sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Filmes Netflix: Presentão de Natal: concorra a 6 meses grátis de Natal

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

..: E se eu disser que melhor é impossível? :..: Por que me tornei um liberal

..: E se eu disser que melhor é impossível? :..: Por que me tornei um liberal:

Durante boa parte da minha vida eu fui de esquerda. Mas o que significa “ser de esquerda”? O esquerdista é, resumidamente, o cidadão que põe o coletivo acima do individual. E o faz por uma razão muito nobre: ele deseja o bem para a maioria das pessoas. Como vivemos num mundo onde a maioria das pessoas passa grandes dificuldades, enquanto uma minoria goza de uma vida tranquila, essa opinião parece sensata. É o sentimento cristão de fazer bem ao próximo, de dividir o pão, de compartilhar. É um sentimento bom e nobre. Infelizmente, o raciocínio está errado, e esse erro faz com que milhões de esquerdistas, em sua grande parte pessoas de bom coração e nobres intenções, trabalhem todos os dias para tornar a vida da maioria ainda mais difícil e sofrida. Eu, particularmente, continuo desejando o bem para todas as pessoas desse mundo – com relação a isso meu pensamento não mudou. O que mudou foi o caminho para se atingir esse ideal.


Tal mudança não se deu de forma rápida nem indolor. Quando tratamos do sofrimento das pessoas, o apelo emocional se torna inevitável. Era urgente a necessidade de achar razões para explicar esse estado de coisas e, talvez ainda mais importante, achar um inimigo contra o qual lutar – pois só assim seria possível ter esperança num futuro melhor. Para isso a escola marxista foi fundamental. É quase impossível dizer-se de esquerda hoje em dia sem defender algum grau de marxismo. Karl Marx foi quem compilou todo o edificio teórico que explicava tanto as razões desse mundo injusto e cruel, quanto a forma de superá-lo. Nos enormes quatro tomos de sua magna opus, o alemão explicava tudo. E para quem não tivesse coragem de ler O Capital por inteiro (como eu e como a grande maioria dos esquerdistas) ele ainda deixou sua versão “for dummies”, o panfleto incendiário do Manifesto do Partido Comunista.


Marx foi genial. Dizer qualquer coisa menos que isso é desconhecer sua obra ou, na melhor das hipóteses, deixar-se levar pelos arroubos de uma cegueira ideológica. Não serei menos liberal por reconhecer a grandiosidade de uma pessoa que, desde o século XIX, divide o mundo em dois. Marx se utilizou das maiores construções que o pensamento humano conseguiu produzir até então: a teoria econômica inglesa, o socialismo francês, o idealismo e o materialismo alemão... Smith, Ricardo, Saint-Simon, Proudhon, Hegel, Feuerbach, todos esses pensadores foram trabalhados com precisão pelo velho barbudo. Infelizmente, para seus muitos seguidores, a verdade é que os grandes gênios também erram. Vejamos um exemplo.


A teoria da mais-valia é um dos principais pilares do castelo marxista. Através deste conceito se explica a exploração econômica, e daí a atual luta de classes. Ocorre que essa teoria (e por consequência boa parte do castelo) parte de uma premissa equivocada, qual seja, a ideia de que o valor é proporcional ao tempo decorrido durante o trabalho necessário a se produzir determinado bem. A primeira refutação que nos ocorre é que o valor assim entendido teria de ser algo estático, cristalizado no objeto produzido. Uma análise mais cuidadosa (realizada posteriormente por críticos como Carl Menger e Ludwig von Mises) viria a demonstrar que o valor não é embutido no objeto, mas sim emprestado pelo sujeito, e por isso variável e dinâmico.


E assim poderíamos seguir analisando outros conceitos marxistas, até fazer ruir todo seu enorme edifício, tarefa que não cabe reproduzir aqui, até porque já foi muito melhor realizada por pensadores que vieram depois dele, cuja extensa literatura pode ser facilmente encontrada nas boas livrarias ou na internet. O que se precisa dizer, e se lamentar, é que o marxismo infelizmente ganhou ares de doutrina, tornando seus defensores pessoas extremamente fechadas, avessas a qualquer proposta crítica, quase dogmáticas. A teoria, que no primeiro momento deveria ser dialética, estacionou. Como isso aconteceu? Não sei. Arrisco supor que tenha sido pela introdução do elemento conspiratório na filosofia. Uma boa conspiração é aquela que não pode ser comprovada. Ela precisa estar sempre por perto, para de vez em quando preencher as lacunas e as inconsistências da ideia que se quer defender. Ao se propôr como “luta de classes”, é razoável se pensar que aqueles que criticam a teoria não o fazem tão somente pelo amor às ideias, pela grande vontade de se aproximar da verdade, mas sim pela vil razão de possuir interesses escusos, de ser beneficiado pela manutenção do status quo. O crítico do marxismo então seria, necessariamente, alguém que estivesse contra as classes trabalhadoras, alguém que pertencesse à burguesia, ou que dela dependesse. O nó estava bem dado.


