segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Poema "Sansão Expandido", que publiquei no facebook, para arquivo:



Sansão expandido

Ainda jovem eu despedacei um leão
Tão fácil como se fosse um cabrito
Vai dizer que não tenho coração
Você, fracote, morreria, eu virei mito.

Juntei trezentas raposas em chamas
E meus inimigos conheceram a fome
De estômago vazio em suas camas
Nunca mais esquecerão meu nome.

Com uma queixada de jumento,
Fiz deles jumentos também.
Amontoei-os em um momento,
Mandei milhares para o além.

Em Gaza vi o portão da cidade,
Arranquei-o com tranca e tudo.
Tão fraquinho, que infelicidade
Não me servia nem para escudo.

Na última quadra fiquei careca
E até bem fraco que nem você.
Riram, mas eu que preguei a peça,
Nunca viram tanto filisteu morrer.