domingo, 31 de outubro de 2010

Quem perde, chora.

E aqui vai o meu choro enlatado:

Urna eletrônica
Se só dá no Brasil, e não é jabuticaba, é besteira.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Marqueteiro do Recife diz que Dilma perde as eleições neste domingo

Deu no Blog de Jamildo

O publicitário Marcelo Teixeira, da empresa Makplan e que já trabalhou para tucanos e petistas pelo Brasil, analisou os últimos números da pesquisa Datafolha e diz que Dilma pode até ganhar as eleições, mas que as chances maiores de vitória são do candidato tucano José Serra. Quando todo mundo dizia que Dilma levaria no primeiro turno, em entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo, analisando os mesmos dados do Datafolha, ele antecipou que haveria segundo turno. Reveja aqui.
“Lula não conseguiu fazer a candidatura dela decolar. Ela é ruim de palanque e mesmo com o apoio quase totalitário não deslanchou nas urnas”, declara.
O marqueteiro vê muita semelhança do atual cenário com os números do primeiro turno, quando a candidata oficial tinha 50% dos votos, segundo as pesquisas mais confiáveis, mas não obteve nas urnas os 50% dos votos, mesmo com o apoio de um amplo leque de políticos da situação.
“Serra tem todas as chances de vencer as eleições porque Dilma, mesmo com a popularidade de Lula, mesmo com toda a capilaridade de sua campanha no primeiro turno, não conseguiu subir nada e está com os mesmos 50% do primeiro turno. Em São Paulo, por exemplo, ela tinha três candidatos a governador pedindo votos para ela”, observa.
O analista político cita que Serra tem chances enormes de mudar o placar porque, no Sudeste, por exemplo, existem cerca de 7% dos indecisos.
Numa comparação rápida, o marqueteiro cita que a votação da petista gira em torno dos 62% no Nordeste e que Lula teve 77% nas pesquisas.
A sua tese principal, assim, é que só São Paulo pode tirar os votos de vantagem de Dilma no Nordeste. Isto pode até ajudar a explicar a preocupação do presidente Lula de encerrar a campanha da petista no Recife, na data de hoje. “Desde Franco Montoro, passando por Covas e depois os tucanos mais novos, eles nunca tiveram menos de 60% contra Lula. E Dilma não é Lula”, frisa.
Apontado como um dos principais colégios eleitorais, Minas Gerais, na avaliação do observador da cena política nacional, dará vitória ao tucano. “Ela está 4% ainda na frente, mas vai perder lá. O mineiro não vota no PT. Agora não vai ter cabo eleitoral como no primeiro turno. O eleitor vai vair para votar em um, no outro, ou branco ou nulo. A abstenção será enorme e Dilma não é Lula, ela é pesada”.
Na sua avaliação, um dos fatores que deve prejudicar Dilma com muita intensidade são as abstenções. Ele diz que isto pode reduzir a sua esperada votação no Nordeste para até 60% do que está previsto. “Em um universo de 36 milhões de eleitores, no segundo turno, Lula e Alckmim tiveram apenas 25 milhões de eleitores. Cerca de 11 milhões de eleitores deixaram de comparecer. E olha que era gente que segurava bandeirinha e era Lula desde sempre. Só que Dilma não é Lula e a votação de votos em disputa pode cair para 20 milhões de votos no Nordeste”, observa.