O mais interessante da suposta “conspiração” contra a classe trabalhadora, é que ela é sempre a principal beneficiada com o abandono das políticas de cunho coletivista, e os países de mercado mais aberto fazem fila para provar. E como se não bastasse, o status quo é ferrenhamente defendido por todos aqueles que em tese provocam o grande mau das massas menos favorecidas. No mundo, as grandes corporações. No Brasil, grandes empresários como Eike Batista e Abílio Diniz defendem com unhas e dentes o grande poder concentrado nas mãos do governo, em nome dos mais nobres “interesses populares”.


É essa a doutrina que grassa na sociedade brasileira. A teoria marxista é exaustivamente trabalhada na grande maioria das ciências humanas, tendo cada um deles seu grande expoente. Exemplos não faltam: na Pedagogia, Paulo Freire; na Sociologia, Florestan Fernandes; na Filosofia, Marilena Chauí; na Arquitetura, Oscar Niemeyer.. e por aí vai. E se a teoria já é estudada sem a devida crítica no meio acadêmico, que é o centro formador de opinião por excelência, irradia-se dele uma doutrinação ainda mais forte e bem menos crítica na forma de produtores culturais que vão desde editoras como a Paz e Terra até nossos professores de Geografia e História do colégio.

Conclusão: é muito fácil não ser liberal no Brasil. Para sê-lo, é preciso nadar contra a corrente. É preciso manter a curiosidade acesa apesar do mistério apaziguante das conspirações e da esperança cativada pela emoção revolucionária. É preciso duvidar dos “bons”, e emprestar os ouvidos aos “maus”, e estar disposto a abandonar, se necessário, antigas ideias, antigos costumes, antigos amigos. Não é nada fácil. É tão difícil que às vezes me pergunto por que me tornei um liberal, se minha vida teria sido muito melhor se pudesse optar por não sê-lo.

sábado, 21 de julho de 2012

How to Win a Fight With a Liberal is the ultimate survival guide for political arguments

My Conservative Identity:

You are a Freedom Crusader, also known as a neoconservative. You believe in taking the fight directly to the enemy, whether it’s terrorists abroad or the liberal terrorist appeasers at home who give them aid and comfort.

Take the quiz at www.FightLiberals.com

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Comunismo e democracia

Comunismo, algo que só funciona se todo mundo concordar. Democracia, algo que requer oposição pra se legitimar. É o extremo oposto. É reconhecer que nem todos concordam entre si. É reconhecer que ninguém é obrigado a aceitar que não pode ter uma propriedade privada. Então, como os comunistas resolvem esse problema? Nem todo mundo vai dizer SIM. Algumas pessoas vão dizer NÃO. O que faremos? Ora, simples. Cadeia e paredão estão aí pra isso. Não existe comunismo democrático, porque não se pode obrigar as pessoas a não terem coisas sem que seja pela força. E pra aplicar a força, sempre vão precisar de um Estado obviamente ditatorial. E sempre vão precisar proibir a oposição que prega liberdades individuais. E sempre vão precisar censurar a mídia que prega liberdade. E sempre vão precisar censurar os livros, porque o povo tem que concordar com tudo que o guia supremo, o Partido Comunista, dita. Discordar disso é desconhecer o gênero humano, acreditando que um dia todos nós queiramos dizer SIM em uníssono, tornando possível um comunismo sem ditadura. Mas eu vou estudar mais.

