sexta-feira, 22 de abril de 2011

Traduções pascoais

Seguem traduções minhas do trabalho do escritor libanês Gibran Khalil Gibran, Jesus the Son of Man (Jesus, o Filho do Homem), de 1928, escrito originalmente em inglês. Ressalto que sou cristão, e comungo da fé cristã, e considero os textos como mera ficção, com alguma inspiração bíblica. Faço a tradução e posto aqui porque considero os textos interessantes e bonitos, não para divulgar qualquer possível heresia presente no seu conteúdo. O que se desviar da Bíblia nos textos a seguir não representam a minha fé, nem deve representar a de vocês, leitores. O trabalho consiste em depoimentos fictícios de personagens bíblicas ou outras personagens inventadas da época que de alguma forma tiveram contato com Jesus. Para ler os textos originais, clique aqui.

A esposa de Pilatos para uma dama romana

Eu estava caminhando com minhas aias nos bosques fora de Jerusalém, quando O vi com alguns homens e mulheres sentados à Sua volta; e Ele estava falando em uma língua que eu entendia apenas parcialmente.
Mas ninguém precisa de linguagem para perceber um pilar de luz ou uma montanha de cristal. O coração sabe o que a língua talvez nunca pronuncie e os ouvidos talvez nunca ouçam.
Ele estava falando a Seus amigos sobre amor e força. Eu sei que Ele falava de amor porque havia melodia na Sua voz; e eu sei que Ele falava de força porque havia exércitos nos Seus gestos. E Ele era gentil, embora nem mesmo meu marido pudesse falar com tamanha autoridade.
Quando Ele me viu passar, parou de falar por um momento e olhou para mim bondosamente. E eu fiquei humilde; em minha alma eu sabia que eu acabara de passar por um deus.
Depois daquele dia a Sua imagem visitou-me em minha privacidade quando eu não seria visitada por ninguém; e Seus olhos vasculharam a minha alma quando meus próprios olhos estavam fechados. E Sua voz governa a quietude de minhas noites.
Eu me sinto aprisionada para sempre; e há paz na minha dor, e liberdade nas minhas lágrimas. Amada amiga, você nunca viu aquele homem, e você nunca o verá. Ele se foi além dos nossos sentidos, mas de todos os homens, ele é o que está mais perto de mim.