Alea jacta est

Não sei quem vencerá a eleição. Acredito também que ninguém saiba. Hoje mais do que antes, não acredito em institutos de pesquisa. Erraram feio no primeiro turno e não conseguiram mostrar o que o eleitorado realmente iria fazer nas urnas. Penso que insistem no erro, por isso minha torcida ainda é esperançosa. Ainda hoje acontecerá o debate na Globo, que todos sabem ser o mais importante. Depois disso, domingo, as urnas dirão quem vai governar o país nos próximos quatro anos. Eu torço pela democracia. Torço pelo respeito às leis. Torço pelas instituições, pela constituição, pela verdade. Por isso eu torço por José Serra. Muitos dizem: ah, mas o país cresceu muito com Lula. Eu digo, baseado em fatos e números, que o Brasil pegou carona no crescimento bombástico da economia mundial no seu período de governo. Basta fazer as devidas comparações. Os números são públicos, mas a mídia não noticia. Com FHC, o Brasil atravessou um período turbulento na economia mundial, mas conseguiu crescer a uma razão de 80%, na comparação. Lula atravessou o que os economistas definem como o melhor período econômico desde o pós-guerra. E o Brasil cresceu a uma razão de 40% do crescimento econômico mundial. O Brasil viajou como passageiro da classe econômica, praticamente empurrado pela fase de abundância em que Lula teve a sorte de assumir a presidência. Isso é um fato que não pode ser contestado, porque os números falam por si. Não há como distorcer. Ademais, o legado que Lula deixa ao Brasil é o da imoralidade, da deterioração das intituições e do estado de direito. Lula não fez uma reforma importante no Brasil. Lula fez apenas propaganda. E por isso deixa o governo com essa aprovação que beira a unanimidade. Porque, com ajuda da oposição e da mídia, que tanto critica, fez de si mesmo um mito. A consagração desse mito será a eleição de sua sucessora no dia 31, a candidata que nunca concorreu a um cargo eletivo em toda a sua vida, escolhida a dedo para servir de tour de force de Luiz Inácio. Aguardemos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Xis da questão

Eu realmente não tenho a menor vontade de discutir se a Igreja Católica é boa ou ruim, medieval, atrasada, se o Papa é apenas um político ou se o aborto é ou não assassinato. Isso tudo é infrutífero. O que eu defendo é que o PT e a Dilma assumam suas posições verdadeiras e parem de mentir para o eleitorado brasileiro. Quem concorda que se deve mentir até mesmo sobre fé e religião para ganhar as eleições, discorda de mim. Se o PT, a Dilma e o Lula são tão fodões como querem nos fazer acreditar, por que não disputam a eleição defendendo a verdadeira ideologia do partido? Por que não anunciam o que realmente acham da Igreja Católica, do Papa e do aborto? Podem defender a mesma posição que o PT em relação a esses temas, mas não dá pra defender o comportamento deles, de esconder o que realmente pensam para agradar o eleitorado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Escritora Ruth Rocha critica Dilma por incluir seu nome em manifesto intelectual

Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.
O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um “abrakadabra” na miserável história do mensalão . Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil “os outros também fazem...”. De lá pra cá foi um Deus nos acuda!
Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 o Brasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apóiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.
Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.
É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.
O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a lei de responsabilidade fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.
E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.
Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.
1) desprezo ao culto à personalidade;
2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então...
3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.
Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma.
SP, 25/10/2010

Ruth Rocha, escritora

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O décimo quarto trabalho de Hércules

Extraído do blog Pitacos Politicos

Neste segundo turno nada mudou no quadro político mais geral. O que é nova é a conjuntura eleitoral, em que o tempo televisivo é equânime.

Vamos aos fatos incontestáveis.

Computando-se os votos válidos do primeiro turno, Dilma teve 47%. Serra, 32%, Marina, 20%. Serra + Marina + outros = 53%.

Façamos uma conta simples.

Por hipótese, imaginemos que Dilma conserve seus 47% e Serra, os 32% que obteve. Para Serra ultrapassar Dilma, teria de somar aos seus 32% nada mais nada menos do que a quase totalidade dos votos de Marina, ou seja, 19 pontos percentuais.

A vida não é matemática. Dilma perdeu eleitores potenciais, tanto para os indecisos quanto para Serra. Serra conservou quase a totalidade de seus votos. O eleitorado de Marina Silva dividiu-se entre os dois candidatos, majoritariamente para Serra. Estas constatações são fatos, atestados pelas pesquisas sérias e pela observação desapaixonada.

Temos de fazer uma conta simples. Se Dilma tiver conservado sua votação em torno de 44/45 pontos percentuais e tiver herdado 1/3 do eleitorado de Marina, estará com cerca de 51% das intenções de voto. Vencerá.

O quadro descrito não é absurdo, pelo contrário, é possível e provável. Para que não ocorra, Serra terá de conservar os votos que teve no primeiro turno, ganhar os votos de Marina na proporção de 4 por 1, sangrar Dilma em 2 pontos percentuais, aproximadamente, e ganhar a maioria dos indecisos. É trabalho para Hércules, no caso, o décimo quarto.

O que indicam o tracking tucano e a pesquisa GPP? No primeiro, há empate técnico com alternância da poleposition numérica, Serra à frente na maioria das vezes. No segundo, a diferença, analisada a margem de erro, está em cerca de reais 3 pontos percentuais. Caso Serra os obtenha nesta reta final, subirá a rampa do Planalto em janeiro.