domingo, 1 de abril de 2012

Post do Facebook sobre internação de Eliot

Desde terça-feira, 27/03, o meu filhote está internado no Hospital da Unimed aqui em Feira de Santana, o único hospital credenciado pelo plano de saúde Cassi que faz internação infantil. Da terça pra quarta ele dormiu junto com a mãe numa espécie de enfermaria infantil completamente precária e inapropriada, num tipo de maca pra crianças, sem grades, obrigando a mãe a passar a noite acordada, tomando conta, sentada numa daquelas cadeiras de plástico de varanda que se compra em supermercado. No outro dia pela manhã quando fui visitá-lo antes de ir ao trabalho eles ainda estavam lá, e o hospital dizia providenciar um apartamento até o meio-dia. Voltei à tarde, 15h, e meus amores continuavam no mesmo estado. Dessa vez a enfermeira chamou um segurança para me expulsar do local, alegando que só podia ficar um acompanhante. Fiquei sabendo que pela manhã acontecera o mesmo com a minha mãe. Comecei a reclamar dizendo que minha esposa já estava ali cansada, que eu estava lá pra ajudá-la e não estava atrapalhando e ela falou que era por causa da superlotação. Eu reclamei das condições do local e questionei como permitiam que uma mãe passasse a noite ali com um filho de 8 meses, mas não permitiam que o pai viesse ajudar no outro dia, ao mesmo tempo em que disse que não sairia de lá nem obrigado. Disse que quem deveria sair dali era ela, que não estava fazendo nada. A enfermeira considerou minha reação como uma grande falta de educação da minha parte, que educação vinha de berço (engraçado ela dizer isso, pois berço é justamente o que faltava e um dos motivos da minha indignação), não era obrigada a ouvir aquelas coisas etc. E eu falei que ela ouvia porque tinha falado, se tivesse ficado calada não teria ouvido nada. Continuei a reclamar das condições do local e do sofrimento dos meus amores. Ela respondeu, como uma pessoa de sensibilidade notável, que quem estava passando por aquilo era meu filho e não eu. Eu nem consegui acreditar que tinha ouvido aquilo, e não entendi como ela imaginou que isso fosse algum atenuante pra situação, pois sempre achei que qualquer pessoa normal sofreria muito mais pelo filho do que por si própria. A coisa ficou nesse pé, e só depois das 18h o hospital acomodou meu filho e minha mulher num apartamento. Acomodou muito mal, diga-se de passagem, pois o quarto não tinha berço, apenas um leito para pacientes adultos, e minha esposa ainda tem que vigiar o sono dele durante a noite. Mesmo após pedir o berço todos esses dias, não conseguimos nada. Na quinta-feira meu filho de 8 meses fez um punção lombar. Na sexta-feira meu filho foi sedado para fazer uma tomografia. Após acordar do sedativo, uma enfermeira tentou ativamente assassinar meu filho levando ao quarto dele um xarope (que imagino aceleraria os batimentos cardíacos e misturado aos efeitos de um sedativo poderia provocar parada cardíaca), e teimando que deveria dar o xarope mesmo quando questionado a respeito pela mãe. Não deu porque o menino estava mamando e minha mulher pediu que esperasse. Após isso minha mulher leu o nome que estava no remédio e era para Daniel. Todo mundo sabe que meu filho se chama Eliot e até hoje não sabemos se Daniel recebeu o remédio correto. Hoje, sábado, fiquei sabendo que derramaram o material coletado na punção lombar e por isso não tinham feito o exame. Amanhã meu filho precisará passar novamente por esse procedimento doloroso e arriscado.
A boa notícia é que o menino tem tomado antibióticos e, apesar do Hospital Unimed, aparenta estar com a saúde de um touro.

Como o texto está sendo compartilhado e comentado inclusive por várias pessoas que não conheço, meu pai me aconselhou a trocar o que escrevi, onde disse que a enfermeira "tentou ativamente assassinar meu filho". Eu não vou trocar. O que escrevi, escrevi. É uma maneira de falar. Eu sei que ela não tinha esse objetivo, pois acredito que seja no mínimo uma pessoa sã, mas esse poderia ser o resultado da sua atitude desleixada e irresponsável. Eu não tenho como provar que isso aconteceu, exceto pelo testemunho da minha esposa, mas faço questão de deixar registrado, e com essas palavras mesmo, pois era a vida do meu filho que estava em perigo, por conta da negligência dela.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Frases de Millôr Fernandes

* “Xadrez é um jogo chinês que aumenta a capacidade de jogar xadrez”

* “Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem”

* “O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris”

* “Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim” 

* “Otimismo é atirar-se do 20° andar e, ao passar pelo 18°, constatar: até aqui, tudo bem”

* “Os corruptos podem ser encontrados em várias partes do mundo, quase todas no Brasil”

* “A corrupção anda tão generalizada que já tem político ofendido ao ser chamado de incorruptível”

* “Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”

RIP

sábado, 17 de março de 2012

A ignorância de uma feminista

Para alguém que considera que os homens formam, via de regra, uma espécie de máfia obscura – o tal Patriarcado – que envida todo e qualquer esforço para solapar os direitos das mulheres e dominá-las de todas as maneiras possíveis e imagináveis, talvez seja demais pedir que tenha o interesse e a honestidade intelectual de fazer algumas leituras básicas antes de sair por aí falando asneiras. Entretanto, para aqueles que tem um mínimo compromisso com a verdade, isso não deixa de fazer o sangue ferver.