Pôncio Pilatos


Sobre rituais e cultos orientais

Minha mulher falou dele muitas vezes antes que Ele fosse trazido perante mim, mas eu não estava preocupado.
Minha mulher é uma sonhadora, dada, como muitas romanas de mesmo status, a cultos e rituais do oriente. E esses cultos são perigosos para o Império; e quando eles encontram um caminho para os corações de nossas mulheres, eles se tornam destrutivos.
O Egito encontrou seu fim quando os Hyskos da Arábia trouxeram-lhe o deus do deserto. E a Grécia foi sobrepujada e caiu ao pó quando Ashtarte e suas sete aias vieram das praias sírias.
Quanto a Jesus, eu nunca havia visto o homem antes que Ele fosse trazido até mim como um malfeitor, como um inimigo da sua própria nação e também de Roma.
Ele foi trazido ao rol de julgamento com Seus braços amarrados ao Seu corpo com cordas.
Eu estava sentado, e Ele andou em minha direção com passos longos e firmes; então Ele permaneceu aprumado, de cabeça erguida.
E eu não podia descrever o que me acorreu naquele momento; mas foi meu desejo súbito, embora não minha vontade, levantar-me, e em seguida ajoelhar-me perante Ele.
Eu senti como se César houvesse entrado no rol, um homem maior que a própria Roma.
Mas isso durou por apenas um momento. E então eu vi apenas um homem que fora acusado de traição por Seu próprio povo. E eu era o Seu governador e o Seu juiz.
Eu interroguei-Lhe mas Ele não respondia. Ele apenas olhava para mim. E o Seu olhar era de pena, como se fora Ele o meu governador e o meu juiz.
Então lá de fora cresceram os clamores do povo. Mas Ele permaneceu calado, e ainda olhava para mim com pena nos Seus olhos.
E eu fui às escadarias do palácio, e quando o povo me viu, parou de gritar. E eu disse, "O que fariam com este homem?"
E eles gritaram como se fossem uma só garganta, "Nós O crucificaríamos. Ele é nosso inimigo e inimigo de Roma."
E alguns disseram, "Ele não disse que destruiria o templo? Não foi Ele quem se proclamou rei? Nós não temos rei, senão César."
Então eu os deixei e voltei ao rol de julgamento, e O vi ainda lá de pé, sozinho, e Sua cabeça ainda estava erguida.
E eu me lembrei do que havia lido de um filósofo grego, "O homem sozinho é o homem mais forte." E neste momento o nazareno era maior que Sua raça.
E eu não senti clemência para com Ele. Ele estava acima da minha clemência.
Eu O perguntei, "És tu o Rei dos Judeus?"
E Ele não disse uma palavra.
Eu O perguntei novamente, "Não terias tu dito que é o Rei dos Judeus?"
E Ele olhou para mim.
Então Ele me respondeu com uma voz calma, "Tu mesmo proclamou-me rei. Talvez para esse fim eu tenha nascido, e por causa disso tenha testemunhado a verdade."
Observe um homem falando de verdade em tal momento.
Na minha impaciência eu disse em voz alta, a mim mesmo tanto quanto a Ele, "O que é a verdade? E o que é a verdade para o inocente quando a mão do seu carrasco já está sobre ele?"
Então Jesus disse com poder, "Ninguém governará o mundo salvo em Espírito e em verdade."
E eu perguntei-Lhe, "És tu do Espírito?"
E ele respondeu, "Como também és tu, embora não saiba."
E o que era o Espírito e o que era a verdade, quando eu, pelo Estado e pelo ciúme dos seus rituais antigos, entregava um homem inocente para a Sua morte?
Nenhum homem, nenhuma raça, nenhum império pararia ante a verdade, em seu caminho para a autorrealização.
E eu disse novamente, "És tu o Rei dos Judeus?"
E Ele respondeu, "Tu mesmo o disseste. Eu terei conquistado o mundo antes disto."
E isso, de tudo o que Ele disse, era o mais improvável, já que apenas Roma conquistou o mundo.
Mas então as vozes do povo se levantaram novamente, e o barulho era maior que antes.
E eu desci do meu assento e disse a Ele, "Siga-me."
E novamente apareci na escadaria do palácio, e Ele ficou ao meu lado.
Quando as pessoas O viram, rugiram como um trovão. E do seu clamor eu não ouvia nada além de "Crucifiquem-No! Crucifiquem-No!"
Então eu entreguei-Lhe aos sacerdotes que haviam entregado-Lhe a mim, e disse a eles, "Façam o que quiserem com este homem justo. E se for do seu desejo, levem soldados de Roma para guardá-Lo."
Então eles levaram-No, e eu decretei que fosse escrito sobre Sua cruz, sobre Sua cabeça, "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus." Eu devia ter dito em vez disso, "Jesus Nazareno, um Rei."
E o homem foi despido e torturado e crucificado.
Estava em meu poder salvá-Lo, mas salvá-Lo teria causado uma revolução; e é sempre sábio para o governador de uma província romana não ser intolerante com os escrúpulos religiosos de uma raça conquistada.
Ainda creio, mesmo agora, que o homem era mais que um mero agitador. O que eu decretei não era a minha vontade, mas preferivelmente o melhor para Roma.
Não muito depois, nós deixamos a Síria, e daquele dia em diante a minha esposa tem sido uma mulher triste. Algumas vezes mesmo aqui neste jardim eu vejo tragédia em seu rosto.
Contam-me que ela fala muito de Jesus com as outras mulheres de Roma.
Observem, o homem cuja morte eu decretei retorna do mundo das sombras e entra na minha própria casa.
E dentro de mim eu me pergunto, de novo e de novo, o que é a verdade e o que não é a verdade?
Seria possível que o sírio está nos conquistando nas horas quietas da noite?
Não deveria ser.
Pois Roma deve prevalecer contra os pesadelos de nossas esposas.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O homem invisível