Caso o tracking e o GPP tenham apreendido corretamente a realidade das intenções de voto e se fizermos um balanceamento entre as duas pesquisas, temos um quadro que, na melhor das hipóteses, está no empate técnico e, na pio, numa disputa por 3 pontos percentuais, para cá ou para lá.

É possível que Serra vença no domingo? É óbvio que sim. O movimento dos eleitores à beira do dia fatal se acelera em direção à definição firme do seu voto.

A batalha se decide no olho clínico ou no tira-teima, não tenhamos ilusões. Quem levar, leva por muito pouco. Dilma continua favorita, mas Serra está surpreendendo. Poucos imaginariam há semanas que o ex-governador de São Paulo teria chances reais de vencer no segundo-turno e não apenas fazer figuração.

São exatos cinco dias até as eleições. Haverá o debate na Globo. Sete programas eleitorais e dezenas de inserções na programação serão exibidos. Somem-se as ações de milhares de apoiadores por todo o Brasil, além das atividades das lideranças comprovadas da oposição.

Não é pueril repetir: muita água corre debaixo da ponte.

Há muitas incertezas. Existe, de fato, uma única certeza. Sem voto não se ganha nada. Ele só cai na cesta com muito suor, voz rouca, sapato gasto e dedos cansados de teclar. É o décimo-quarto trabalho de Hércules, de Serra, das lideranças oposicionistas e de cada um de nós.

Reafirmamos o que dissemos nesta mesma altura do primeiro turno. A vitória é plenamente possível, se e somente se for fruto do empenho de todos aqueles que se perfilam do lado da democracia.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Por que não voto em Dilma

De Rodrigo Constantino

Perplexo ao ver que pessoas de bom nível financeiro e social desconheciam certos fatos sobre Dilma e o PT, resolvi resumir os 10 principais motivos pelos quais não voto na candidata:

1- não voto em ex-terrorista e ex-assaltante que lutava para implantar no país uma ditadura comunista como a cubana, e que até hoje afirma ter orgulho dessa luta, sem ter mudado de lado;

2- este foi o governo mais corrupto da história deste país! O livro "O Chefe" refresca a memória do que foi esse governo. José Dirceu é "chefe de quadrilha", Lula claramente sabia de tudo, e Erenice Guerra é braço-direito de Dilma. Roubaram como ninguém! E foram pegos roubando! Votar neles significa dar uma carta em branco, autorizar a roubalheira, dizer que não se importa com isso tudo. É matar de vez a ética! E não esqueça de Celso Daniel, assassinado de forma até hoje obscura;

3- essa turma tem um projeto autoritário de poder, e está disposta a tudo por isso. O PNDH-3 dá uma idéia do que eles realmente querem: censurar a imprensa de vez e transformar o Brasil numa grande Venezuela, do camarada Chávez. O PT fundou com o ditador Fidel Castro o Foro de São Paulo, onde até os sequestradores e traficantes das FARC chegaram a participar;

4- em economia o governo foi totalmente irresponsável, o crédito estatal já representa metade do crédito no país, e isso é um perigo. Nenhuma reforma estrutural (previdenciária, trabalhista e tributária) foi feita. O partido condena as privatizações como se fosse um pecado tirar as tetas estatais dos sindicatos, políticos corruptos e apaniguados. Se hoje temos crescimento, isso se deve mais às reformas de FHC, ao contexto internacional e aos estímulos insustentáveis do governo, cuja conta vamos ter que pagar depois;

5- no âmbito internacional, Lula se aliou aos piores ditadores do mundo, fez um estrago na imagem do Itamaraty, abraçou assassinos e politizou o Mercosul, sem falar de seu discurso anti-americano mais que atrasado;

6- o PT aparelhou toda a máquina estatal, toda! Os sindicalistas tomaram conta de tudo, incluindo a Polícia Federal, o que é um risco enorme ao Estado de Direito. Tomaram conta das estatais, das agências reguladoras, do Itamaraty, dos fundos de pensão, das ONGs, e até do STF!

