sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Papa Doc

Francois Duvalier foi presidente vitalício do Haiti até 1971. Era conhecido como Papa Doc, e afirmava ser o espírito vodu da morte, Barão Samedi, o mesmo personagem visto no filme de 007, Viva e deixe morrer.
Esse cara.

Papa Doc chegou ao cúmulo de modificar o Pai Nosso, transformando-o numa versão quase satânica em louvor a si mesmo. "Doc nosso que está no Palácio Nacional por toda a vida..." e por aí vai. Em 1959, Papa Doc entrou em coma por 9 horas, devido a um ataque cardíaco que o deixou com graves danos cerebrais. O ditador haitiano saiu do coma e ordenou que o seu substituto enquanto estava internado, Clement Barbot, fosse preso. Barbot fugiu, e os homens de Papa Doc, com medo de contar a verdade, disseram que ele havia se transformado num grande cão negro. Isso fez com que Duvalier mandasse eliminar todos os cachorros pretos do país. Mais tarde, conseguiram capturar Barbot e ele foi executado. Papa Doc guardou sua cabeça, para praticar rituais de vodu. Em 1961, o presidente convocou eleições, embora seu mandato só terminasse em 1963. Todos ficaram surpresos com essa atitude, até que o resultado da eleição saiu. Papa Doc venceu as eleições com 100% dos votos. Ele morreu de causas naturais em 1971, mas antes disse ao mundo que era o real responsável pelo assassinato de JFK, através de uma maldição vodu. Ele até mandou que alguém fosse ao túmulo de JFK coletar o ar em volta, para que pudesse fazer uma magia e controlar sua alma.


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Leitura de Lula


Lula: estudando o mensalão

Assim que deixar a presidência, Lula disse que vai “estudar” o escândalo do mensalão para desmontar o que considera, veja só, como farsa.
Se começar pelo processo no Supremo, terá bastante trabalho. A ação tem até o momento 190 volumes e 463 apensos – mais de 70 000 páginas, portanto. Lula é conhecido por gostar de muita coisa, menos de ler. Ou seja, esse “estudo” não passará pelo processo.

Por Lauro Jardim, no Radar on-line

domingo, 26 de dezembro de 2010

Inteligência nacional

Nós brasileiros somos uns gênios. Recentemente resolvemos padronizar as tomadas do país, para acabar com aquela bagunça de aparelhos com tomadas de tipos diferentes, que não podiam entrar na tomada da parede. O problema é que uma tomada universal, que aceitava praticamente todos os tipos de aparelhos já existia. Era essa aí da imagem:
Qual era o problema com essa tomada? Até onde eu sei, nenhum. Ela aceitava as tomadas de computadores, tripolares, e aceitava os dois tipos de tomadas mais comuns. Era a tomada padrão. Mas os políticos resolveram que queriam facilitar a nossa vida, e por isso decidiram criar um tipo de tomada completamente diferente, que só aceitava um padrão de tomada bipolar que já existia e a tripolar teria que ser algo totalmente novo. Obrigado, Brasil! George Orwell dizia em seus romances que uma das finalidades das guerras era a destruição de bens de consumo para que fossem comprados novos. Aqui no Brasil não temos guerra, mas temos os políticos para criar esse padrão de tomada aí:
Que simplesmente não permite o encaixe de nenhum computador do padrão anterior, e inúmeros carregadores de celular que utilizavam aquela tomada fina, por exemplo. A solução é fazer adaptadores caseiros com tês, comprar adaptadores mais mal feitos que o que a gente faz em casa, ou trocar a tomada de sua casa se comprar um computador novo. Padronização aqui no Brasil é assim. Em vez de aproveitar algo que já existe e é compatível, criamos um novo padrão e obrigamos todo mundo a trocar tudo. É a inteligência nacional. Os mesmos políticos também inventam leis onde um taxista pode transportar seu filho sem um equipamento especial, mas você, que é o pai, não pode.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Os Princípios da Discordância Baseada nas Ideias *

Os relacionamentos são a chave para o sucesso num mundo governado por humanos sociais que vivem para interagir uns com os outros e que fazem quase tudo em grupo, equipes, famílias, tribos, companhias, e outras estruturas sociais. Os relacionamentos são baseados em confiança que é construída através da comunicação efetiva. A comunicação efetiva se baseia em ideias, não em pessoas.


1. Não é possível saber o que o outro está pensando ou sentindo. Nós observamos seu rosto e ouvimos sua voz. Nós observamos a sua linguagem corporal e lemos o texto que ele escreve. Dessas observações, especulamos sobre o que ele pensa e sente, mas essas deduções estão nas nossas mentes, e não na dele.

2. Não é possível saber as motivações do outro. Nunca saberemos porque alguém faz algo. As pessoas provavelmente não sabem elas mesmas explicar porque fazem algumas coisas.

3. Nossas observações não são evidências. Nós podemos sentir fortemente que tiramos uma conclusão final e absolutamente correta sobre uma outra pessoa, através daquilo que observamos, mas estamos errados. Podemos ver padrões no seu comportamento, mas esses padrões que vemos são apenas o retrato do momento que testemunhamos. Nós podemos não estar vendo a plenitude do seu comportamento. Ela pode agir diferentemente conosco e com outras pessoas, dependendo do contexto. Nós ainda assim não saberemos o que ela está pensando, o que está sentindo, nem quais são suas motivações.

4. Compartilhar nossas observações sobre o comportamento do outro é feedback. Quando nós contamos a outra pessoa que observamos que ela está empenhada num certo comportamento, e então compartilhamos com ela as conclusões que nós tiramos sobre esse comportamento, nós estamos dando feedback à outra pessoa. Isso não quer dizer que nossas conclusões são válidas, simplesmente significa que agora a outra pessoa está informada de que quando ela faz X, nós interpretamos isso como Y.

5. Compartilhar nossas especulações é ser puramente crítico. Quando nós contamos ao outro nossas especulações sobre ele, especialmente quando impomos nossas conclusões como fatos concretos, nós estamos fazendo críticas destrutivas. A outra pessoa irá, com 99% de certeza, perder os seus sentimentos de boa vontade para conosco por tê-la responsabilizado por nossas próprias especulações, e não irá aceitar a crítica nem mudar de comportamento.

6. Críticas destroem relacionamentos e a comunicação. Quando sua mãe dizia, "Se você não tem algo de bom a dizer a outra pessoa, não diga nada", ela sabia do que estava falando. Quando criticamos os outros, perdemos credibilidade. Quando comentamos sobre ideias, ganhamos credibilidade. Nunca diga algo negativo sobre alguém. Nunca.

Não importa o que possamos acreditar sobre o porque dos nossos artigos e tópicos em fóruns de discussão na Internet ser deletados logo após postarmos, seguir os princípios acima pode transformar o ato destrutivo de irritar pessoas na Internet por diversão numa atividade construtiva que nos dará experiência prática para toda e qualquer interação que tivermos com outras pessoas no futuro.


* Retirado do site 24 Fighting Chickens, artigo "All Disagreement Shall Be Deleted", escrito por Rob Redmond em 12 de outubro de 2007. Traduzido e publicado aqui com o consentimento do autor.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Porque celebrar o Natal

Só existe um motivo para celebrar o Natal, mas esse motivo é tão amplamente ignorado que as festas natalinas devem ser consideradas uma superstição em sentido estrito, a repetição ritualizada de uma conduta habitual que já não tem significado nenhum e na qual, portanto, cada um está livre para projetar as fantasias bobas que bem entenda.

Jesus Cristo, encarnação do Verbo Divino, ou inteligência de Deus, veio ao mundo para oferecer-se como vítima sacrificial única e definitiva, encerrando um ciclo histórico que durava desde as origens da humanidade e que era regido essencialmente pela Lei do Sacrifício (v. Ananda Coomaraswamy, A Lei do Sacrifício, e René Girard, O Bode Expiatório).

A Lei do Sacrifício é inerente à estrutura da existência cósmica. Só Deus tem a plenitude do ser, e o que quer que exista sem ser Deus tem uma existência precária, fundada num débito ontológico insanável, que na escala da alma humana se manifesta como culpa.