E é exatamente isso o que acontece ao se ler o mais recente panfleto feminista publicado, com toda pompa e circunstância, no portal da Universidade de Brasília. O texto, intitulado “O Dia Internacional das Mulheres e o ‘caso Eloá’”, foi escrito pela professora Lia Zanotta Machado – que recentemente emprestou seu prestígio de pesquisadora (que deve, em grande parte, aos generosos financiamentos da globalista Fundação Ford) para defender a legalização do aborto numa audiência pública no Congresso Federal.

E de que asneiras me refiro? Bom, a professora Lia, na mesma linha de artigo recente da professora Tania Navarro Swain – (in)felizmente, com um pouco mais de sutileza do que esta –, resolveu torcer um pouco nossa realidade e culpar os conservadores pela violência contra a mulher. Em uma passagem realmente inspiradora, escreve a professora (grifos meus):
De 13 a 17 de outubro de 2008, a população brasileira pôde assistir por televisão e rádio, o desenrolar do cárcere privado e da ameaça de morte de um rapaz de 22 anos contra uma menina de 15 anos. Em fevereiro de 2012, assistiu ao recente julgamento que finaliza com a sentença de homicídio doloso e premeditado. O caso Eloá emocionou a opinião pública, dividida entre a crença de um desejado desfecho positivo, tal como anunciado por vários meios de comunicação, e um desfecho trágico. Tratava-se de uma ocorrência que se dava ao vivo e que instava os sujeitos a se posicionarem. Era difícil aplicar o refrão conservador de que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”.

Em 13 de outubro, Lindemberg invadiu o domicílio da ex-namorada onde ela e colegas realizavam trabalho escolar, com duas armas e um saco de munições. Às 23h30 de sábado, 18 de outubro, Eloá Pimentel, baleada na cabeça e na virilha, não resistiu e veio a falecer por morte cerebral. No depoimento, Lindemberg admite que levantou a arma quando a ex-namorada teria mentido ao negar que havia beijado outro que não ele. Parecia estar preso a um outro refrão conservador: “se não for minha, não será de ninguém”.
Eu gostaria realmente que a professora Lia Zanotta mostrasse algum nexo causal que indicasse que esses pensamentos fazem parte da mentalidade conservadora, e não da mentalidade brasileira – independente de posicionamento político. Afinal de contas, se assim fosse, não ocorreriam casos como o de Netinho de Paula, cantor e membro do Partido Comunista do Brasil, que agrediu sua mulher. Ora, Netinho é comunista de carteirinha (literalmente), e, portanto, decerto não deveria comungar dos cânones conservadores que a professora Lia tão zelosamente expõe em seu texto. De duas, uma: ou Netinho é um conservador em pele de bolchevique, ou a professora Lia recorreu a uma vergonhosa petição de princípio para provar um ponto de vista sem base.

Uma vez mais, vê-se como a Secretaria de Comunicação da UnB possui um tal alinhamento político que instrumentaliza essencialmente um órgão que, a bem da verdade, deveria dedicar-se à comunicação institucional, não ao jornalismo panfletário. Mas isso já não é nenhuma novidade, certo?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vídeo motivacional


Essa vai para alguns políticos que sonham em ser prefeito de Feira de Santana. Nunca serão!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Trecho de poema de T. S. Eliot

We build in vain unless the Lord build with us.
Can you keep the City that the Lord keeps not with you?
A thousand policemen directing the traffic
Cannot tell you why you come or where you go.
A colony of cavies or a horde of active marmots
Build better than they that build without the Lord.
Shall we lift up our feet among perpetual ruins?
I have loved the beauty of Thy House, the peace of Thy
sanctuary,
I have swept the floors and garnished the altars.
Where there is no temple there shall be no homes.
Though you have shelters and institutions,
Precarious lodgings while the rent is paid,
Subsiding basements where the rat breeds
Or sanitary dwellings with numbered doors
Or a house a little better than your neighbour's;
When the Stranger says: "What is the meaning of this city?
Do you huddle close together because you love each other?"
What will you answer? "We all dwell together
To make money from each other"? or "This is a community"?
And the Stranger will depart and return to the desert.
О my soul, be prepared for the coming of the Stranger,
Be prepared for him who knows how to ask questions.