7- O presidente Lula é possivelmente a pessoa mais imoral que já vi na minha vida! Lula é mitomaníaco, mente compulsivamente, demonstra claros sinais de perversidade até. Seu populismo demagógico é absurdo e lembra os piores caudilhos que esse continente já teve (e ainda tem: Chávez na Venezuela, casal K na Argentina, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador). Lula ridiculariza as leis o tempo todo, misturando a função de presidente com a de garoto-propaganda de partido;

8- O MST apoia Dilma, e Dilma veste o boné do MST, literalmente. O MST é um movimento criminoso, financiado por nossos impostos, que invade propriedades privadas, que defende a revolução armada comunista em pleno século XXI;

9- Os piores "coronéis" do PMDB estão todos com Dilma! Sarney, Michel Temer, Ciro Gomes, Jader Barbalho, Fernando Collor, e muitos outros, todos aliados de Dilma. O fisiologismo chegou a patamares impensáveis no governo Lula, e tende a piorar com Dilma;

10- Censura da imprensa. Censura da imprensa. Uma vez mais: censura da imprensa. Ancinav, CNJ, PHDN-3, o PT já deu claras demonstrações de que pretende continuar sua tentativa de censurar a imprensa. A democracia corre perigo, de verdade. Como votar em alguém assim? Seria um atentado à nossa democracia, que ainda não está sólida o suficiente para resistir aos golpistas. Não seja cúmplice disso! Não vote em Dilma.

Deu em Reinaldo Azevedo

DEM reage a avanço de petistas contra imprensa livre. Ou: Uma ironia

Leiam o que informa Gabriela Guerreiro, na Folha Online. Volto em seguida:

DEM questionará na Justiça criação de conselho para monitorar a mídia no Ceará

O DEM vai questionar judicialmente a criação de um conselho para fiscalizar e monitorar as atividades dos meios de comunicação do Ceará, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado. A oposição promete ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a sua criação se o governador Cid Gomes (PSB) não vetá-la.

“Se isso não ocorrer, o Democratas, sem demora, questionará perante o Supremo Tribunal Federal essa — bem como qualquer outra — tentativa petista de controlar a imprensa. Imprensa que, como o próprio Supremo Tribunal Federal já proclamou, deve ser livre e exercida sem qualquer tipo de amarra estatal”, disse em nota o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).

Às vésperas das eleições presidenciais, o deputado acusa o PT de tentar criar “mecanismos” para controlar a imprensa, com propostas “arbitrárias” de se buscar o controle da imprensa. “Assim ele o faz por não aceitar as naturais críticas que são dirigidas àqueles que, de alguma forma, respondem pela condução dos negócios públicos”, afirma Maia.

Segundo o democrata, a “crítica democrática, inerente ao Estado de Direito, é umas das formas de se buscar o constante aprimoramento das instituições”.

Reportagem publicada nesta segunda-feira pela Folha mostra que, além do Ceará, ao menos mais três Estados - Bahia, Alagoas e Piauí - preparam-se para implantar conselhos de comunicação com o propósito de monitorar a mídia. A criação dos conselhos foi recomendação da Conferência Nacional de Comunicação, realizada no ano passado, por convocação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ceará foi o primeiro a tomar a iniciativa. Na terça-feira, a Assembléia Legislativa do Estado aprovou a criação do conselho, vinculado à Casa Civil, com a função de “orientar”, “fiscalizar”, “monitorar” e “produzir relatórios” sobre a atividade dos meios de comunicação, em suas diversas modalidades.

O governo de Alagoas estuda transformar um conselho consultivo –existente desde 2001 e pouco operante– em deliberativo, com poder de decisão semelhante ao aprovado pelo Ceará. A modificação foi proposta pelo conselho atual e será examinada pela Casa Civil e pela Procuradoria-Geral do Estado.

Comento
É claro que o DEM está certo em recorrer à Justiça para tentar barrar essa excrescência antidemocrática. Aliás, o partido é sempre o mais atento e o primeiro a reagir às agressões de natureza institucional.

Nesse particular, aliás, há algo de irônico, não? Se há legenda que padece com a má vontade da chamada “mídia”, esse partido é o DEM — trata-se do mais rombudo preconceito ideológico. Não custa lembrar que muitos jornalistas se referem a membros do partido como os “demos”, apelido que lhes pespegaram os petistas.

O DEM cumpre, sim, a sua função institucional. Mas tenho de apontar a ironia: o alvo permanente de muitos jornalistas é o primeiro a reagir quando o partido pelos quais a maioria deste nutre indisfarçável simpatia quer criar entraves ao livre exercício do jornalismo!