O homem invisível

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 19 de abril de 2011

A controvérsia dos documentos inacessíveis, incognoscíveis e intocáveis de Barack Hussein Obama, que a mídia conseguiu abafar na base das chacotas, da rotulação caluniosa e da intimidação direta, voltou ao primeiro plano graças ao pré-candidato republicano à presidência, Donald Trump. O bam-bam-bam dos imóveis, além de ter dinheiro suficiente para não se intimidar com o bilhão de dólares da campanha de Obama (a maior verba de propaganda eleitoral da História), ainda conta com um trunfo decisivo: ele tem todos os seus documentos em ordem e sabe exibi-los de modo a espremer o concorrente contra a parede mediante a pergunta irrespondível, hoje espalhada em cartazes por todo o território americano: “Where is the birth certificate”? Se John McCain tivesse feito isso, não só teria vencido as eleições, mas teria jogado a carreira do seu adversário na lata de lixo. Obama seria agora conhecido como aquilo que realmente é: um pequeno vigarista que grandes picaretas colheram na rua para um servicinho sujo porque, malgrado sua absoluta falta de qualidades, tinha o physique du rôle: a cor da pele politicamente oportuna, uma bela voz para ler discursos noteleprompter e, melhor que tudo, a perfeita vulnerabilidade a chantagens em razão de sua falta de documentos e da sua biografia falsificada.
Desde o início da campanha, afirmei que a identidade de Obama, muito mais que suas idéias e propostas, era o ponto digno de atenção, porque a conduta de um homem no poder não depende do que ele diz em favor de si, mas de quem ele realmente é. Ora, as idéias e palavras de Obama foram abundamente alardeadas, debatidas, enaltecidas e esculhambadas, mas querer saber algo da identidade da criatura para além da publicidade oficial tornou-se reprovável, pecaminoso, um tabu na mais plena força do termo. A grande mídia inteira, a classe política dos dois partidos, os astros e estrelas de Hollywood e batalhões de burocratas zelosos uniram-se para esse fim. Nunca uma blindagem tão forte e uma guarda-de-ferro tão intolerante se ergueram para proteger da curiosidade pública, como se fosse um tesouro sagrado, o passado sujo de um embrulhão.
Esse passado inclui, entre outros mil e um vexames mal encobertos, uma história familiar toda falsa, onde praticamente nenhuma declaração do personagem confere com os documentos existentes nem com os testemunhos de terceiros; a carreira universitária financiada por um bilionário saudita pró-terrorista, até hoje não se sabe com que propósito; mil e uma relações íntimas com organizações comunistas e radicais; a militância nas hostes de Saul Alinsky, empenhadas em desmantelar a previdência social e o sistema bancário para apressar o advento do socialismo; a inscrição num partido socialista, mil vezes negada em tom de dignidade ofendida, até que apareceu a carteirinha de militante e não se falou mais nisso; a fraude literária dos dois livros que lhe granjearam a fama de grande escritor, e que hoje se sabe terem sido escritos por seu amigo William Ayers; o mistério, tipo “exterminador do futuro”, do alistamento militar assinado em 1988 num formulário impresso em 2008; a fortuna gasta com advogados para esconder praticamente todos os documentos pessoais que, bem ao contrário, cada candidato à presidência tem a obrigação de exibir ao público e aliás todos sempre exibiram. E assim por diante.
Como é possível que, com uma biografia tão escandalosamente suspeita, um político seja imunizado pelo establishment inteiro contra qualquer tentativa de descobrir quem ele é? Quem, entre as altas hierarquias de demônios, decretou que o país mais poderoso do mundo tem de aceitar um desconhecido como presidente, reprimindo a tentação de fazer perguntas?