Nós construímos em vão, exceto se o Senhor constrói conosco.
Podes tu guardar a Cidade se o Senhor não guardá-la contigo?
Mil policiais controlando o trânsito
Não podem te dizer porque tu viestes ou pra onde tu vais.
Uma colônia de porquinhos-da-Índia ou um bando de marmotas
Constroem melhor do que aqueles que constroem sem o Senhor.
Devemos nós alçar nossos pés por entre ruínas perpétuas?
Eu tenho amado a beleza da Tua Casa, a paz do Teu
santuário,
Eu tenho varrido os assoalhos e ornado os altares.
Onde não há nenhum templo não haverá nenhum lar.
Apesar de vós terdes abrigos e instituições,
Alojamentos precários enquanto o aluguel está pago,
Baixos porões onde os ratos procriam
Ou residências sanitárias com portas numeradas
Ou uma casa um pouco melhor que a do teu vizinho;
Quando o Desconhecido disser: "Qual o propósito desta cidade?
Vocês se amontoam próximos uns dos outros porque se amam uns aos outros?"
O que vós respondereis? "Nós todos vivemos juntos
Para ganhar dinheiro uns dos outros"? ou "Isto é uma comunidade"?
E o desconhecido partirá e retornará para o deserto.
Ó, minh'alma, esteja preparada para a vinda do Desconhecido,
Esteja preparada para aquele que sabe como fazer perguntas.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O que não é conservadorismo: CPAC, Libertários e Ron Paul

ESCRITO POR DON FEDER | 17 MARÇO 2010

A esquerda crê que as pessoas são anjos corrompidos pelo capitalismo. O libertário crê que as pessoas são anjos corrompidos pelo Estado. O conservador crê que os seres humanos são imperfeitos - daí, são corruptíveis.

Não vou tratar do espetáculo de aberrações libertárias que a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) se tornou. ("Olha a senhora barbuda promovendo gays nas forças armadas e conduzindo a guerra contra o terrorismo do jeito que os franceses lutaram na 2ª Guerra Mundial.")Minha intenção não é condenar o parlamentar Ron Paul - que representa para o debate político sério o que uma comédia de televisão representa para uma pesquisa filosófica.

Não vou também abordar as tentativas de Grover Norquist de tornar o movimento conservador amistoso para com a guerra santa dos islâmicos. Norquist - que é membro da diretoria da União Conservadora Americana, a organização que criou a CPAC - é padrinho do Instituto de Mercado Livre Islâmico, que no passado era um dos patrocinadores da CPAC. (Será que eles cortam nossos impostos antes ou depois de cortar nossa cabeça?)

Meu propósito é usar esses exemplos para mostrar a ignorância e a ilusão generalizada com relação a uma palavra - e é uma palavra cuja compreensão correta é essencial para a sobrevivência dos EUA - conservador.

Só o conservadorismo poderá fazer com que os EUA recuem do abismo iminente: o pesadelo do socialismo, do entreguismo, do multiculturalismo, da ciência fraudulenta e da sodomia como liberdade civil - sodomia na qual o atual presidente dos EUA está determinado a nos atirar.

Mas as imitações de conservadores que entram na batalha armados com as teorias da esquerda não conseguirão conservar nada. A CPAC de 2010 mostra a desesperança do conservadorismo de lanchonete (pegue um pouco disso e um pouco daquilo e deixe de fora o que você não quer).



GOProud, um grupo de republicanos homossexuais, se orgulhou de ser um dos patrocinadores da CPAC neste ano. Como é que um conservadorismo baseado na lei natural pode acolher atos antinaturais em seu meio?



GOProud é prova viva de quantos jovens "conservadores" se deixarão seduzir por qualquer coisa que venha embrulhada no slogan da liberdade. Mas a liberdade não é um valor absoluto. (Aqueles que não conseguem imaginar nenhum valor mais elevado estão com sérios problemas de falta de imaginação.) Deixando isso de lado, os ativistas da liberação homossexual buscam poder sobre o resto de nós.

A essência da agenda gay é a participação forçada, ridicularizando a soberania popular.

Só dá para se concretizar a tentativa de desconstruir o casamento por meio de juízes ideológicos. Atualmente, 41 estados definem o casamento como a união de um homem e uma mulher - a maioria dessas leis foi decidida pelo voto do povo. O tão chamado casamento gay é uma tentativa da elite de alterar de forma radical uma instituição que é fundamento da sociedade e ao mesmo tempo ignorar os desejos expressos de maiorias esmagadoras.

A essência dos direitos gays é doutrinar nossos filhos em condutas que fariam um médico especialista em doenças do ânus ficar engasgado. Sua essência é criminalizar opiniões divergentes por meio de leis de crimes de ódio e leis limitando o que pode e não poder ser dito. É uma agressão frontal à liberdade de expressão e à liberdade religiosa. É liberdade só no sentido de que matar bebês em gestação é direito de escolher.

Por falar em atos antinaturais, Ron Paul venceu a eleição presidencial informal da CPAC, com 31% dos votos. Sem dúvida, só um quarto dos estimados 10.000 participantes votaram. Contudo, Paul foi o favorito indiscutível daqueles que se importaram o bastante para votar. Seus lacaios - lésbicas e prostitutas nazistas sequestradas por alienígenas e forçadas a falar sobre abolir o governo federal - estavam em toda parte.