Curioso, não? Deve ser a Síndrome do Estocolmo adaptada à realidade da imprensa. Vejam que coisa: paparicado por jornalistas, o PT quer, não obstante, censurá-los; maltratado por esses mesmos jornalistas, o DEM quer, não obstante, a liberdade de imprensa.

Por Reinaldo Azevedo

domingo, 24 de outubro de 2010

Filme A Princesa Prometida - de Rob Reiner

A Princesa Prometida é o que se pode chamar de filme bacana. Presta uma verdadeira homenagem aos filmes de espadachim, da época em que Errol Flynn reinava nas telas. O filme possui uma infinidade de frases e diálogos legais, por isso separei dois. O primeiro é muito interessante por causa do incentivo à leitura que contém. O segundo eu separei porque há nele um exemplo claríssimo de um personagem que entende o Princípio da Conservação do Ninjutsu, já citado anteriormente aqui no blog. No original e com minha tradução.

The Grandson: A book?
Grandpa: That's right. When I was your age, television was called books. And this is a special book. It was the book my father used to read to me when I was sick, and I used to read it to your father. And today I'm gonna read it to you.
The Grandson: Has it got any sports in it?
Grandpa: Are you kidding? Fencing, fighting, torture, revenge, giants, monsters, chases, escapes, true love, miracles...
The Grandson: Doesn't sound too bad. I'll try to stay awake.
Grandpa: Oh, well, thank you very much, very nice of you. Your vote of confidence is overwhelming.

O Neto: Um livro?
Vovô: Isso mesmo. Quando eu tinha sua idade, televisão se chamava livros. E este é um livro especial. É o livro que meu pai costumava ler quando eu ficava doente, e eu costumava ler para o seu pai. E hoje eu vou ler para você.
O Neto: Tem algum esporte nele?
Vovô: Tá brincando? Esgrima, luta, tortura, vingança, gigantes, monstros, caçadas, fugas, amor verdadeiro, milagres...
O Neto: Não parece ruim. Eu vou tentar ficar acordado.
Vovô: Oh, está bem, muitíssimo obrigado, muito legal da sua parte. Seu voto de confiança é esmagador.


Fezzik: I just figured out why you would give me so much trouble. 
Man in Black: Why is that, do you think? 
Fezzik: Well, I haven't fought just one person for so long... I've been specializing in groups, fighting gangs for local charities... that kind of thing. 
Man in Black: Why should that make such a difference? 
Fezzik: You see, you use different moves when you're fighting half a dozen people than when you only have to worry about one.

Fezzik: Eu acabo de perceber porque você está me causando tanta dificuldade.
Homem de Preto: Por que seria, pode me contar?
Fezzik: Bem, eu não luto com apenas uma pessoa há muito tempo... eu tenho me especializado em grupos, lutando contra gangues para instituições de caridade... esse tipo de coisa.
Homem de Preto: Por que isso deveria fazer tanta diferença?
Fezzik: Veja bem, você usa movimentos diferentes quando luta contra meia dúzia de pessoas e quando tem que se preocupar com apenas um.

Sinais, filme de M Night Shyamalan

***
Atenção, esse artigo relata partes de um filme, podendo estragá-lo para quem ainda não assistiu. Se for esse o seu caso continue por sua própria conta e risco.
***

Hoje assisti a esse filme com minha esposa. Gosto muito das atuações do Mel Gibson, mas considero que esse é o filme onde M Night Shyamalan começou sua longa jornada de pisadas na bola. O filme é sobre uma invasão alienígena. Os aliens são retratados como criaturas inteligentes, com capacidade superior de resolução de problemas. Nós observamos essa superioridade assistindo aos aliens correndo durante a noite e batendo em portas e janelas. Quanto às habilidades físicas, os extraterrestres podem saltar pelo menos três metros de altura, mas são incapazes de derrubar uma simples porta. E de maneira impressionante, tentam invadir a Terra sem nenhuma arma de fogo, apenas o que parece ser um lançador de gás venenoso. Eles possuem a tecnologia que torna possível viagens intergaláctias, mas não trouxeram um mísero laser para a briga. O pior vem agora. Os sábios aliens tentaram invandir um planeta composto por 70% de água, provavelmente a substância mais abundante em nosso planeta, sendo essa exatamente a sua kryptonita. Congratulations, Shyamalan!