O episódio da certidão de nascimento é só uma onda a mais numtsunami de obscuridades ante o qual o eleitorado só tem o direito de guardar respeitoso silêncio, cabisbaixo e compungido como se a trapaça grosseira fosse um mistério sacral.
Obrigar um povo a suportar isso, sob pena de rotulá-lo de “racista”, é com certeza a exigência mais prepotente, a chantagem psicológica mais descarada de todos os tempos.
Porém, uma vez que esse povo aceitou votar na cor da pele sem perguntar o que vinha dentro da embalagem, ele terá de continuar cedendo e cedendo até à abjeção total, pois deu ao homem da raça ungida o direito de lhe impor qualquer exigência danosa e absurda sem deixar de estar, jamais, acima de qualquer suspeita.
O muro de proteção erguido em torno de Obama não foi desmontado depois das eleições. Cresceu e tornou-se mais forte, a guarda-de-ferro mais agressiva, ao ponto de que praticamente nada do que o homem tem feito de maligno e fatal contra seu país chega jamais ao conhecimento do povo que o elegeu. O bloqueio é completo, o controle do fluxo de informações é tão rígido e intolerante quanto a censura soviética ou nazista, com a diferença de que só vigora na grande mídia, deixando vazar informações na imprensa nanica e no rádio e buscando, segundo os ditames da engenharia social de ponta, não um utópico estrangulamento total mas apenas o domínio eficiente dos resultados estatísticos gerais.
No WorldNetDaily da semana passada, o colunista Craig R. Smith pergunta, perplexo: “Como pode Obama sair-se bem fazendo o que faz, sem que jamais se ouça um pio da grande mídia?”
O preço da gasolina e o débito nacional duplicaram desde que ele subiu à presidência, e nem um só jornal ou canal de TV dá o menor sinal de ter percebido que algo aconteceu. Ele demite 87 mil trabalhadores da indústria de petróleo numa só canetada, e não se ouve um soluço. Ele manda bombardear a Líbia sem a autorização do Congresso, e só o que se vê são louvores ao seu humanitarismo. Três trilhões de dólares da verba de “estímulos” – sim, trilhões, não bilhões – são espalhados sem nome de destinatário, e é como se uma moeda de um quarter tivesse sumido do bolso de um garoto de escola. O homem dá um calote em milhares de credores legítimos da General Motors enquanto distribui bilhões a picaretas sindicais seus amigos, e, a crermos noNew York Times, na CNN, no Los Angeles Times e similares, ninguém disse um “ai”. Ele destrói a olhos vistos o melhor sistema de saúde do mundo, e a voz de milhões de prejudicados não ressoa na mídia nem como um vago sussurro de descontentamento. Metade do mundo clama para ele devolver seu Prêmio Nobel da Paz, e nada desse grito de revolta chega ao conhecimento do público americano.
Sem a menor sombra de dúvida, Obama foi colocado na presidência com a missão de destruir seu país, mas aqueles que o nomearam não o largaram desamparado na arena. Cercaram-o de todas as proteções necessárias para colocá-lo a salvo não só de críticas, mas até de perguntas. Obama pode fazer o que quiser, por mais obviamente desastroso e maligno que seja. “Honni soit qui mal y pense.” Se, apesar disso, alguma informação ainda circula na internet ou no rádio, é só uma prova de que a falsificação perfeita não existe nem precisa existir. Quando Abraham Lincoln disse que não se pode enganar todo mundo o tempo todo, esqueceu-se de acrescentar que isso não é preciso: para obter os efeitos mais devastadores, basta enganar a maioria dos trouxas durante algum tempo – o tempo necessário para que a verdade, quando aparecer, já tenha de tornado apenas uma curiosidade de historiadores.
Quem quer que diante desse fenômeno, ainda imagine que a estrutura real do poder no mundo coincide com a hierarquia formal dos cargos públicos, com a ordem visível dos prestígios ou com as fronteiras geopolíticas convencionais, deve ser considerado um boboca incurável ou um espertalhão com agenda.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mortes no trânsito feirense causadas por imprudência de motoqueiros

