Ao assistir ao filme Homem de Ferro 2 pensamos estar apenas vendo um filme baseado em quadrinhos de super heróis. Mas olhe direito. Homem de Ferro é um defensor da propriedade privada, contra esse abutre chamado governo. Tony Stark é um homem de negócios bem sucedido que herdou a empresa do pai. Ele inventa um traje que lhe dá superpoderes, feito de uma liga de ouro e titânio, e mantém o design em segredo, enfrentando assédio constante do governo que deseja se apossar do traje. Ao meu ver, uma platéia domesticada por anos de pensamento liberal e estado paternalista pode até apoiar essa atitude do governo e achá-la a conduta mais correta, por questões como bem comum e segurança nacional, mas Tony Stark defende a propriedade privada contra toda essa doutrinação. Ele é levado a uma audiência no Senado e ouve um senador exigir que ele entregue os planos para a construção do traje especial. Stark faz um grande discurso onde diz que o governo não pode ter algo que é de sua propriedade. E termina dizendo algo como "Vou servir essa grande nação ao meu bel prazer." É aplaudido pelo público presente.
O próprio Stan Lee, criador do personagem, se gaba de ter criado um personagem capitalista, anticomunista, industrialista e fabricante de armas, apenas para antagonizar deliberadamente os leitores de quadrinhos que se inclinavam para o movimento hippie e antimilitarista dos anos 60. Lee desafiava a si mesmo a criar um personagem que pudesse forçar os leitores a gostar.
Um comentário:
Thomas, já pensou, que nessa era petista, como seria um herói criado por essa brasileirada chegada a uma anta como a que deixou o governo? Imagine o "chapolin" que iríamos exibir ao mundo!
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