A Lei do Sacrifício não pode ser suspensa e jamais o foi.

O que Nosso Senhor Jesus Cristo fez foi cumpri-la toda de uma vez, instituindo em lugar do Sacrifício a Eucaristia, que é a recordação do ato sacrificial definitivo. A recordação passa então a ter o valor de uma repetição sem necessidade de novas vítimas.

Antes as vítimas se somavam: 1 + 1 + 1 + 1...

Agora a vítima única se multiplica por si mesma no ato da Eucaristia: 1 x 1 x 1 x 1...

Façam as contas e compreenderão por que o Natal deve ser celebrado.

O problema é que o fim de um ciclo histórico não traz necessariamente, para as gerações seguintes, a consciência da mutação ocorrida.

Essa consciência deve ser reconquistada e retransmitida de geração em geração, e na sociedade moderna essa transmissão cessou já faz algum tempo. Pouquíssimas pessoas têm uma consciência clara do que ganharam com o Natal. A maioria, mesmo quando recebe presentes, não sabe que eles apenas simbolizam um ganho muito maior que já foi obtido 2003 anos atrás.

Esse ganho pode ser explicado em poucas palavras:

Todo homem, pelo simples fato de existir, é atormentado pela culpa e vive num constante discurso interior de acusação e defesa, que produz medo, ódio, inveja, ciúme, busca obsessiva de aprovação. Esses sentimentos tornam o homem vulnerável às palavras más, às acusações e insinuações que lhe chegam de seus semelhantes, da cultura ambiente ou de seu próprio interior. O conjunto dessas acusações e insinuações é o espírito demoníaco, que em razão da culpa mesma tem poder incalculável sobre o ser humano. Em busca de proteção contra esse poder, o homem se submete aos maus e aos intrigantes, isto é, aos representantes do próprio espírito demoníaco, acreditando que aqueles que podem feri-lo devem também poder ajudá-lo. Com isso ele se torna a vítima sacrificial, o bode expiatório num grotesco ritual simulado.

Cristo adverte-nos que esse sacrifício é inútil, desnecessário e pecaminoso. Não existe no mundo um poder ou autoridade habilitado a exigir vítimas. Deus Pai só exigiu uma, e Ele mesmo a forneceu. Quem quer que, depois disso, se sinta culpado, não deve se oferecer como vítima sacrificial perante altar nenhum. Deve apenas recordar-se do sacrifício de Cristo e alegrar-se. Isso é tudo.

Muitas pessoas até sabem que as coisas são assim, mas entendem isso somente do ponto de vista religioso formal, sem tirar desse conhecimento as conseqüências práticas de ordem psicológica, que são portentosas:

Aquele que se ofereceu para ser sacrificado em nosso lugar não é um cobrador de dívidas nem um acusador, mas um salvador. Ele nada pede, apenas oferece. E em troca aceita uma palavrinha, um sorriso, uma intenção inexpressa, qualquer coisa, pois não é irritadiço nem orgulhoso: é manso e humilde.

Se, sabendo disso, você ainda é vulnerável aos olhares acusadores e às palavras venenosas, se ainda sente ante os intrigantes e os maldosos um pouco de temor reverencial e tenta aplacá-los com mostras de submissão para que eles não o exponham à vergonha ou não o castiguem de algum outro modo, é porque ainda não compreendeu o sentido do Natal.

Esse sentido é simples e direto: os maus e intrigantes não têm mais nenhuma autoridade sobre você. Não baixe a cabeça perante eles, não consinta que suas fraquezas sejam exploradas pela malícia do mundo.

Jesus Cristo já pagou a sua dívida.

É por isso que comemoramos o Natal.


Olavo de Carvalho
25 de dezembro de 2003

sábado, 18 de dezembro de 2010

Minidocumentário do jornalista Dimas Oliveira

Porque o Japão realmente perdeu a guerra *

Introdução

Não é segredo que o Japão era, digamos, "economicamente defasado" em sua capacidade de fazer guerra contra os Aliados. Entretanto, a completa e estonteante magnitude dessa disparidade econômica não deixa de me impressionar. Assim, apenas para dar a vocês uma ideia da grandeza dessa disparidade, eu decidi compilar algumas estatísticas. A maioria delas foi tirada dos livros "The Rise and Fall of the Great Powers", de Paul Kennedy (que, entre outras coisas, contém uma excelente análise das forças econômicas em ação na II Guerra Mundial, e é um grande livro) e "World War II: A Statistical Survey", de John Ellis. Nesta comparação, focaremos primariamente nos dois grandes antagonistas da Guerra do Pacífico: Japão e Estados Unidos. Dizem que Economia é a 'ciência deprimente'; vocês verão o porquê...

Visão geral

Na época em que a II Guerra Mundial iniciou (oficialmente em 1939, na Polônia, informalmente em 1937, na China), a América estava nos braços da Grande Depressão por uma década, mais ou menos. Um dos efeitos da Depressão foi introduzir um monte de "sobra" na economia dos EUA. Muitos dos trabalhadores americanos estavam ou desempregados (10 milhões em 1939) ou subempregados, e a indústria de base como um todo tinha muito mais capacidade do que era necessária na época. Em termos econômicos, a taxa de utilização de capacidade era muito baixa. Para uma cultura estrangeira, particularmente uma cultura militarista como a japonesa, a América certamente aparentava ser 'mole' e despreparada para uma grande guerra. E mais, o sucesso do Japão em lutar contra oponentes muito maiores (Rússia nos anos 1900 e China nos anos 30) e o fato da economia japonesa estar praticamente superaquecendo (em maior parte como resultado de níveis insalubres de gastos militares - 28% do PIB nacional em 1937) provavelmente encheu os japoneses de um senso errôneo de superioridade militar e econômica sobre seu grande inimigo do outro lado do oceano. Entretanto, um observador isento notaria também alguns fatores importantes. A América, mesmo no meio de um caos econômico aparentemente interminável, ainda tinha:

- Quase o dobro da população japonesa;
- PIB dezessete vezes maior que o japonês;
- Produção de aço cinco cezes maior;
- Produção de carvão sete vezes maior;
- Produção de automóveis 80 (oitenta!) vezes maior.

Além do mais, a América tinha algumas vantagens escondidas que não apareciam diretamente nos números da produção industrial. Por exemplo, as fábricas americanas eram, na média, mais modernas e automatizadas que as da Europa e do Japão. Adicionalmente, as práticas administrativas da América naquela época eram as melhores do mundo. Combinados esses fatores, a produção per capita dos trabalhadores americanos era a maior do mundo. Mais ainda, os Estados Unidos estavam mais do que dispostos a utilizar mulheres nos esforços de guerra: uma vantagem tremenda para os americanos, e um conceito que as forças do Eixo parecem só ter captado no final do conflito. O efeito cascata de todos esses fatores significava que mesmo nas profundezadas da Grande Depressão, o potencial bélico dos Estados Unidos era pelo menos sete vezes maior que o do Japão, e, tivesse a "sobra" sido eliminada em 1939, isso aumentaria para perto de nove a dez vezes mais! Na verdade, de acordo com Paul Kennedy, uma síntese do poder bélico total em 1937 seria algo parecido com o seguinte:






País% de Poder Bélico
Estados Unidos41.7%
Alemanha14.4%
URSS14.0%
Grã-Bretanha10.2%
França4.2%
Japão3.5%
Itália2.5%
As sete potências (total)(90.5%)



Quando os japoneses atacaram Pearl Harbor em dezembro de 1941, o gigante adormecido foi acordado e começou a procurar encrenca. E mesmo que a maioria do potencial bélico da América tenha sido utilizada contra a Alemanha (que era, de longe, o mais perigoso dos membros do Eixo, de novo por razões econômicas), ainda havia bastante sobrando para ser usado contra o Japão. Lá pelo meio de 1942, mesmo antes da força dos Estados Unidos estar sendo sentida globalmente, as fábricas americanas estavam começando a fazer um efeito material no progresso da guerra. Os Estados Unidos manufaturaram o que parecia ser uma quantidade infinita de equipamentos e provisões que foram canalizados não apenas para suas próprias tropas, mas também para as da Grã-Bretanha e da União Soviética. Em 1944, a maioria das outras potências, ainda que produzindo furiosamente, estavam começando a maximizar seu potencial econômico (seus níveis de produção estavam estagnando). Isso era resultado da destruição da indústria de base e esgotamento de recursos (no caso da Alemanha e Japão), ou pela completa exaustão da força de trabalho (no caso da Grã-Bretanha e em alguma medida, da União Soviética). Em contraste, os Estados Unidos não sofreram de nenhum desses problemas, e como consequência, sua economia cresceu a uma taxa anual de 15% durante os anos de guerra. Por mais espantoso que soe, ao final da guerra, os Estados Unidos estavam apenas começando a 'esquentar'. E talvez não seja uma surpresa que em 1945 a economia americana era responsável por 50% do PIB global!

