sábado, 26 de fevereiro de 2011

Muamar Kadafi

Muamar Kadafi tomou o poder na Líbia em 1969, com apenas 27 anos de idade. O seu primeiro ato como governante da Líbia foi expulsar todos os italianos do país, demonstrando o seu apreço pela Itália. Ele entregou o posto de Primeiro Ministro três anos depois, em 1972, e passou a se chamar "Líder e Guia Irmão da Revolução" e "Guia da Grande Revolução de Primeiro de Setembro da Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular e Socialista", provavelmente considerando que uma plaqueta dessas no seu gabinete cairia melhor que a de Primeiro Ministro.
Placa mostrando a frase "Grande Jamahiriya Árabe
Líbia Popular e Socialista" em Praga.

Jamahiriya vem a ser um neologismo árabe para república das massas. Kadafi começou a se vestir de maneira absurda, além de usar maquiagem exagerada. Ao mesmo tempo ele ordenou que o seu esquadrão de guarda-costas fosse composto por mulheres virgens. Em 2010 ele visitou a Itália e deu uma palestra exclusiva para mulheres, todas pagas para assistir. Nessa palestra ele declarou que toda a Europa deveria se converter ao Islã, e também que a União Européia deveria pagar 5 bilhões de euros por ano para dar fim à imigração ilegal de líbios para o velho mundo.

Guarda-costas virgens e roupas extravagantes,
combinação perfeita para impor respeito no mundo dos ditadores insanos.

Num discurso de duas horas feito na ONU, durante o qual inúmeras delegações se retiraram em protesto, Kadafi declarou apoio aos piratas somali, chamou Barak Obama de "meu filho", afirmou que Israel era responsável pelo assassinato de JFK e em seguida reclamou aos líderes mundiais reunidos para ouvi-lo que estava cansado e sofrendo de jet lag por causa da viagem de avião. 


Deixaram ele falar, agora aguentem.

Até o momento, Kadafi ainda está no poder e anuncia que lutará até a última gota de sangue para não sair dele. Considera que é muito importante para a Líbia continuar sendo governada por um dos donos da Juventus de Turim (comprou uma parte do clube apenas para que um de seus filhos pudesse ter a chance de jogar lá), e também o cara que fez uma petição à ONU para que dissolvesse a Suíça e dividisse o território entre Alemanha, França e Itália. Provavelmente ele vai banir os suíços do país.

3 comentários:

Bel disse...

Eu fico aqui pensando, será que esses "líderes", que fazem as revoluções em nome do povo e da liberdade, Já eram doidos assim ou ficaram depois de tanto tempo diante do poder , da corrupção, dos atos impunes, da inversão de valores, que os levam a atos opostos daquilo que "pregavam" e pelo qual diziam lutar: liberdade.

Anônimo disse...

olá Bel dê uma olhada na entrevista do FHC, alguém que já esteve no poder e tem uma certa inteligência, afirmando que o poder revela mais do que deforma ou cria: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110221/not_imp682207,0.php
Não sei como pensam os revolucionários por aí a fora, mas posso afimar que no Brasil os mesmos são maconheiros esquerdistas que se dizem intelectuais. A esquerda assumiu o poder no Brasil virou extrema direita e os que se destacaram foi devido a um motivo: não são maconheiros, são alcoólatras.

Mariana disse...

É assustador como a situação, de repente, em tantos países do médio oriente estão se revoltando contra os seus líderes! Parece até que só estavam esperando alguém começar a gritar, prá também aderirem. Está claro que muitas vidas ainda serão ceifadas. Tomara valha a pena, porque às vêzes, a gente pensa que os únicos canalhas terroristas são êsses que estão no poder. Não dizem que prá você conhecer melhor um homem, deve lhe dar poder? Tomara êsses assassinos sanguinários não sejam substituídos por outros parecidos, porque agora, o povo está perdidão, sem rumo.