Milão, 14. Obrigado, Seedorf, por ter escolhido o meu clube para encerrar a sua brilhante carreira, e pelo futebol de altíssimo nível que demonstrou, mesmo jogando com uma idade em que a maioria dos jogadores já teria parado. Que sua carreira como treinador seja igualmente brilhante e repleta de vitórias.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pizza de Jabuticaba

Aos que costumavam torcer o nariz e dizer que era conspiração, espero que o resultado da votação no STF hoje não deixe mais dúvidas de que estamos dentro de um esquema de proporções épicas. A república brasileira é formada por um Poder Executivo que usa dinheiro público para comprar o voto nas eleições através de programas de "transferência de renda", usa o dinheiro público para comprar o voto e formar a maioria no Poder Legislativo, conseguindo aprovar tudo que é do seu interesse com eficácia de quase 100% com isso que muitos brasileiros consideram algo tão engraçado que apelidaram de mensalão e não levaram a sério, e para finalizar, compra também, através de conchavos, troca de favores e indicações completamente sem mérito, o Poder Judiciário, em sua representação máxima, o STF. Essa é a República Federativa do Brasil. O princípio dos Três Poderes foi criado há séculos, com uma finalidade específica. Mas conseguimos subverter essa lógica e demos nosso jeitinho. Acabamos com a Monarquia, por considerá-la injusta na sua concentração de poder. Ignoramos que 9 dos 10 países mais desenvolvidos do mundo utilizam essa forma de governo. Criamos a nossa República Malandra, uma ditadura totalitária disfarçada, completamente imoral, completamente corrompida, à imagem e semelhança do povo brasileiro. Congratulações a todos nós. É um grande feito que colocará a nossa nação, o nosso povo, em lugar de destaque na história da raça humana.

domingo, 11 de agosto de 2013

Soneto Para o Meu Pai

O semblante do meu pai é grave,
Temível para o menino aqui dentro.
Queria conhecer seus pensamentos
Sempre guardados aí nesse enclave.

Acalanto um sonho com o momento
Em que derrubo a porta, sem chave
O menino cede ao homem, eu entro
E sinto tua alma, e ela é suave.

Hoje também tornou-se grave
O meu semblante, como ave
De mesma plumagem, argumento

Que é por ti que eu me oriento
Pedindo desculpa pelo entrave
De ser um bocadinho rabugento.

terça-feira, 23 de julho de 2013

SOBRE AS MANIFESTAÇÕES - Notas do filósofo Olavo de Carvalho, organizadas (e atualizadas) por Felipe Moura Brasil.

1.

Todo plano estratégico de grande envergadura e longa duração é, por definição, inverossímil aos olhos da população média e também, necessariamente, aos da maior parcela da militância incumbida de realizar as inúmeras operações parciais destinadas a implementá-lo. Se dissermos a um militante petista que ele está trabalhando para tal ou qual finalidade geral que lhe escapa, ele garantirá que estamos completamente loucos ou que fomos pagos para mentir contra o seu partido. Hoje os historiadores conhecem em detalhe, por exemplo, o plano global de Stálin para desencadear a II Guerra Mundial mediante o incentivo simultâneo ao crescimento do poder nazista na Alemanha e à campanha antinazista no resto da Europa. Isso era segredo de Estado, e nenhum dos milhões de militantes entusiastas que, na época, bradavam slogans antinazistas na França ou em Londres tinha a menor idéia de que o inimigo que odiavam era ao mesmo tempo alimentado pela mesma fonte da qual recebiam instruções. Pierre Massé dizia que planos são "o anti-acaso", o que significa que todo plano deve poder absorver, no curso da sua execução, toda e qualquer mudança imprevista, mas também utilizar em seu proveito a impressão de casualidade e inconexão na mente de seus executores menores e principalmente de seus adversários.

2.

A confluência de duas linhas causais antagônicas - o esvaziamento ideológico da direita e o crescente e justo descontentamento popular com a esquerda - produziu um resultado singularmente exótico: por toda parle pululam protestos pontuais, baseados em interesses grupais ou em sentimentos subjetivos ofendidos (religiosos, em geral), sem nenhuma articulação ou consciência estratégica de conjunto. Em segundo lugar, esses protestos tendem a tomar a forma da luta parlamentar normal, que neutraliza até mesmo qualquer vitória parcial obtida, na medida em que legitima no mesmo ato o sistema hegemônico, ajudando-o a dar ares de democracia saudável ao que é, na verdade, um unipartidarismo muito mal camuflado. Os religiosos protestam contra o aborto e o gayzismo, os ruralistas contra o MST, os militares contra o desmantelamento das Forças Armadas, o pai de família contra a falta de segurança, os policiais contra a proteção aos bandidos, os arrozeiros contra as reservas indígenas crescentes, e assim por diante. Falta por toda parte a consciência de que por trás de todos esses males há uma só força agente: o Foro de São Paulo. Por isso é que não me entusiasmo muito por nenhuma dessas causas parcelares, todas elas justas em si mesmas porém ineficazes no quadro real das coisas.

3.

ABC da estratégia. Sun-Tzu ensinava que é preciso conhecer o inimigo; Napoleão Bonaparte, que é preciso atacá-lo no ponto mais vulnerável. O inimigo é o movimento comunista continental; seu ponto mais vulnerável, as finanças do Foro de São Paulo. Tirem as conclusões.

LEITOR: Por que as finanças?

OLAVO: (1) Porque são completamente ilegais e isto é facílimo de provar; (2) porque exposto a inquéritos o Foro ficará paralisado, sem margem de manobra.

4.

Quando acharem que algum destes posts é importante, por favor compartilhem-no com o maior número possível de pessoas, seja pelo próprio Facebook, seja por outros meios. Não estou escrevendo por escrever, mas porque estou persuadido de que se os brasileiros não começarem a compreender rapidamente a situação real em que vivem, logo estará eliminada toda esperança de reencontrar a sanidade perdida.

LEITOR: Professor, mas por trás do movimento pró-vida não há uma militância bem organizada, diferente dos outros grupos citados pelo senhor? reencontrar a sanidade perdida.

OLAVO: Sim, mas pelo simples fato de lutar contra o aborto em si, e não contra a força política por trás do aborto, é contraproducente. Todas essas lutas adquiririam um novo sentido e uma força incomparavelmente maior se por trás de tudo houvesse um comando estratégico unificado, consciente, informado. Mas cada um acha que a SUA causa é a mais importante, e assim ninguém vai conseguir nada de duradouro. Cada vitória será seguida de várias derrotas.

*****

Leia também as mais de 50 notas de Olavo de Carvalho em "O essencial é quebrar o esquema de poder":http://www.felipemourabrasil.com.br/2013/07/o-essencial-e-quebrar-o-esquema-de-poder.html.

E mais outra coletânea de notas em "Obamismo, falsificação de ideias e questões católicas":http://www.felipemourabrasil.com.br/2013/07/obamismo-falsificacao-de-ideias-e.html.

LIVRO PRESTES A SER LANÇADO (não há dia definido ainda para o início das vendas, nem haverá noite de autógrafos, ok? Mas sim: está chegando a hora do lançamento e avisarei por aqui):

- "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota":https://www.facebook.com/felipe.m.brasil/posts/10151710469296874