Produção bélica

Quais, então, eram os números concretos, em termos de produção bélica, dessas duas indústrias concorrentes? Vamos apresentar algumas estatísticas na tabela que se segue, começando por embarcações navais, porque eram um indexador de força muito importante na guerra do Pacífico.




Produção de navios de guerra
Estados Unidos
CV/CVL/CVE
BB
CA/CL
DD
Escoltas
Subs
1941
-
2
1
2
-
2
1942
18
4
8
82
-
34
1943
65
2
11
128
298
55
1944
45
2
14
74
194
81
1945
13
-
14
63
6
31
Total
141
10
48
349
498
203

Japão
CV/CVL/CVE
BB
CA/CL
DD
Escoltas
Subs
1941
6
1
-
-
?
-
1942
4
1
4
10
?
61
1943
2
-
3
12
?
37
1944
5
-
2
24
?
39
1945
-
-
-
17
?
30
Total
17
2
9
63
?
167

[Legenda: CV/CVL/CVE = Porta-aviões de todos os tipos; BB = Encouraçados; CA/CL= Cruzadores pesados, Cruzadores médios; DD =Destroiérs; Escoltas = Destroiérs escoltas, fragatas, escunas e corvetas]


Alguns comentários. Primeiro, a maioria dos porta-aviões listados nos totais americanos eram porta-aviões 'Jeep', carregando duas dúzias de aviões e mais apropriados para tarefas de escolta, em vez de combate no fronte (o que não tira a sua efetividade como plataformas anti-submarino e de apoio no solo). Mas também deve ser notado que os porta-aviões americanos, na média, tinham capacidades maiores que os seus semelhantes japoneses (entre 80 e 90 aviões contra algo entre 60 e 70). O resultado disso é que, em 1944, quando a Força Tarefa 38 ou 58 (dependendo se era Halsey ou Spruance no comando dos porta-aviões americanos no momento) vinha brincar, ela podia trazer perto de mil aviões de combate. Esse tipo de poder foi crucial para vencer a guerra - os Estados Unidos podiam, literalmente, trazer mais aviões do que qualquer ilha com base aérea poderia colocar para sua própria defesa, como a neutralização das ilhas Truk e Marshall provam.

Os outros números importantes aqui são os números totais de destroiers e escoltas. O Japão, um império ilha, que dependia totalmente de manter rotas marítimas abertas para assegurar a importação de matéria prima, só conseguiu construir 63 destroiers, e um número não especificado (e pela minha contagem extraoficial, relativamente pequeno) de escoltas. No mesmo período de tempo, os EUA colocaram na água algo em torno de 847 embarcações antisubmarino! E esse total nem sequer cobre as coisas pequenas como os iates armados e caça-submarinos que eles usaram na costa ocidental contra os U-Boats alemães. No geral, no fim da guerra, a força naval americana era algo sem precedentes. Na verdade, em 1945, a Marinha americana era maior que todas as outras marinhas do mundo, juntas!

A Guerra do Pacífico também era em grande medida uma guerra de navios mercantes, já que praticamente tudo o que era necessária para defender ou atacar as várias bases nas ilhas do Império Japonês tinha que ser transportado sobre vastas extensões oceânicas. O Japão também tinha que manter suas rotas marítimas vitais a lugares como Bornéu e Java, para suprir sua base industrial. Uma olhada nos números relativos da construção de navios dos dois antagonistas é esclarecedor.






Produção de navios mercantes (em toneladas)
AnoEstados UnidosJapão
1939376.419320.466
1940528.697293.612
19411.031.974210.373
19425.479.766260.059
194311.448.360769.085
19449.288.1561.699.203
19455.839.858599.563
Total33.993.2304.152.361


Toda vez que eu olho para esses números, fico completamente impressionado. Os Estados Unidos construíram mais navios mercantes nos primeiros quatro meses e meio de 1943 que o Japão colocou na água em sete anos. A outra coisa realmente interessante é que não houve aumento realmente notável na construção de navios japoneses até 1943, um período em que já era muito tarde para estancar o sangramento. Assim como o seu programa de construção de escoltas, os japoneses estavam operando sob uma estratégia nacional tragicamente falha que ditava que a guerra com os Estados Unidos seria curta. Lembrando, os Estados Unidos tinham que devotar uma boa parte dos navios mercantes que ele construía para substituir aqueles perdidos para os U-Boats alemães. Mas não seria uma piada dizer que eles estavam literalmente construindo navios mais rápido do que alguém podia afundá-los, e ainda havia o bastante para transportar montanhas de suprimentos para os lugares mais ermos e desolados do Pacífico. O culto dos polinésios aos cargueiros não começou por acaso, e foi graças aos milhares de navios mercantes americanos já que a maioria daquele povo não tinha visto sequer um abridor de latas na vida antes.

Por fim, nenhum exame da Guerra do Pacífico estaria completo sem dar uma olhada no poder aéreo. Apesar de toda a conversa sobre a Guerra do Pacífico ser uma "Guerra dos Porta-aviões", um porta-aviões não é nada mais que um veículo para transportar aeronaves a uma área de operações. Por mais que aviões não fossem o bastante para tomar e manter ilhas sozinhos, a supremacia aérea era vital para assegurar que tais bastiões pudessem ser enfraquecidos e capturados. Abaixo há uma tabela descrevendo a produção de aviões dos dois antagonistas.






Produção de aeronaves
AnoEstados UnidosJapão
19395.8564.467
194012.8044.768
194126.2775.088
194247.8368.861
194385.89816.693
194496.31828.180
194549.7618.263
Total324.75076.320


Mais uma vez, uma diferença bem discrepante. Não apenas isso, mas como Paul Kennedy afirma, os Aliados não estavam apenas construindo mais aviões, mas muitos deles eram de design mais avançado também, como os novos caças F4U Corsair e F6F Hellcat. O Japão, por outro lado, se baseaou completamente nos caças Zero por toda a guerra. O Zero era um design brilhante em muitos aspectos, mas lá por 1943 já estava claramente ultrapassado pelos novos modelos americanos. Esse padrão se repetiu por cada categoria de aeronave nos dois arsenais opostos. E mais, uma grande parte do total da produção americana (97.810 unidades) era composto de aviões bombardeiros multimotor (ou dois ou quatro motores), enquanto apenas 15.117 unidades dos aviões japoneses eram bombardeiros (universalmente bimotores). Assim, se alguém fosse olhar a produção total de aviões em termo de número de motores, peso total do avião ou peso total do armamento carregado, as diferenças na produção ficariam ainda mais acentuadas.

Implicações estratégicas

Então, a América estava em vantagem, e daí? Vamos pegar, por exemplo, a importância da Batalha de Midway. Midway era citada como o 'Ponto da Virada no Pacífico', a 'Batalha que Arruinou o Japão' e mais um monte de epítetos da mesma espécie. E não há questionamento que ela realmente quebrou a capacidade ofensiva da marinha japonesa. A questão é: que diferença a economia americana teria feito se os Estados Unidos tivessem sido acachapantemente derrotados na Batalha de Midway? Vamos pegar o pior cenário (que, incidentalmente, era completamente implausível, dada a vantagem americana de surpresa estratégica) no qual uma completo revés ocorreria e os Estados Unidos perderiam o Enterprise, Yorktown e Hornet, e o Japão não perderia nenhum dos seus quatro porta-aviões que estavam presentes.