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Deu em Augusto Nunes

O Dia da Mentira já tem quase 70 mil horas



Alertado meses antes pelo governador goiano Marconi Perillo e, em seguida, pelo deputado Roberto Jefferson, o presidente Lula fingiu, em junho de 2005, que nunca ouvira falar em mensalão. Dias depois de escancarado o Pai de Todos os Escândalos, declarou-se “traído”. Ficou algum tempo em silêncio até recobrar a voz em Paris para recitar o que o criminalista Márcio Thomaz Bastos lhe ensinou: aquilo era dinheiro de caixa 2, coisa que sempre existiu no Brasil. Recentemente, decidiu que a roubalheira organizada pelo PT foi uma “tentativa de golpe” ─ contra ele.
Forçado a livrar-se de alguns ministros afundados nas sucessivas maracutaias federais, o presidente absolveu-os todos no palavrório de despedida. José Dirceu (“Meu querido Zé”) foi perseguido pela oposição e acusado de crimes imaginários. Antonio Palocci (“O maior ministro da Fazenda da história deste país”) enredou-se numa trama tecida pelo caseiro Francenildo Costa, um loiro de olhos azuis a serviço da elite golpista. Foi assim com todos. Até com Erenice Guerra: aboletada no último andor da procissão dos pecadores companheiros, a melhor amiga de Dilma Rousseff não ouviu sequer uma queixa balbuciada pelo Beato Lula.
Aos olhos do chefe, a fábrica de dossiês administrada por Aloízio Mercadante virou um recanto de garotos levados ─ os “aloprados”, como se ninguém enxergasse por trás dessa loucura de araque a lógica criminosa do PT. A usina de papeis bandidos instalada na Casa Civil pela dupla Dilma & Erenice virou “banco de dados”. Enquanto o país se estarrecia com a descoberta de que o Senado era a fachada da Casa do Espanto, condecorou José Sarney com a medalha de Homem Incomum, fechou contrato com Renan Calheiros e Romero Jucá, tornou-se amigo de infância de Fernando Collor e exigiu que fossem apresentadas as provas que só ele não conseguiu enxergar.
Desde o dia da posse, todas as incontáveis patifarias promovidas por delinquentes de estimação contaram com a bênção, o endosso e a cumplicidade de Lula. No último ano do segundo mandato, convencido de que a maior obra de um presidente é eleger o sucessor, o juiz que só absolve passou a acumular as funções de réu debochado. Com a desenvoltura dos que se acham condenados à impunidade, atropela a Constituição e a lei comum, zomba do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. Há quatro meses, abandonou o emprego para fartar-se em almoços e comícios. E entregou o comando efetivo do Planalto às mãos suspeitíssimas de Erenice Guerra e, agora, de Miriam Belchior.
Ele tratou como factoides, miudezas ou piadas o estupro do sigilo fiscal de dirigentes do PSDB, o dossiê contra José Serra encomendado pelo PT, as bandalheiras de Erenice Guerra, a dissolução dos Correios, o desmoronamento da Casa Civil ─ e assumiu sem disfarces o papel de fora-da-lei quando confrontado com o ataque das milícias aos inimigos em campanha. Nesta quinta-feira, o serial killer dos fatos tentou enfiar na cabeça dos brasileiros outra versão cafajeste.
“A mentira que foi produzida pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa”, fantasiou. Não está qualificado para tratar do assunto quem começou o governo com um assassinato da verdade e pretende entregá-lo a uma fraude monumental. Em janeiro Lula batizou de “herança maldita” o país recolocado nos eixos por Fernando Henrique Cardoso. Passados oito anos, quer repassar um Brasil em adiantada decomposição moral a uma figura que mente como quem respira.
Para Lula, o dia do ataque das milícias do PT justificaria a criação de um Dia da Mentira. No calendário do Brasil decente, os dias da mentira começaram em 1° de janeiro de 2003. Até esta sexta-feira, já são 2.852. Quase 70.000 horas.

