sexta-feira, 14 de abril de 2017

Outro soneto para meu pai

O senhor nunca conta seus sonhos
E nosso Botafogo sempre vai mal
Torcemos para um time bisonho
E nascemos no país do carnaval.

Em muitas coisas pareço contigo
Mas tua calma parece ser maior.
Espelho-me em ti, velho amigo
Ao tentar fazer sempre o melhor.

Contaram-me que quando eras novo
O senhor era muito mais nervoso
Até apelidaram-te, teus irmãos

Então me ensine, pai: como eu faço
Para conseguir uns nervos de aço
E nunca ser chamado de "Alteração"?


09/07/2016

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