Ron (que é conhecido por dizer que quem provocou o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 foram os próprios Estados Unidos) - agora há um modelo para os conservadores jovens imitarem. O parlamentar de uma remotíssima galáxia crê que a legalização da heroína, cocaína e prostituição é coerente com os princípios da fundação dos EUA, conforme ele explicou numa entrevista para John Stossel da TV ABC.

Paul, que é uma espécie de Jeremiah Wright com deficiência de melanina, crê que o ataque ao World Trade Center foi uma consequência negativa das políticas americanas no Oriente Médio. Como é que ousamos negar aos islâmicos sua rica herança - matar infiéis, escravizar mulheres e propagar sua religião por meio da espada?

Paul também crê que Israel criou o Hamas, e que a Guerra Fria foi um conflito desnecessário alimentado pela paranóia. Falta-lhe ainda dizer se foi Winston Churchill quem inventou a blitzkrieg.

Fico aqui imaginando o que foi que os EUA fizeram para incitar os muçulmanos a conquistar Constantinopla em 1453, a ocupar a Grécia e os Bálcãs, a subjugar a Espanha por quase 500 anos, a perseguir cristãos coptas e outras minorias religiosas e a promover massacres de judeus que varreram a Palestina nas décadas de 1920 e 1930. Mas tenho certeza de que Paul conseguiria nos dar um resumo.

Desde seu início no sétimo século, o islamismo tem sido a versão árabe das máfias de assassinos profissionais - mas sempre há os infiéis úteis prontos para jogar sobre os EUA a culpa de todos os atos islâmicos de livre expressão.

A conferência da CPAC incluiu também vozes de criaturas humanas que não padeciam de apatia e paralisia cerebral. Marco Rubio, candidato ao Senado da Flórida, observou de forma convincente: "Permitam-me ser claro acerca de algo. Esses terroristas não estão tentando nos matar porque os ofendemos. Eles nos atacam porque querem impor sua visão do mundo em tantas pessoas quantas puderem, e os EUA estão no caminho deles". Os americanos que estão no caminho deles se chamam conservadores.

Então, o que é um conservador? Você não achará a resposta na conferência da CPAC de 2010, que teve uma reunião intitulada "Mentiram para você: Por que os conservadores genuínos são contra a guerra contra o terrorismo". (Isso faria de Michael Moore, George Soros e Cindy Sheehan conservadores genuínos.) Outro debate de grande "interesse" foi anunciado como - "A segurança (como na segurança nacional) leva a melhor sobre a liberdade?" (Mas como é que dá para se ter liberdade sem segurança?) - e apresentou Bob Barr, ex-parlamentar e atual simpatizante da organização esquerdista ACLU.

Vamos começar explicando o que não é um conservador:

* Um conservador não é um libertário. Um conservador valoriza a liberdade (liberdade individual); um libertário presta culto a ela como se fosse uma divindade. O único valor político que o libertário reconhece é a liberdade. O libertário é o utopista da direita. A utopia da esquerda é um governo que inclui tudo. A utopia do libertário é um governo que não existe - ou quase isso. A esquerda crê que as pessoas são anjos corrompidos pelo capitalismo. O libertário crê que as pessoas são anjos corrompidos pelo Estado. O conservador crê que os seres humanos são imperfeitos - daí, são corruptíveis.

* Um conservador não é um embriagado de direitos. Ele crê em direitos sob o equilíbrio de responsabilidades. Ele sabe que o conceito de direitos sofre muitos abusos - por exemplo, o direito de uma mulher matar seu bebê em gestação, o direito de homossexuais servirem assumidamente nas forças armadas. Quando foi que o serviço militar se tornou um direito, em vez de um dever? Um cidadão idoso tem o direito de se alistar nos fuzileiros navais?

* Os conservadores e esquerdistas crêem em direitos, mas aplicam esse conceito de forma diferente. Os conservadores querem que você tenha o direito de criar e educar seus filhos, cuidar de seu negócio, expressar suas opiniões e dispor da maior parte de sua renda. A esquerda quer lhe dar o direito de cometer suicídio, usar drogas (o que na essência é a mesma coisa) e pegar uma doença de uma prostituta. Os direitos defendidos pelos conservadores apelam de forma absoluta para a maior parte da população. Os valores defendidos pelos esquerdistas apelam de modo geral para os viciados, os Tiger Woods e aqueles que estão em busca de uma escapatória da própria existência.