Irritação

É um fato conhecido pelas pessoas próximas a mim: sou um sujeito irritadiço. Sei que essa não é uma boa característica, nem um traço a ser cultivado, mas as coisas são dessa maneira. Ontem eu me irritei muito com as mentiras contadas pelo PT e com a ingenuidade de alguns amigos e colegas. As mentiras que o PT conta tem as pernas mais curtas da história da humanidade. Eles contam de manhã e elas são desmentidas à noite, pelo William Bonner, em rede nacional de TV. Aliás, eles mentiram poucos minutos antes do segundo tempo do Jornal Nacional. Por que o PT faz isso? Ora, porque percebeu que vale a pena. Vale a pena sempre colocar no ar a sua versão mentirosa dos fatos. Porque sempre vai haver outros vigaristas para repercutir essa versão e um sem número de idiotas úteis que irão acreditar. Junto com a versão mentirosa o PT ofende o outro lado, que diz a verdade. Acusam golpe. A mídia conta a verdade? É golpe. Quem ainda tem paciência com isso? Chega! Chega disso, PT! É por isso que minha torcida aumenta a cada dia. Tem que acabar. No dia 31 saberemos se os brasileiros escolhem a mentira ou a verdade. E outro traço do meu caráter é que torço sempre pela verdade. Esse eu gosto de cultivar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Deu em Augusto Nunes

O mandante do crime acusa a vítima

“Nenhum candidato em primeiro, segundo ou terceiro lugar nas pesquisas tem direito de mentir da forma descarada com que o PSDB mentiu ontem”, voltou a mentir Lula nesta quinta-feira no Rio Grande do Sul. Baseado num vídeo do SBT que mostra um dos momentos da agressão sofrida no Rio por José Serra, o presidente que abandonou o emprego para virar animador de comício decidiu que nem existiu a ofensiva brutal das milícias do PT.
Além do que parece uma bola de papel, resolveu o Beato Lula, nada mais foi atirado contra Serra e seus aliados, ninguém tentou acuar o adversário. O cínico vocacional fez de conta que não viu as cenas de boçalidade explícita documentadas por fotos e vídeos, nem ouviu falar do corte na cabeça da repórter Mariana Gross, da TV Globo, atingida por uma pedrada. Ele é capaz de dizer, sem ficar ruborizado, que o ferimento foi causado por Fernando Henrique Cardoso. Faz parte da herança maldita.
O paraíso dos delinquentes federais impunes gerou um chefe de governo que, reduzido a chefe de facção, trata a lei, a verdade e a decência a pontapés. Ao fim de oito anos, a Era Lula fez do coração do poder um viveiro de vigaristas. A discurseira em Porto Alegre reafirma que, para o presidente da República, o elogio do ódio e da violência é só um instrumento eleitoral. O espetáculo do cinismo não pode parar.

Deu em Reinaldo Azevedo

A DELINQÜÊNCIA NO JORNALISMO E O CHEFE DE FACÇÃO. OU: “A FARSA DA BOLA DE PAPEL INVENTADA POR DUAS TVs E POR LULA”


Imagens levadas ao ar pelo SBT e pela Rede Record sugerem que foi só uma bola de papel que bateu na cabeça do tucano José Serra. Em primeiro lugar, o deslocamento do objeto exibido nessas imagens sugere algo mais pesado do que papel amassado. Mas isso não é o essencial: o evento exibido nas duas TVs aconteceu pelo menos 20 minutos antes daquele em que algo mais contundente atingiu a cabeça do candidato tucano e que o tirou de circulação, levando-o ao médico.
Atenção! Não foi um, não foram dois, não foram três… Foram vários os objetos que os fascistas lançaram contra o candidato da oposição. Como a delinqüência anda à solta nas TVs, sites, jornais, revistas, as versões vão prosperando. Agora deram para usar imagens que ajudam a fraudar os fatos.
Na Folha Online, leio que Lula chamou o episódio de “mentira descarada”, comparando Serra ao goleiro Rojas, que alegou, em episódio conhecido, ter sido atingido por um foguete de artifício em jogo no Maracanã. É a delinqüência política se juntando à jornalística.
Não que Lula ignore o que aconteceu. Leiam:
“Primeiro bateu uma bola de papel na cabeça do candidato, ele nem deu toque para a bola, olhou para o chão e continuou andando. Vinte minutos depois esse cidadão recebe um telefonema, deve ser o diretor de produção dele que orientou que ele tinha que criar um factóide, deve ter lembrado do jogo do Chile com o Brasil”.
De fato, foi mais ou menos 20 minutos depois. Lula só se esqueceu de acrescentar que houve uma nova agressão.
O presidente afirmou que tinha pensado em telefonar para Serra para se solidarizar, mas disse que desistiu diante da imagem. O que essa fala quer dizer? Que Lula considera que impedir o candidato da oposição de circular é aceitável? Que jogar bola de papel é aceitável? Que se comportar como horda é aceitável? Só não se deve machucar a vítima…
Lula é o chefe da Sturmabteilung (SA) petista, que segue o modelo dos grupos de assalto do nazismo. Ele sempre se supera. Um presidente da República que, na prática, endossa o que seus partidários fizeram ontem e ainda acusa a vítima atinge, sem dúvida, o patmar moral mais baixo de sua trajetória.
Para encerrar
É indecoroso questionar se Serra exagerou ou não na reação. Quem a tanto se dedica está, na verdade, tentando criar um padrão decoroso para a reação da vítima. Os fascistas, por fascistas, não precisam ter código nenhum. Seus alvos é que devem saber se comportar. Em breve, será preciso escrever o “Livro de Etiqueta das Vítimas do PT”. Como diria Gregório de Matos, “dou ao demo a gente asnal!”
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