Midway: antes e depoisPorta-aviões americanos
(# de aviões)
Total de navios / Total de aviõesPorta-aviões japoneses
(# de aviões)
Total de navios / Total de aviões
Pré-Midway
(Histórico)
Saratoga (88), Wasp (no Atlântico) (76), Enterprise (85), Yorktown (85), Hornet (85)5 CV

419 
Kaga (90), Akagi (91), Soryu (71), Hiryu (73), Zuikaku (84), Shokaku (84), Ryujo (38), Zuiho (30)6 CV
2 CVL

561 
Pós-Midway
(Histórico)
Saratoga (88), Wasp (no Atlântico) (76), Enterprise (85), Hornet (85)4 CV

334 
Zuikaku (84), Shokaku (84), Ryujo (38), Zuiho (30)2 CV
2 CVL

246 
Pós-Midway
(Hipotético)
Saratoga (88), Wasp (76)2 CV

164 
Kaga (90), Akagi (91), Soryu (71), Hiryu (73), Zuikaku (84), Shokaku (84), Ryujo (38), Zuiho (30)6 CV
2 CVL

561 


 Depois de tal batalha hipotética, o equilíbrio das forças disponíveis no Pacífico seria de 2 porta-aviões americanos contra 8 japoneses, 164 aviões contra 561. A questão é, perder Midway realmente teria importado? Quanto tempo levaria para que as docas americanas recuperassem a diferença e tirassem os Estados Unidos do buraco? Um porta-aviões podia ser posto em combate após três meses de construído. O fato é que em apenas um ano os Estados Unidos já superariam de novo os japoneses em número de porta-aviões e aeronaves no pacífico, dada a produção dos dois países. Em outras palavras, mesmo perdendo catastroficamente a Batalha de Midway, a marinha americana, em 1944 já teria quase o dobro de superioridade em capacidade de transporte de aviões! Não apenas isso, mas com os novos e melhores designs de aviões, a marinha americana teria gozado não só de uma supremacial numérica, mas também de uma vantagem qualitativa crítica, no final de 1943. Tudo isso não é para dizer que perder a Batalha de Midway não seria uma grande golpe nos Estados Unidos. Por exemplo, a maré poderia ter virado se os EUA não fossem capazes de montar algum tipo de contra-ataque nas Solomons durante a última metade de 1942. Sem um poder aéreo apoiado por porta-aviões, eles não teriam muitas esperanças de fazer isso, significando que teriam perdido as Solomons. Entretanto, no longo prazo as implicações são claras: os Estados Unidos poderiam bancar perdas que os japoneses simplesmente não suportariam. Além do que, essa comparação não reflete o fato dos Estados Unidos terem de fato atrasado o seu programa de construção de porta-aviões no fim de 1944, quando ficou evidentemente claro que havia menos necessidade deles. Se os Estados Unidos tivessem perdido em Midway, esses porta-aviões adicionais (10 no total) teriam sido trazidos ao fronte rapidamente. Num sentido macroeconômico, a Batalha de Midway foi um não-evento. Não havia necessidade dos Estados Unidos mirar numa única e decisiva batalha que arruinaria o Japão - o Japão já estava arruinado pela sua própria decisão de entrar em guerra.

A prova final dessa discrepância econômica está no desenvolvimento da bomba atômica. O Projeto Manhattan requisitou um enorme comprometimento dos Estados Unidos. E como Paul Kennedy declara, "...apenas os Estados Unidos sozinhos tinham na época os recursos produtivos e tecnológicos não apenas para entrar em duas guerras convencionais de larga escala mas também para investir em cientistas, matéria prima e dinheiro (mais ou menos 2 bilhões de dólares) no desenvolvimento de uma arma nova que poderia ou não funcionar." Em outras palavras, a economia americana era tão predominante que eles sabiam que podiam bancar um dos maiores esforços científicos da história basicamente com as "sobras" do esforço de guerra! O que quer que alguém pense moral ou estrategicamente do uso de armas nucleares contra o Japão, está claro que o seu desenvolvimento foi uma demonstração de força econômica sem precedentes.

Conclusão

Em retrospecto, é difícil compreender como a liderança japonesa conseguiu racionalizar o seu caminho através dos fatores econômicos quando eles vislumbraram entrar em guerra contra os Estados Unidos. Até porque, eles não eram homens estúpidos. De fato, estudos internos da Marinha Imperial conduzidos em 1941 mostraram exatamente os números de produção naval que foram mencionados acima. No final, entretanto, o governo Tojo escolheu o caminho da agressão, impelido pela política interna que transformou a suposição de abandonar o fronte na China (que seria o único meio do embargo americano cessar) um caminho humilhante demais para ser escolhido. Consequentemente, os japoneses embarcaram no que só pode ser descrito como uma empreitada suicida, contra um inimigo colossalmente maior. Entretanto, o seu maior erro foi desprezar o músculo econômico que estava parcialmente adormecido do outro lado do Pacífico. Na realidade, o erro crasso foi a má interpretação da força de vontade do povo americano. Quando o gigante americano acordou, não foi em desespero por causa das derrotas que os japoneses lhe infligiram. Em vez disso, ele acordou com raiva, e aplicou cada grama de sua força tremenda com uma fúria fria e calculista contra o seu inimigo. O preço tenebroso pago pelo Japão - 1,8 milhão de mortes militares, completa aniquilação do seu exército, mais ou menos meio milhão de mortes civis, e absoluta destruição de praticamente todas as grandes áreas urbanas dentro das Home Islands - é a testemunha muda da loucura dos seus líderes militares.

* Retirado e adaptado do site http://www.combinedfleet.com/economic.htm, minha tradução.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Joe DiMaggio

Joe DiMaggio é um jogador de baseball lendário. A primeira vez que ouvir falar dele foi lendo o livro de Ernest Hemingway, "O velho e o mar". No livro, Joe DiMaggio não é um personagem, mas é constantemente mencionado pelo protagonista Santiago, que o trata como se fosse um desportista superior a Pelé. Mais que um desportista, alguém a quem consultaria sobre diversos assuntos, mesmo sem nunca tê-lo conhecido. Santiago admira DiMaggio e gostaria de saber a opinião do jogador de baseball sobre sua pescaria, por exemplo. Mais tarde ouvi falar de DiMaggio pela segunda vez, na música Mrs. Robinson, de Paul Simon e Art Garfunkel. Os versos dizem: Where have you gone, Joe DiMaggio, a nation turns its lonely eyes to you. What's that you say, Mrs. Robinson? Joltin' Joe has left and gone away. Que traduzo como: Aonde você foi, Joe DiMaggio, uma nação lança seu olhar solitário a ti. O que é que você disse, Sra. Robinson? Joltin' Joe nos deixou e foi embora. Também li que o Joe ficou meio chateado com esses versos e respondeu que não tinha ido a lugar algum, porém Paul Simon explicou que os versos eram uma homenagem à despretensiosa estatura heróica do ex-jogador numa época em que a cultura pop distorce a imagem que temos dos heróis. A frase é um retrato da busca e valorização dos heróis dos americanos. Aqui no Brasil, eu incluso, poucas pessoas respeitam o Pelé, por exemplo, a ponto de se indagar o que ele acharia de alguma situação cotidiana ou extraordinária, como é descrito no livro "O velho e o mar". Mas Santiago, no meio da pescaria de um peixe fabuloso, diz a si mesmo: "Como eu gostaria que me visse agora o grande DiMaggio." E Paul Simon o lembra numa música como um dos grandes heróis americanos. Aonde eu queria chegar com esse texto? Lugar algum, realmente. Apenas anotações mentais que ponho agora no papel.