* Um conservador não é reflexivamente anti-governo - ele não odeia o governo. Um conservador crê que o governo é necessário. Limitado às suas devidas funções, o governo não é um mal necessário, mas um bem inegável. Quem dirá que foi errado o governo federal lutar para libertar os escravos - ou que foi errado os EUA destruírem a Alemanha nazista e acabarem com o Holocausto? Somente quando ultrapassa suas devidas funções, o governo se torna aquilo que foi criado para coibir - assassinato, roubo e outras formas de agressão.

* No entanto, um conservador é cético com relação ao governo em sua formação atual. Quando uma república se torna um regime - quando confisca 40% dos ganhos da nação, quando regulamenta os empreendimentos comerciais ao mínimo detalhe, quando estatiza indústrias inteiras com a desculpa de salvá-las, quando aleija a produtividade para deter um mito (aquecimento global), quando hipoteca o futuro para comprar votos no presente, quando a redistribuição de riquezas substitui os valores originais dos EUA?

* Um conservador não diz: "Sou conservador nas questões econômicas, mas nas questões sociais sou moderado". Um conservador aplica princípios fundamentais de forma coerente. Ele entende que um político que não quer defender os bebês em gestação, o casamento ou a família acabará traindo o livre mercado e o governo limitado também - daí, esse é o motivo por que o senador Arlen Specter abandonou o Partido Republicano e passou para o Partido Democrata.

* Um conservador não presta culto aos indicadores da Bolsa de Valores. Ele compreende que a liberdade e o livre mercado dependem de um alicerce moral - que não dá para se sustentar uma economia saudável sem famílias saudáveis.

* Um conservador não é nem isolacionista nem intervencionista. Ele não anseia aventuras militares nem evita ações militares limitadas hoje para prevenir uma guerra de escala total no futuro. Um conservador crê no uso de força militar quando necessário, em busca dos justos interesses nacionais dos EUA.

* Um conservador não é John McCain, que traiu a direita regularmente durante 20 anos para ganhar os aplausos da grande imprensa, que o honrava com o elogio de "político independente". Outros que também não são conservadores são Pat Buchanan (que acha que o Terceiro Reich foi mal entendido), Ron Paul, Newt Gingrich (que crê que um conservador tem de ter fé cega e aprovar automaticamente toda besteira que o Partido Republicano oferece para cargos públicos), o falecido William F. Buckley Jr. (que se escondeu atrás de um labirinto de afirmações a fim de evitar assumir posições que pudessem indispô-lo com seus amigos da elite) e David Brooks (o conservador criado na estufa do jornal esquerdista The New York Times) cujas colunas sobre Obama durante a campanha de 2008 pareciam anotações de flerte de uma fã na época do cio.

Ao explicar o autêntico conservadorismo, minha experiência é de certa forma mais ampla e profunda do que da maioria dos apresentadores de programas de entrevistas ou palestrantes da CPAC.

Uni-me a um grupo de estudantes que faziam campanha eleitoral para o candidato presidencial Goldwater em 1963. Fui líder da organização Jovens Americanos pela Liberdade quando era a única oposição eficaz contra a Nova Esquerda, um movimento político radical ativo nas universidades. De 1966 a 1972, lutei contra infames selvagens na Universidade de Boston.

De 1976 a 1979, fui o primeiro diretor executivo da organização Cidadãos em favor de Impostos Limitados, a filial em Massachusetts do movimento nacional de revolta contra os impostos. Fui diretor executivo da Fundação da Segunda Emenda por dois anos, e colunista do jornal Boston Herald por quase duas décadas (1983-2002). Estou atualmente lutando a guerra em muitas frentes, inclusive como escritor independente e diretor de comunicações do Congresso Mundial de Famílias.

Contudo, só comecei a compreender o conservadorismo depois de ler os livros "The Conservative Mind" (A Mente Conservadora), de Russell Kirk, e "Witness" (A Testemunha), de Whittaker Chambers, no final da década de 1970. Conforme explicou Kirk, diferente do liberalismo (que se transformou em esquerdismo), o conservadorismo não é um dogma, mas uma filosofia prática baseada num conjunto de princípios.

* Um conservador defende o governo constitucional. Ao interpretar a Constituição, ele crê na intenção original dos fundadores dos EUA, e abomina juízes que usam a Constituição como desculpa para remodelar a sociedade. O conservador crê que a Constituição dos EUA é o melhor método já idealizado para governar um povo livre. Ele também compreende que o espírito da Constituição tem como base a grandeza da civilização ocidental - que a Constituição é baseada nas experiências políticas da humanidade durante mais de dois milênios, começando de Jerusalém e passando por Atenas, Roma e Londres. Essas são as lições que a História pede que aprendamos.

* Um conservador sabe que a civilização ocidental tem como fundamento a fé. Tentar divorciar o conservadorismo da Bíblia é como tentar respirar sem ar.