* O motorista de ônibus da Gontijo, José Rinaldo dos Santos Siqueira, 42 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (14) após um acidente de trânsito envolvendo um táxi e uma motocilceta, no cruzamento da rua São José com a Avenida de Canal.
Em entrevista o motorista do táxi de placa JQA-1628, Manoel da Silva Santos, informou que um mototaxista clandestino invadiu o sinal e bateu na frente do táxi. Rinaldo estava no carona da moto Honda, de cor preta e placa JSK-0766 e após a colisão bateu com a cabeça no canteiro.
Rinaldo morreu no local. O corpo foi conduzido para o Departamento de Polícia Técnica de Feira de Santana (DPT). O mototaxista, ainda não identificado, foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade.

* Dois homens que estavam em uma motocicleta morreram em um acidente por volta de 1h20 desta terça-feira, 12, no anel de contorno de Feira de Santana, próximo à entrada do conjunto Feira IX, que faz parte do km 423 da BR 116.

Roque Correia do Rosário Júnior, 20 anos, condutor da moto Honda 150, preta, de placa JRC 1514, atingiu um animal não especificado na ocorrência da Polícia Rodoviária Federal. Segundo a PRF, Roque e o carona – não identificado – morreram no local. A PRF também não soube informar se os ocupantes da moto usavam capacete.

*  Na madrugada dessa quarta-feira (16/02/2011) o jovem de 22 anos, Getúlio Araújo Motta, sofreu um acidente de moto na cidade de Feira de Santana.
Segundo informações de populares, Getúlio pilotava uma moto em alta velocidade e forçou uma ultrapassagem quando deparou com um veículo parado em uma curva a direita, onde o mesmo se chocou na lateral do carro, vindo a falecer no local. O fato aconteceu próximo ao ponto de Riachão, na Rua Intendente Abnon no Bairro Queimadinha em Feira de Santana.
Um policial não identificado ligou para o professor Fabio Souza que estava em Coité, informando do acontecido.O número de Fabio estava na agenda do celular de Getulio. Fabio imediatamente ligou para o seu irmão Fabrício que mora em Feira e esse junto com seu amigo Junior foram até o IML fazer o reconhecimento do corpo.
Lá os meninos identificaram que se tratava de fato do amigo coiteense Getulio. Ele atualmente residia em Feira de Santana.

* Um acidente envolvendo uma motocicleta e uma carreta culminou na morte da garota Estephany Oliveira Santana, 10 anos. O acidente ocorreu na manhã desta terça-feira, 13, no km 421,5 da BR 116, trecho mais conhecido como Anel de Contorno, dentro da área urbana de Feira de Santana. A garota estava de carona na motocicleta Yamaha, placa NTE 0447, guiada pela mãe, Jossenilda Carneiro Oliveira, 29 anos, que saiu ferida e foi levada para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

De acordo com o motorista da carreta, placa GQZ 0968, Claúdio Adão, a motocicleta fez uma ultrapassagem incorreta pela direita (acostamento da pista) e colidiu com um ciclista. Jossenilda teria perdido o controle da moto e mãe e filha caíram. “Ela [a menina] caiu embaixo da roda traseira da carreta, não tive como evitar, quando percebi já foi o estrago”, disse. Bastante abalado, Cláudio Adão foi levado para a 2ª delegacia, para prestar depoimento. “Nunca passei por uma situação dessas, tenho dois filhos e estou me sentindo como se fosse um dos meus filhos”, revelou, entre lágrimas.

Jossenilda Carneiro foi levada pelo Samu (192) para o HGCA, onde continua internada com suspeita de fraturas. Após algumas horas estirado às margens da rodovia, o corpo de Estephany foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para ser necropsiado.

Familiares que estavam no local informaram que Jossenilda estava indo levar a filha à escola e depois iria para o trabalho em empresa de peças de inox. “Estamos chocados, não quero falar sobre isto”, disse um familiar, que deixou logo o local.

Vamos proibir as motos!