Parábolas

Muitos reclamam que as palavras dos sábios são sempre meras parábolas e não têm utilidade na vida diária, que é a única vida que temos. Quando o sábio diz: "Vá em frente", ele não quer dizer que você deva viajar para algum lugar de fato, o que poderíamos fazer, mesmo assim, se o esforço valesse a pena; ele fala sobre algum lugar fabuloso, algo desconhecido para nós, algo que ele também não consegue definir de maneira precisa, logo é algo que não pode nos ajudar aqui no fim das contas. Todas essas parábolas apenas acabam explicando meramente que o incompreensível é incompreensível, e isso nós já sabemos. Mas os afazeres com os quais temos que lidar todos os dias: isso é um assunto diferente.

A respeito disso um homem disse certa vez: Por que tal relutância? Se apenas seguissem as parábolas, vocês mesmos se tornariam parábolas e dessa forma se livrariam de todos os seus afazeres diários.

Um outro respondeu: Eu aposto que isso também é uma parábola.

O primeiro disse: Você venceu.

E o segundo disse: Mas infelizmente apenas em parábola.

O primeiro disse: Não, na realidade. Na parábola você perdeu.

Por Franz Kafka, originalmente em alemão, traduzido do inglês por mim.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dicas para usuários de caixas de banco

Dinheiro: traga o dinheiro estirado e agregado pelos valores das notas. Todas as notas de 100 juntas. De preferência, o dinheiro deve estar também encabeçado, ou seja todas as notas na mesma posição. Isso facilita a vida do caixa. Trazer dinheiro misturado e separado de 100 em 100, dobradinho, como muitos costumam fazer, é um atraso. O caixa vai ter que desfazer essa arrumação e juntar as notas do mesmo valor para só então iniciar a contagem. Por mais que você ache que seu dinheiro estava todo arrumadinho, o caixa precisa conferir todas as notas, inclusive a autenticidade das mesmas, e para isso o ideal é que elas estejam juntas por valor, e não reunidas de qualquer forma para formar 100 reais. Evite também amassar, riscar ou grampear o dinheiro. Essa atitude põe a cédula a perder e gera prejuízos. Em resumo, se você tiver vinte cédulas de 20 reais, trinta de 10 reais e dez notas de 5,00, não misture essas cédulas formando 100 reais em cada. Traga-as estiradas e empilhadas por valor todas de 20, todas de 10, todas de 5. A fila do banco vai andar muito mais rápido se todos fizerem isso.

Boleto: O caixa do banco não tem o menor interesse nos seus gastos telefônicos nem com cartão de crédito. Por isso é muito melhor se você trouxer apenas a parte do boleto/conta que o caixa vai utilizar. É muito mais rápido, pois o caixa não perde tempo recortando papel, nem fica sabendo que você gastou 29,90 assinando um site pornográfico com o cartão de crédito. As filas do banco são demoradas, fazer com que o funcionário perca tempo recortando papéis e grampeando recibos torna a coisa muito pior. Se todos levarem apenas a parte que interessa para realizar o pagamento, ganha-se em rapidez e privacidade também.

Cheques: Para sacar um cheque no banco é necessário que se apresente também um documento de identificação. RG, CTPS, CNH, Carteira de reservista, ou outros documentos de fé pública. CPF não serve. Carteirinha da biblioteca também não. O caixa precisa conferir se o cheque está sendo pago a quem o emitente ordenou. Para isso, o beneficiário tem que assinar nas costas do cheque, e o caixa precisa comparar a assinatura com o documento de identificação. Sem isso, nada feito. Cheque acima de 100 reais, tem que estar obrigatoriamente nominativo. Não deposite cheques acima desse valor, em envelopes, sem colocar o nome, pois eles voltam. E não é obrigação do caixa preencher nenhum campo do cheque. Isso está a cargo do emitente. E cheque cruzado tem que ser depositado. Não tem jeito.

Informações: Caixa não é balcão de consultas nem informações. Saldo e extrato se consegue nos terminais de auto atendimento ou no atendimento pessoal da agência bancária. O caixa do banco tem uma fila enorme para atender e não pode perder tempo dando informações e fazendo consulta de saldos. Caixa é para pagamentos e recebimentos. Se você pretende fazer algo além de pagar ou receber, dirija-se a outro setor da agência.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A evolução de Rocha, de Tropa de Elite para Tropa de Elite 2

O personagem Rocha no filme Tropa de Elite, aparece como apenas mais um dos muitos policiais corruptos do primeiro filme, mas seu papel era pequeno. Aproveitava-se de que era responsável pela escala de férias dos policiais sob seu comando para exigir deles um por fora, senão as sonhadas férias não saiam. Marcou com as frases "Eu posso até te ajudar, aliás, eu vou te ajudar! Eu quero te ajudar! Mas agora você tem que me ajudar a te ajudar" e "Soldado, se você quer rir, tem que fazer rir!" que naquele momento representavam apenas mais uma das muitas facetas da PM demonstradas na trama. Mais um funcionário público utilizando-se do seu cargo burocrático para conseguir dinheiro, coisa que faz parte da paisagem brasileira. Quem via aquela atitude de Rocha não chegava a considerá-lo um sujeito fisicamente perigoso, era um policial corrupto, mas ele estava apenas ganhando dinheiro com as férias dos outros, não era apresentado matando ninguém. Em Tropa de Elite 2, o quadro muda. Rocha é visto como um miliciano amedrontador e nocivo, capaz de assassinar um colega pelas costas, atitude que beira o extremo da vilania. O personagem me surpreendeu, e não digo isso de forma negativa ou positiva, mas apenas de não esperar mesmo as barbaridades que ele praticou no filme. Eu assistia e ainda tinha dúvidas. Conheço esse sujeito do outro filme, mas é ele mesmo? Ele é capaz disso? Afinal, era apenas um burocrata corrupto, quase um almofadinha na corporação. Como ele se tornou esse assassino frio e traíra?
Eu continuo achando que há uma diferença grande entre um policial que pede um por fora para liberar as férias do colega e um policial que é capaz de assassinar um colega pelas costas. Não dá para comparar essas duas coisas. Porém o filme chama a atenção no caso exemplar desse personagem para a questão dos valores. Se um sujeito passa anos praticando um ato ilícito aparentemente inofensivo para obter vantagens pessoais, e esse sujeito tem um certo poder e a permissão para usar uma arma de fogo, não deveria realmente surpreender que ele pudesse chegar ao extremo de tirar a vida de um colega sem sentir remorso, para salvar a própria pele e continuar obtendo vantagens financeiras. Não dá para se comparar a atitude inicial com a atitude final de Rocha, mas dá para entender como ele chegou lá. Perdendo o senso, o caráter, corrompendo os próprios valores. Quando os valores morais deixam de existir, a vida dos outros passa a ser um mero obstáculo que pode ser eliminado sem remorsos. E para um policial, dadas as circunstâncias e o meio, esse caminho é percorrido com mais facilidade do que em qualquer outra profissão. É por isso que o Rocha das férias, do Tropa 1 tem que ser defenestrado da força policial o quanto antes seja possível. Aquele PM que aceita uma cervejinha de suborno pode muito bem se tornar no Rocha do Tropa de Elite 2.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ACM Neto

Acabo de saber que o deputado ACM Neto pode estar abandonando o barco do Democratas, provavelmente para o PMDB. Se isso for mesmo verdade, ele bem que poderia devolver o meu voto. Lamentável.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Arruda

A que partido pertence o ex-governador do Distrito Federal? Nenhum.
A que partido pertence Zé Dirceu? PT. Saudações.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os governantes brasileiros

Segue uma lista de cinco governantes brasileiros que terminam o mandato em 31 de dezembro de 2010, e suas atitudes bizarras.

5 - Ana Júlia Carepa (PT), governadora do Pará
Foi a primeira governadora do Pará, que era governado pelos tucanos há 12 anos. Os paraenses, provavelmente contagiados pela onda Lula de 2006, resolveram trocar o PSDB pelo PT. Logo nos primeiros meses de mandato, resolveu a vida dos familiares, contratando dois irmãos e um primo, sem concurso. Mostrando não saber separar o que era público do que era privado, viajou para a formatura do filho num jatinho pertencente ao estado do Pará. Ainda no início do seu governo, a PM paraense, comandada pela governadora, jogou numa cela com 30 homens uma garota de 15 anos. Lá ela permaneceu durante 25 dias, sendo estuprada 150 vezes e torturada com isqueiros e cigarros. Tantos foram os fiascos, os nepotismos, as gafes, o descaso com a saúde e a educação, que os paraenses arrependeram-se do erro e nas eleições de 2010 voltaram para os tucanos, elegendo Simão Jatene, do PSDB, para o governo do estado.