* Um conservador compreende que cada geração não confronta um mundo criado de novo, mas em vez disso o mesmo velho mundo vestido nos modismos da hora. Excetuando os progressos tecnológicos e a rotação da sociedade de uma moda à outra, o mundo não muda, pois a humanidade não muda. A sabedoria de nossos ancestrais é o melhor guia para os que estão confusos.

* Um conservador celebra os EUA - sua história, herança e heróis. Ele é um patriota, não um nacionalista. Nacionalismo é lealdade cega que muitas vezes acaba em extremismo. O patriotismo é uma opinião consciente. Para os americanos, é reconhecer nossa grandeza nacional - que durante os 234 anos passados, os EUA têm sido um refúgio para seu povo e uma bênção para a humanidade.

* Um conservador defende nossa soberania, nossa língua e nossa cultura. Isso faz dele um defensor da segurança nas fronteiras e da língua inglesa, e um oponente do multiculturalismo, bilingüismo e políticas de identidade.

* O conservadorismo tem três colunas de sustentação - fé, família e liberdade. Tire qualquer uma e a estrutura se desmorona. A fé legitima a família ao baseá-la na eternidade. A família ensina as lições morais que possibilitam uma sociedade livre. Combinada com integridade moral, a liberdade cria o clima em que a fé e a família poderão florescer.

* O conservador não é um escapista, que evita enfrentar a situações desconfortáveis ou difíceis. Ele entende que há forças poderosas atuando no mundo - forças que desprezam o modo de vida americano e querem destruí-lo. Entre as maiores glórias dos EUA está que os EUA confrontaram e venceram tais ameaças duas vezes no século XX - ao vencerem o nazismo na 2ª Guerra Mundial e o comunismo na Guerra Fria. Agora, a ameaça é um islamismo expansionista cujas armas são o terrorismo e a subversão. O conservador entende que manter os EUA livres exige vigilância e sacrifício.

* Um conservador crê que a cultura é importante - que os meios de comunicação (notícia e entretenimento) e a educação informam as percepções, principalmente dos jovens. Quem controla a cultura controla o futuro. A grande tragédia dos séculos XX e XXI é que, embora a direita tenha ganhado vitórias políticas, a esquerda ganhou vitórias culturais que raramente dá para se reverter - se é que isso é possível.

* Um conservador crê na sociedade moralmente integra tanto quanto na sociedade livre - que sem integridade moral, os EUA não conseguirão permanecer firmes. Os fundadores dos EUA criam que as pessoas que são escravas de suas paixões carnais não demorarão em se tornar escravas dos outros.

* Um conservador despreza a veneração à igualdade, que sustenta que tudo é tão bom quanto tudo o mais (com a exceção dos brancos do sexo masculino) - que nenhum código moral, estilo de vida, sistema econômico ou político ou religião é melhor do que qualquer outra. Dá para se ver a estupidez dessa doutrina quando apresentamos as seguintes perguntas aos seus adeptos: Onde é que você preferiria passar os próximos cinco anos de sua vida - num arranha-céu de Manhattan, numa aldeia de Ruanda, num barraco em Gaza ou num campo de trabalhos forçados na Coreia do Norte? Quem você gostaria de ter como vizinho: um judeu religioso, um católico tradicional, um evangélico conservador, um satanista ou um muçulmano xiita?

* Um conservador confronta a realidade. Ele vê o mundo não como ele deseja que fosse, mas como é. Isso o diferencia do liberal/esquerdista e do libertário. A esquerda confronta a realidade do jeito que Neville Chamberlain confrontou Hitler em Munique, do jeito que Jimmy Carter confrontou o imperialismo soviético durante sua presidência lamentável e do jeito que Barack Obama confronta o desemprego elevado e os mega-déficits. Os escapistas agem como o avestruz: pegam a cabeça e enfiam na areia.

Com a exceção de algumas palestras magníficas de gente como Ann Coulter, Jim DeMint e Glenn Beck, a realidade não foi bem vinda na Conferência de Ação Política Conservadora de 2010. Anualmente, aumenta o número de pessoas que vão à conferência da CPAC, a União Conservadora Americana se beneficia do lucrativo negócio e o significado de tudo vai se perdendo cada vez mais. Não seria tão ruim se mudassem o nome para Conferência de Ação Libertária, Isolacionista, Islâmica e Homoerótica e Dia de Agradecimento ao Ativista Homossexual Harvey Milk.


Don Feder era colunista do jornal Boston Herald e agora é consultor na área de política e comunicação. Ele também mantém seu próprio site: www.donfeder.com

Traduzido e adaptado por Julio Severo.