Eu já estou cheio dessas campanhas a favor do desarmamento. Eu quero mesmo é campanha em favor do desmotocamento do trânsito, principalmente na minha cidade. Feira de Santana é conhecida mundialmente por possuir 8 motoqueiros pra cada habitante. Eu não aguento mais. Há mais motos que moscas. Quando você para num semáforo, seu carro (veículo que as pessoas de bem utilizam) é cercado instantaneamente por 10 ou 15 motos. Metade das vezes um dos motoqueiros colide direto no seu parachoque traseiro, mesmo que você já esteja parado há uns bons 10 segundos, e não executou nenhuma freada brusca. E nem adianta descer pra falar com o Zé Mané, pois ele não tem um puto no bolso, e nem onde cair morto, por isso mesmo está andando de moto. Se você é motoqueiro e pensava que era meu amigo, saiba que não é. Eu não gosto de motoqueiros. Motoqueiros são irresponsáveis, e não adianta tentar me convencer de que não são. Motoqueiros ultrapassam pela direita o tempo todo. A prova para tirar a CNH categoria A, para pilotar motos, consiste em fazer zigue-zagues em cones, ou seja, o próprio DETRAN incentiva os motoqueiros a fazer zigue-zague no trânsito. Os motoqueiros morrem no trânsito o tempo todo, 100% das vezes pela própria imprudência. Mas os motoqueiros também matam. Todos os assassinatos em Feira de Santana são cometidos por motoqueiros ou caronas de motoqueiros. O capacete, que é obrigatório, é uma máscara que facilita as atividades criminosas. Eu queria muito que as motocicletas de Feira de Santana diminuíssem para níveis civilizados, mas não é o que vai acontecer. Você pode ir no supermercado, colocar uma moto no carrinho e pagar no caixa. Há cada vez mais fabricantes de motos, cada vez mais baratas. E cada vez me resta menos paciência para lidar com motoqueiros que estragam o meu parachoque, os meus retrovisores e arranham a lataria do meu carro.

Motociclistas típicos demonstrando toda sua prudência no trânsito.

* Esse texto é propositalmente exagerado e contém apenas estimativas do autor, nenhum dado comprovado.

sábado, 9 de abril de 2011

"O filho se torna o pai, e o pai se torna o filho."

Dimas,

Meu avô Carlos vive em ti, pois metade do seu DNA foi doado por ele e continua a viver em ti. Assim como tu me doou metade dos teus genes e agora vive em mim, junto com 1/4 do meu avô, de modo que eu vou vivendo e me tornando vocês dois, por genética e também por afinidade, imitando por natureza e por gostar, por amor e laço. Este ano também me tornarei pai do Eliot, que é metade meu, 1/4 teu e 1/8 vô Carlos. Foi assim que Deus nos criou e assim vamos vivendo, um no outro, e por isso tentando o máximo possível honrar a existência do outro em nós. Não falo muito, nem sei me expressar, mas te amo pai. A ti e ao meu Vô também. Que Deus nos abençoe.

Thomas

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Luto

Hoje perdi o último dos meus avós. Meu avô Carlos deixa esse mundo aos 99 anos. Vai descansar, vô.

O filho se torna o pai, e o pai se torna o filho

Jor-El: [bidding his son farewell, as Lara looks on] You will travel far, my little Kal-El. But we will never leave you... even in the face of our death. The richness of our lives shall be yours. All that I have, all that I've learned, everything I feel... all this, and more, I... I bequeath you, my son. You will carry me inside you, all the days of your life. You will make my strength your own, and see my life through your eyes, as your life will be seen through mine. The son becomes the father, and the father the son. This is all I... all I can send you, Kal-El.

Jor-El: [dando adeus ao seu filho, enquanto Lara observa] Você vai viajar para longe, meu pequeno Kal-El. Mas nós nunca iremos te deixar... mesmo após a nossa morte. A riqueza de nossas vidas será tua. Tudo o que eu tenho, tudo o que aprendi, tudo o que sinto... tudo isso, e mais, eu... eu deixo para ti, meu filho. Você me levará dentro de ti, todos os dias da tua vida. Tu farás da minha força a tua própria, e verás a minha vida através dos teus olhos, assim como a tua vida será vista através dos meus. O filho se torna o pai, e o pai se torna o filho. Isso é tudo o que eu... tudo o o que eu posso te dar, Kal-El.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Obi-Wan vs. The Dude

A união de uma cena do filme Star Wars - A Ameaça Fantasma com outra de O Grande Lebowski provoca uma situação inusitada. Obi-Wan Kenobi usa a Força para atirar uma caneca na cabeça de The Dude, como o personagem Jeffrey Lebowski, de Jeff Bridges, gosta de ser chamado no filme. Uso esse gif animado como papel de parede no meu celular. Para ver vários outros gifs animados com esse mesmo tema, clique aqui.