4 - Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão
Roseana é a herdeira política de José Sarney. Seu pai criou um estado quando era presidente e hoje é senador vitalício pelo Amapá, deixando o Maranhão aos belos cuidados da filha. Roseana Sarney não ganhou as eleições de 2006. O mandato caiu em seu colo apenas em 2009, após a cassação do governador Jackson Lago, do PDT. Na folha corrida de Roseana está o caso Lunus, quando a polícia apreendeu nos cofres da empresa administrada por seu marido e da qual é sócia, a bagatela de 1 milhão e 340 mil reais em dinheiro vivo e não declarado, no dia da mentira em 2002. Em 2006 Roseana foi expulsa do então PFL atual DEM, por fazer campanha a favor de Lula. Aparentemente satisfeito com o estado atual das coisas, os eleitores do Maranhão deram vitória a Roseana Sarney no primeiro turno em 2010, dando um grande passo para permanecer por mais 50 anos como o estado mais pobre da federação. Parabéns, Maranhão!

3 - Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro
Cabral é o político que conseguiu desvirtuar a função da polícia e tornar o tráfico de drogas um meio de vida seguro e sem sobressaltos nas favelas onde implantou as famosas UPPs, vendidas na campanha eleitoral de 2010 como a solução para a violência no Rio. Após as eleições, a bomba estourou e aí foi necessário deixar o progressismo de lado e dar à polícia sua verdadeira função, prender bandidos, em vez de fazer segurança para traficante. Cabral é o político que chamou, em vídeo gravado, e ao lado do presidente da república, um garoto de 17 anos de otário e sacana. “Sacana, não, tenho nome, meu nome é Leandro!” levou na lata o governador de um dos estados mais ricos da federação. Esse também vai para o segundo mandato, com votação estrondosa. Os fluminenses também estão satisfeitíssimos com o estado de coisas e querem mais 4 anos de sacanagem.

2 - Jaques Wagner (PT), governador da Bahia
Jaques Wagner se elegeu em 2006 sem querer. Não tinha plano de governo, não precisava, pois sabia que ia perder a eleição. Ficou atônito quando ganhou no primeiro turno, com o povo baiano completamente entregue ao lulismo. Ele tenta ser um clone de Lula a todo instante, e até exagera na dose. Suas entrevistas inebriado no youtube são incontáveis, deixando-o mais parecido com um presidente da Rússia. A última do governador foi comprar um helicóptero para o estado da Bahia e nele mandar pintar o código GJW, num exemplo clássico de narcisismo e culto à personalidade. O estado de São Paulo comprou o mesmo helicóptero, pagando menos e pintando o código GSP. O governador da Bahia confunde o estado com um sultanato e pensa que é rei. Mas os baianos ajudam, já que ele aumentou o índice de homícidios no estado em 100% no seu mandato, popularizou o craque e o tráfico de drogas na Bahia, e ainda assim conseguiu uma vitória completamente esmagadora nas urnas. Mais 4 anos de reinado, pediu o povo.

1 - Luiz Inácio da Silva (PT), presidente do Brasil
Dispensa apresentações, mas até hoje alguns brasileiros não sabem que Lula, que já afirmou que Pelotas (RS) era uma cidadade pólo exportador de viados, quando esteve preso em 1980, tentou estuprar um colega de cela, a quem chamou de Menino do MEP (MEP era um grupo de esquerda). O Menino do MEP conseguiu resistir às investidas de Lula com socos e pontapés. O Brasil conseguiu resistir às investidas de Lula de 1989 até 2002, quando soçobrou e cedeu aos seus galanteios. Luiz Inácio então deitou e rolou. Plantou uma estrela do PT no palácio do Planalto, emprestou avião ao filho para transportar os amigos, mudou a lei para beneficiar uma empresa de telecomunicações que fez o seu filho sair de monitor de zebras a empresário milionário, comprou o poder legislativo, se elegeu em 2006 fazendo terrorismo eleitoral e depois violou todas as leis eleitorais existentes para eleger sua candidata-marionete em 2010. A ele é o oscar. Não conseguiu um terceiro mandato nem reeleição infinita, mas não nos livramos do perigo. Além de saber que ele vai encher o nosso saco em todo mandato de Dilma, a sombra de sua volta em 2014 paira no ar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bolivian Army Ending e Mexican Standoff

*** Esse post sobre cinema pode conter spoilers ***

Bolivian Army Ending - Os fanáticos por cinema devem conhecer a cena final de Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969). Os personagens título terminam o filme cercados pelo exército boliviano. A perspectiva dada a quem assiste ao filme é de que não há escapatória. Os otimistas esperam que os protagonistas consigam escapar miraculosamente na cena seguinte, os pessimistas esperam que ver o exército boliviano chacinando os dois cowboys. Mas o filme acaba e nada é mostrado. O final não é decidido. Esse tipo de final é comum em filmes e ganhou esse nome, que traduz como Final do Exército Boliviano.

Mexican Standoff - Outra cena clássica. Diversos personagens estão apontando uma arma uns aos outros. Belos exemplos em Cães de Aluguel, Matrix Revolutions, Resgate do Soldado Ryan, Bastardos Inglórios, Pulp Fiction. Aliás, difícil não haver uma cena dessas num filme de Quentin Tarantino. O termo se originou na Austrália no século XIX, e se deve à percepção de indecisão política do México. Também o filme Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly) vem com uma cena dessas, no que seria uma alusão ao título e um resumo do próprio filme.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cadê meu jetpack?

Fui enganado. Passei a infância lendo sobre como no ano 2000 as pessoas poderiam usar suas mochilas-foguetes para ir ao trabalho. Lembro até mesmo de figuras de crianças indo à escola com seus jetpacks. O jetpack seria hoje um meio de transporte comum como era a bicicleta nos anos 80, e poderia ser usado até mesmo por crianças. E agora? Dez anos depois do ano 2000, onde está o meu jetpack? Infelizmente não chegamos lá, nem parece que chegaremos nos próximos anos. Os carros continuam tendo pneus, que furam e têm que ser trocados. Estamos a apenas cinco anos do futuro retratado em De Volta para o Futuro II, e nem sinal de converter carros em hovers, muito menos skates sem rodas.

Pateta no Trânsito


Curta da Disney chamado Motor Mania, estrelando o Pateta. Feito em 1950, mas parece que não mudou nada nesses 60 anos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Filme Rollerball

*** Atenção, esse comentário sobre o filme Rollerball, de 1975, pode conter alguns spoilers. ***

Os filmes americanos costumam ter algumas premissas que se repetem, e que revelam o espírito daquele povo. Uma das premissas é a do underdog, o time ou atleta pior, que consegue vencer o melhor. Um filme ícone dessa premissa é Rocky. Mas também há a premissa do esforço individual puro, mesmo quando vem de um atleta superior, e ela é bastante clara em Rollerball. Numa distopia futurista, as grandes corporações dominam o planeta, e o violentíssimo jogo rollerball arrasta multidões aos estádios. No começo parece ser apenas uma desculpa para a violência, mas no decorrer do filme revela-se que há um objetivo naquele jogo. Os poderes globais querem com ele demonstrar que a vitória só existe através do esforço coletivo. As regras do jogo são concebidas para valorizar o coletivo, e tirar de cena as habilidades individuais. É justamente o contrário do espírito empreendedor americano, cuja história está repleta de homens que vieram do nada e realizaram grandes coisas. Por trás de toda a violência de Rollerball, há um sentido muito grande. O esforço individual permanece. O esforço individual não é inútil. O esforço individual não é um concorrente do esforço coletivo, mas a própria mola mestra. É através da força, da gana de vencer, da habilidade e do talento de um indivíduo que se inspira toda a sociedade. É um filme marcante, pois mostra o totalitarismo coletivista sendo derrotado e humilhado por um indivíduo que não desiste de vencer e não tem vergonha da sua superioridade pessoal, mesmo quando todas as regras são alteradas para colocá-lo em desvantagem. No fim, o sistema perde e o indivíduo vence. Esse filme deveria inspirar multidões.

domingo, 14 de novembro de 2010

Peixes

 Esse é o único peixe do meu aquário que posa pra foto. É uma fêmea de Betta splendens. Ela é novata no aquário, mas já tomou conta dos dois barris furados de resina que enfeitam o fundo. O macho dessa espécie não pode viver em aquários comunitários, pois é um peixe muito agressivo.
Essa é minha gang de Hyphessobrycon eques, conhecidos como Tetra Mato Grosso, um peixe ornamental encontrado no rio Paraná, no Brasil. Dizem que esses peixes costumam atacar os peixes de caudas grandes, como os kinguios, mas os meus estão bem comportados. Eles costumam ficar tímidos e se amontoar num canto quando a gente chega perto, por isso consegui tirar essa foto. Quando ninguém está olhando, circulam pelo aquário todo, mas sem incomodar os outros peixes.