Assisti ao filme Tropa de Elite 2 ontem. Num rápido relance nos patrocinadores do filme que costumam aparecer no início dos longas brasileiros, a ausência ilustre das nossas estatais. Acho que os suaves ataques feitos às ONGs esquerdistas no filme anterior fez com que o governo desse ordem para cortar verba da continuação. Que injustiça do Lula. O filme é muito bom, mas acaba salvando a pele dos intelectuais de esquerda do meio para o final. No mais, produção excelente, boa história, bons atores. Altamente recomendado.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A kriptonita chegou perto do SuperLula

Mais de Augusto Nunes, pois o cabra tá virado no seiscentos:


Em fevereiro, a coluna propôs a realização de um debate entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Como o presidente vive dizendo que fundou o Brasil em 2003, como vivia sonhando com uma campanha eleitoral entre “nós e eles”, nada melhor que um duelo do gênero para que massacrasse o Grande Satã do PT.
Fernando Henrique topou imediatamente. Franklin Martins respondeu por Lula: o chefe de governo só debateria depois que encerrado o mandato. Como o chefe de governo abandonou o emprego há meses, a coluna reiterou o convite há 10 dias. FHC declarou-se pronto. Lula respondeu com o silêncio. Guardou a voz para despejar bravatas sobre plateias amestradas.
Nesta quinta-feira, FHC oficializou publicamente o desafio. “Quero ver o presidente Lula, que votou contra o Real, dizer que estabilizou o Brasil”. Elegantemente, propôs que o cara a cara seja promovido depois da eleição. Se o desafiado realmente acredita que a exposição do antecessor na TV prejudica a candidatura de José Serra, deve sugerir a antecipação do debate para a próxima semana, antes da consumação do naufrágio da sucessora que inventou.
Caso continue a esconder-se em comícios, para fartar-se com aplausos tão espontâneos quanto o sorriso de Dilma Rousseff, nem os devotos da seita companheira vão duvidar de que FHC é a kriptonita do SuperLula.

A mensagem de Dilma é a carta do náufrago

Deu em Augusto Nunes:
Atormentados pela sensação de que estão prestes a perder a eleição, o poder, o emprego e a boa vida, os coordenadores da campanha de Dilma Rousseff perderam quaisquer vestígios de escrúpulos e fizeram a candidata perder de vez a vergonha. Divulgada nesta sexta-feira, a Mensagem da Dilma pede ajuda a um Deus a quem acabou de ser apresentada, renega um Programa Nacional de Direitos Humanos que reproduz fielmente o que sempre defendeu e promete que, se chegar à Presidência, fará o contrário do que pregava até a semana passada.
Confrontado com a prova do crime de estelionato, qualquer dirigente da oposição poderia retrucar com a frase seguinte:  “Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos e manipulam a fé e a religião”.  Pois é exatamente isso o que aparece no último parágrafo. Entre as obscenidades institucionalizadas pelo governo Lula figura a que transforma o culpado em inocente e lhe concede o direito de acusar as vítimas.
“Espero contar com vocês para deter a sórdida campanha contra mim orquestradas”, choraminga a signatária. “Sórdida campanha” é a coleção de vídeos que mostram Dilma como ela é. Ninguém orquestrou coisa nenhuma: a internet apenas tornou mais conhecidos alguns trechos da partitura da Ópera da Mentira.
A Mensagem da Dilma é a carta do náufrago enfiada na garrafa que flutua sobre ondas crescentemente perturbadoras. Não vai chegar à praia.
(Clique na imagem para ampliá-la)