Sátira Obama 2012, do GOP

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Batman começou cedo

Este é Christian Bale aos 12 anos, no filme de Steven Spielberg, O Império do Sol. O ator interpretou o garoto inglês Jim Graham, que se perde dos pais durante a ocupação japonesa da China, na segunda guerra mundial. Assisti a esse filme no cinema, tinha mais ou menos a mesma idade do garoto do filme, por isso sofri junto com ele em diversos momentos, inclusive a marcante perda dos pais, a paixão por aviões e até aprendi a imaginar o grito "P51, cadillac do céu!", enquanto brincava com meus aviões de papel. O tempo passou e agora o menino Jim é ninguém menos que Bruce Wayne, the goddamn batman. Eu só me toquei pra isso agora há pouco. Batman é o menino de O Império do Sol. Quem poderia imaginar?
Inclusive ele voltou à China nos dois filmes.

BB lança cartão temático do filme Rio

Para pedir, é necessário já possuir um Ourocard Visa em uso. O custo é de R$ 20,00 ou 800 pontos do programa Ponto pra Você, a cada cartão emitido.

O Ourocard VISA Rio é um espelho do seu principal, compartilhando mesmo limite e data de vencimento. Sendo assim, não há cobrança de anuidade para esse segundo cartão. As compras efetuadas vêm na mesma fatura. É possível escolher imagens dos personagens Blu, Jade, Raphael, Nigel, Mauro, Luiz, Nico e Pedro ou toda a turma.

Não lembro de outro cartão temático baseado em um filme lançado no Brasil. Alguém tem informações sobre isso?

domingo, 3 de abril de 2011

Entrevista de Olavão na Veja

Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura

Filósofo diz que espaço deixado pela ditadura militar foi tomado por esquerdistas, que contaram com a conivência de direitistas

O filósofo Olavo de Carvalho se notabilizou pelas críticas à hegemonia esquerdista no espaço cultural e político do país. Desde que publicou o livro O Imbecil Coletivo, obra que ataca consensos construídos no ambiente cultural brasileiro, ele se tornou uma espécie de porta-voz da diminuta intelectualidade conservadora do país (embora tenha aversão a este papel).

Em entrevista concedida por telefone ao site de VEJA, ele diz que a direita tem boa parte da culpa pela própria derrocada e critica o fato de legendas liberais terem se apegado à discussão meramente econômica. O filósofo, que mora na zona rural da Virgínia, diz que o eleitorado conservador não vai encontrar tão cedo um partido que represente suas ideias no país.

A ausência de um partido conservador no Brasil é resultado das circunstâncias políticas ou de uma estratégia bem-sucedida da esquerda? Não é nem só uma coisa nem só outra. O processo começou durante o regime militar, quando tecnocratas assumiram todo o comando do processo e marginalizaram a política, reduzindo a função dos políticos a carimbar decretos oficiais. E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como Carlos Lacerda. A Arena era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a Constituição de 1988, a esquerda já era praticamente hegemônica.

O regime militar não conseguiu sufocar a oposição de esquerda? O governo militar se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: “Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura”. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc. Foi a facção que acabou tirando vantagem de tudo isso – até da derrota, porque a derrota lhes deu uma plêiade de mártires.

Então a hegemonia cultural veio antes da partidária? Claro. Acompanhe, por exemplo, as sessões ditas culturais dos principais jornais do país. Você vai ver que, durante 30 anos, não teve uma ideia conservadora lá. O primeiro passo para marginalizar uma corrente de ideias é excluí-la da alta cultura. Você trata aquilo como se fosse uma corrente popular, um bando de caipiras, um bando de fanáticos que não tem respeitabilidade intelectual. O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda. Além de ter destacados colunistas de esquerda nos jornais, ainda havia vários semanários importantíssimos de oposição como os tabloides Movimento, Fato Novo, O Pasquim, Ex, Versus, as revistas Civilização Brasileira, Paz e Terra e muitas outras. Além disso, praticamente todos os grandes jornais eram dirigidos por homens de esquerda como Luís Garcia, Claudio Abramo, Alberto Dines, Narciso Kalili e Celso Kinjo. Outra coisa importantíssima: todos os sindicatos de jornais do país eram presididos por esquerdistas.