Quebra-cabeças

Esse é o puzzle da Grow com 500 peças que eu e minha esposa terminamos de montar hoje. Trata-se do veleiro britânico Cutty Sark, construído em 1869, e utilizado para transporte de chá. O objetivo é transformar num quadro decorativo e para isso já colamos o quebra-cabeças com uma cola especial, que adquiri no site walmart, nesse link. A cola é muito eficaz, e fica transparente depois que seca. Gostei muito do resultado, agora só falta mandar emoldurar.

Deu em Augusto Nunes

Depois do mensalão, o PT fundou a única torcida do mundo que não sabe ganhar


Em vez de festejar a própria vitória, eles preferem celebrar a derrota dos outros. Em vez de confraternizar com os que cumpriram a ordem do chefe e votaram em Dilma Rousseff, preferem errar pela internet à caça dos desobedientes, para condená-los à danação eterna sob uma chuva de insultos. Em vez de sentir-se em casa nos blogs estatizados, preferem ser escorraçados dos que não estão à venda. Em vez de dormir sonhando com os oito anos de Lula, preferem seguir insones com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
Eles não sorriem, não se divertem, não vão além da histérica gargalhada eletrônica, nunca ficam simplesmente alegres. Reféns voluntários do ressentimento, portadores do rancor que proíbe o convívio dos contrários, são incapazes de expressar-se com serenidade: berram, urram, uivam, rosnam. Prisioneiros do pensamento único, não raciocinam, não refletem: recitam o que ouvem, fazem o que os comandantes ordenam, torturam o idioma e a lógica com o desembaraço inconfundível dos que se dispensam de perder tempo com dúvidas. Sobretudo, não compreendem a ironia fina, uma forma superior de inteligência.
Porque só sabem viver possessos, os devotos da seita companheira jamais serão felizes. Foi assim antes da eleição de 31 de outubro. E assim tem sido neste novembro. Como tantas, a torcida fundada pelo PT depois do mensalão nunca soube perder. Descobriu-se agora que é a única do mundo que também não sabe ganhar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Assinatura de quadrinhos Disney de volta

O pacote de assinaturas Disney já está disponível no site Assine Abril:
- Link direto: http://www.assineabril.com.br/assinar/revista-quadrinhos-disney/?campanha=2Q21&id=menucombo
Pacotes de 1 ano: A vista = R$ 139,30 ou em 7x de R$ 19,90
Pacotes de 2 anos: A vista = R$ 274,80 ou em 12X de 22,90
Estão incluídos no pacote: Mickey, Tio Patinhas, Zé Carioca e Pato Donald.
As entregas são mensais. Para mais informações sobre data de entrega:
Central de Atendimento:
Grande São Paulo: 3347- 2121
Demais localidades: 0800 775 2828

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para Aécio Neves

Respeita Januário

Luiz Gonzaga


Composição: Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Quando eu voltei lá no sertão
Eu quis mangar de Januário
Com meu fole prateado
Só de baixo, cento e vinte, botão preto bem juntinho
Como nêgo empareado
Mas antes de fazer bonito de passagem por Granito
Foram logo me dizendo:
"De Itaboca à Rancharia, de Salgueiro à Bodocó, Januário é o maior!"
E foi aí que me falou meio zangado o véi Jacó:
Luíz respeita Januário
Luíz respeita Januário
Luíz, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguém vai, Luíz
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!

Eita com seiscentos milhões, mas já se viu!
Dispois que esse fi de Januário vortô do sul
Tem sido um arvorosso da peste lá pra banda do Novo Exu
Todo mundo vai ver o diabo do nego
Eu também fui, mas não gostei
O nego tá muito mudificado
Nem parece aquele mulequim que saiu daqui em 1930
Era malero, bochudo, cabeça-de-papagaio, zambeta, feeei pa peste!
Qual o quê!
O nêgo agora tá gordo que parece um major!
É uma casemiralascada!
Um dinheiro danado!
Enricou! Tá rico!
Pelos cálculos que eu fiz,
ele deve possuir pra mais de 10 contos de réis!
Safonona grande danada 120 baixos!
É muito baixo!
Eu nem sei pra que tanto baixo!
Porque arreparando bem ele só toca em 2.
Januário não!
O fole de Januário tem 8 baixos, mas ele toca em todos 8
Sabe de uma coisa? Luiz tá com muito cartaz!
É um cartaz da peste!
Mas ele precisa respeitar os 8 baixos do pai dele
E é por isso que eu canto assim!

"Luí" respeita Januário
"Luí" respeita Januário
"Luí", tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
Nem com ele ninguém vai, "Luí"
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!

sábado, 6 de novembro de 2010

CPMF

A CPMF é um bilhete premiado. A CPMF é o nosso passaporte para o futuro. O PSDB e o DEM querem privatizar a CPMF. Não reimplantar a CPMF significa, na prática, vender um bilhete premiado. A partir daí nós criamos um plano para que a riqueza da CPMF sirva para a saúde, a educação, para erradicar a pobreza, investir em ciência e tecnologia, dar acesso a cultura e cuidar do meio ambiente. Se temos CPMF, para que petróleo? Sem a CPMF, podem esquecer a copa do mundo em 2014.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os generais das generalizações

Acho que responder a uma generalização preconceituosa com outra generalização preconceituosa serve apenas para se igualar aos agressores e mais nada. Essas atitudes devem ser condenadas e não respondidas no mesmo nível, porque repetir erros não corrige problemas. O blog da Dilma chamou os paulistas de bestas. Silêncio da sociedade. Lula disse que os culpados da crise eram a gente branca de olhos azuis. Silêncio. Uma ministra da integração racial do governo Lula disse que acha normal o negro se insurgir contra o branco, ou seja, endossa o racismo de mão única negro contra branco, aqui no Brasil. Silêncio. Uma guria sem noção e desconhecida resolve falar despropósitos contra os nordestinos? Aí já é demais! Pau nela! E vamos lá, a turba enfurecida, contra a menina tola. Estou defendendo a garota? Eu não. Mas, como nordestino, as frases que ela proferiu me causam o mesmo sentimento que as que li no blog da Dilma, que dizia "Zé Pedágio pensa que os nordestinos são bestas como os paulistas?" - essas coisas não me atingem, deixo claro, mas considero idiotices do mesmo quilate. Não entendo porque políticos como Lula, Dilma e outros são protegidos de tudo que eles mesmos dizem. Quando isso vai acabar?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Curupiras

Leiam primeiro o post abaixo.

Alguns petistas parecem curupiras, têm os pés virados para trás, por isso andam ao contrário. Verdade para eles vira ódio. Destilar ódio para eles é acreditar no Deus de amor. Deus para eles vira "o que" e não "quem". Deus para eles é um objeto. Os outros são meninos ignorantes, eles que não sabem nem escrever, são sábios. Ofender de maneira anônima é coragem. Assinar um blog como eu e meu pai fazemos é covardia. Eu sou "do mau" (sic). Eles são do bem. Odeiam o que eu escrevo, mas pelo jeito sempre estão interessados em ler, apenas para me ofender em seguida. Isso é coisa de quem cultiva deus. Eu, que sei que o homem não pode cultivar deus nenhum, apenas sentimentos e plantas, peço a Deus que tenha misericórdia dessas pobres almas.

Análise de comentário hater

O blog agora deu pra receber comentários de odiadores, que eu normalmente excluo, mas às vezes dá vontade de fazer uma autopsia. Segue aí o corpo, em vermelho, e o relatório, em azul, como Reinaldo Azevedo gosta de fazer.


E quem conhece bem os eleitores de Serra, que agora ofedem Nordestinos, conhecem também a sua intolerância religiosa.
Os petistas agora se fartam na ideia de que os eleitores de Serra (pelo menos 20 a 30 porcento aqui no Nordeste) são anti-nordestinos. Quando os eleitores de Dilma chamaram os paulistas de bestas, nenhum desses paladinos da moral se prontificou a condenar. A eles, tudo, menos a lei. Aos inimigos, nada, nem a lei.


Pois para ser Presidênte da República, para uns (você e seu pai), teria que ser religioso fanático e homofóbico seguidor de gente doente como Silas Malafaia.
Não, caro petralha anônimo. Para mim e provavelmente meu pai concorda comigo, precisaria que nosso presidente da República simplesmente assumisse o que é de verdade, em vez de se fingir de católico para vencer as eleições. Olha a sua linguagem e o seu ódio aos religiosos. Dá até para pensar que você é daqueles ateus militantes, mas...


Eu não sou ateu! Acredito em Deus, mas no Deus do amor, não no mesmo Deus intolerante que você e seu pai cultiva. "O maior triunfo do Diabo é fazer com que ninguém acredite que ele exista", pra quem gosta de bons filmes. Thomas, você é tão "do mau" quanto o Diabo. Você não sabe o que é Deus. Porque não há amor em suas palavras. Você é doente e não percebe. Seu blog é um blog de ódio.
Mas aí você se defende e grita: Eu não sou ateu! Acredita no Deus do amor, e eu no Deus da intolerância. Não só eu, mas meu pai também. Você, que vem aqui no meu blog para me xingar, e a meu pai, crê no Deus do amor. Dá pra perceber que você está mesmo coberto de razão, anônimo. Só vejo amor nas suas palavras. O ódio está no meu blog, e Deus está contigo. Parabéns. Esse teu deus, que te manda aqui ao meu blog, como um anônimo covarde, para ofender a mim e a meu pai, eu realmente desconheço e com ele não quero contas. O meu Deus é o Deus da verdade, não o deus da mentira de Dilma e gente como você.


Prefiro um ateu presidente, afinal o Brasil nunca precisou de fanáticos evangélicos, no comando do Estado, GRAÇAS A DEUS! E graças a Deus isso nunca foi prerrogativa para o cargo, coisa que vocês agora inventaram. Que seja ateu, que seja católico, que seja evangélico, que seja de candomblé, que seja negro, que seja do povo, que seja gay, intelectual, o que for... todos estes podem ser presidente sem ter a sua crença atacada, menino ignorante! 
Na presidência eu prefiro quem diga a verdade. Se for ateu, diga que é ateu, como fez Fernando Henrique. Mentir para ganhar votos de eleitores foi o que sempre critiquei aqui no meu blog, anônimo. Acho que você precisa voltar ao curso de alfabetização, aprender a ler, e depois vir aqui escrever alguma coisa. A crítica sempre foi ao oportunismo mentiroso e eleitoreiro da Dilma. Ela não é cristã e se fingiu de cristã para vencer as eleições. Você não entendeu nada, mas eu sou o menino ignorante. Obrigado pelo comentário, me valeu umas boas risadas. Da próxima vez deixa o seu nome, para a gente saber de quem está rindo. Jumento.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Futuro

Vim do futuro e sei que Dilma sofreu impeachment no início de 2012 por causa de um Fiat Novo Uno. Michel Temer assumiu a presidência e é candidato derrotado a reeleição em 2014. Lula, pelo PT e Aécio Neves, pelo PMG também foram candidatos, mas não passaram do primeiro turno. José Serra, ainda no PSDB, venceu a eleição.

Esqueceu de Deus

Do Blog Demais:



Quando surgiu a questão do aborto na campanha eleitoral do segundo turno, Dilma Rousseff passou a mentir sobre sua sua posição favorável. Ela passou então a falar em Deus, até a rezar, enganando católicos e evangélicos, encantados.
No seu discurso de vitória, a presidenta eleita agradeceu a todo mundo. Só que esqueceu de agradecer a Deus, que tanto usou e abusou.
Com a vitória, ela não precisava mais falar em Deus.

Comento:
Enganou muitos, a mim não. Quem conhece bem os petistas sabe qual é o "deus" que eles adoram.

domingo, 31 de outubro de 2010

Quem perde, chora.

E aqui vai o meu choro enlatado:

Urna eletrônica
Se só dá no Brasil, e não é jabuticaba, é besteira.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Marqueteiro do Recife diz que Dilma perde as eleições neste domingo

Deu no Blog de Jamildo

O publicitário Marcelo Teixeira, da empresa Makplan e que já trabalhou para tucanos e petistas pelo Brasil, analisou os últimos números da pesquisa Datafolha e diz que Dilma pode até ganhar as eleições, mas que as chances maiores de vitória são do candidato tucano José Serra. Quando todo mundo dizia que Dilma levaria no primeiro turno, em entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo, analisando os mesmos dados do Datafolha, ele antecipou que haveria segundo turno. Reveja aqui.
“Lula não conseguiu fazer a candidatura dela decolar. Ela é ruim de palanque e mesmo com o apoio quase totalitário não deslanchou nas urnas”, declara.
O marqueteiro vê muita semelhança do atual cenário com os números do primeiro turno, quando a candidata oficial tinha 50% dos votos, segundo as pesquisas mais confiáveis, mas não obteve nas urnas os 50% dos votos, mesmo com o apoio de um amplo leque de políticos da situação.
“Serra tem todas as chances de vencer as eleições porque Dilma, mesmo com a popularidade de Lula, mesmo com toda a capilaridade de sua campanha no primeiro turno, não conseguiu subir nada e está com os mesmos 50% do primeiro turno. Em São Paulo, por exemplo, ela tinha três candidatos a governador pedindo votos para ela”, observa.
O analista político cita que Serra tem chances enormes de mudar o placar porque, no Sudeste, por exemplo, existem cerca de 7% dos indecisos.
Numa comparação rápida, o marqueteiro cita que a votação da petista gira em torno dos 62% no Nordeste e que Lula teve 77% nas pesquisas.
A sua tese principal, assim, é que só São Paulo pode tirar os votos de vantagem de Dilma no Nordeste. Isto pode até ajudar a explicar a preocupação do presidente Lula de encerrar a campanha da petista no Recife, na data de hoje. “Desde Franco Montoro, passando por Covas e depois os tucanos mais novos, eles nunca tiveram menos de 60% contra Lula. E Dilma não é Lula”, frisa.
Apontado como um dos principais colégios eleitorais, Minas Gerais, na avaliação do observador da cena política nacional, dará vitória ao tucano. “Ela está 4% ainda na frente, mas vai perder lá. O mineiro não vota no PT. Agora não vai ter cabo eleitoral como no primeiro turno. O eleitor vai vair para votar em um, no outro, ou branco ou nulo. A abstenção será enorme e Dilma não é Lula, ela é pesada”.
Na sua avaliação, um dos fatores que deve prejudicar Dilma com muita intensidade são as abstenções. Ele diz que isto pode reduzir a sua esperada votação no Nordeste para até 60% do que está previsto. “Em um universo de 36 milhões de eleitores, no segundo turno, Lula e Alckmim tiveram apenas 25 milhões de eleitores. Cerca de 11 milhões de eleitores deixaram de comparecer. E olha que era gente que segurava bandeirinha e era Lula desde sempre. Só que Dilma não é Lula e a votação de votos em disputa pode cair para 20 milhões de votos no Nordeste”, observa.