O presidente do DEM, José Agripino Maia, diz que o partido é de centro e que suas bandeiras estão ligadas ao liberalismo econômico apenas. Como o senhor vê essa declaração? A limitação do ideário conservador ao aspecto econômico é uma estratégia da esquerda. O que o governo faz? Reserva uma margem de manobra para a empresa privada, mas exerce o controle total sem exercer a responsabilidade. Se tudo dá certo, é glória do governo. Se tudo dá errado, é culpa do empresário. Uma oposição que se limite à defesa da propriedade privada não oferece risco algum para o socialismo. A verdadeira corrente conservadora se manifesta também por um ideário de direitos civis, de liberdade religiosa, da defesa da moral judaico-cristã, da educação clássica, com padrões exigentes. É uma concepção integral da sociedade. Os liberais que acabam concordando com a esquerda no seu ideário cultural e moral são traidores. Uns são traidores conscientes, outros por idiotice.

Leia também: O incrível caso do país sem direita

Na última campanha, o aborto chegou ao debate eleitoral por causa da mobilização de parte da sociedade. Só depois os partidos passaram a debater o tema. É um sinal de que a população é mais conservadora do que seus representantes políticos? Há uma faixa conservadora, cristã, que não aceita políticas como o "abortismo" e o "gayzismo". Uma faixa imensa da população não aceita essa brincadeira e se mobilizou fora dos partidos para combater o aborto, num movimento iniciado por grupos religiosas, por igrejas, e o PSDB acabou tirando alguma vantagem disso por falta de alternativa. É o princípio do mal menor: “Não tem mais ninguém, vamos votar no PSDB”. Mas o PSDB não tem mérito nenhum nisso.


Como o senhor vê a implosão do DEM, que vem perdendo força e de onde saíram os fundadores do PSD? O DEM decidiu se transformar-se num instrumento servil da política de esquerda. Então se autocastrou de propósito.

O que a direita precisa saber para reequilibrar o quadro político? Reocupar os espaços na esfera cultural? A esquerda, devido à enorme facilidade que teve para ocupar os espaços, começou a promover o que tinha de pior na pseudo-intelectualidade esquerdista. E destruiu a cultura superior no Brasil. Num lugar onde se chamam de intelectuais Emir Sader, Chico Buarque de Hollanda e Tarso Genro, está tudo perdido. É a barbárie completa. A Comissão de Educação e Cultura da Câmara têm entre seus membros o Tiririca, que é um sujeito que quase foi recusado lá por ser analfabeto. A esquerda se aproveitou da facilidade de conquistar esses meios, mas evidentemente não tinha intelectuais de grande gabarito para ocupar todos postos. Então pegou qualquer um. Pegou o lixo. A solução é criar uma nova intelectualidade capaz de desmoralizar esses indivíduos, demonstrar que são vigaristas e charlatães.

A polaridade entre PT e PSDB não exerce esse papel? Uma vez eu vi um diálogo entre o Cristovam Buarque, quando era o principal intelectual do PT, e o Fernando Henrique Cardoso. Ambos concordavam que os seus partidos não tinham divergência ideológica nenhuma, apenas disputa por cargos. Aqui, a disputa de cargos se substituiu à concorrência ideológica, de propostas. A essência da democracia é a existência de correntes opostas e o seu rodízio no poder, de forma que nenhum governo possa introduzir modificações desastrosas que um governo seguinte não possa fazer. Funcionou em toda a Europa e está provado que é a única saída eficiente. Ninguém tem a solução de todos os problemas. Às vezes, a direita tem a ideia melhor, às vezes a esquerda tem.

Há quem comemore o fim da distinção entre esquerda e direita como um avanço da democracia. O que existe de positivo em esconder a realidade das forças que estão em jogo? O fato de que uma boa parte do pessoal dito direitista esteja servindo à esquerda não significa que direita e esquerda tenham desaparecido. A população brasileira é conservadora. E as pesquisa têm comprovado isso. Ela apenas não está informada sobre quem é quem no cenário eleitoral. Então, se vota nos candidatos que existem. É uma situação onde o engano, a mentira, a farsa foi oficializada. A farsa ganhou o jogo.